terça-feira, 22 de março de 2011

22/03 Dia mundial da água


Nosso planeta tem cerca de dois terços só de água. Pela lógica, parece haver água sobrando para a população, não é? Parece um absurdo falar em crise da água? 

Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.


Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios - o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e dessalinização, por exemplo. E exige conscientização para que se evite o desperdício e a poluição, principalmente nas grandes cidades.


Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, conseqüentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março.
Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", que trata desse líquido como a seiva do nosso planeta
 É um data para conscientizar o mundo do consumo excessivo e desperdício do líquido, que é essencial à vida. Mas não é suficiente contabilizar apenas água do banho, descarga, copos d’água ou o quanto de louça foi lavado. É preciso incluir nessa conta o uso direto e indireto da água na produção de alimentos e bens de consumo.

Para chegar a estes números, o cientista holandês Arjen Hoekstra criou a Pegada Hídrica, indicador que mede o uso direto e indireto da água doce para se obter um produto alimentício ou qualquer outro bem consumível. Para calcular o quanto de água é usado entra na conta a quantidade de água usada – ou poluída – durante todo o processo da cadeia produtivo de um alimento ou bem de consumo, é a chamada “água virtual”. É levado em conta também o local onde ocorreu a produção. Uma área onde tem água em abundância é muito diferente da que está numa região mais seca.

Para comer uma maçã, em média foram gastos 70 litros de água. Um copo (250 ml) de cerveja, 75 litros. Uma xícara de café, 140 litros e um quilo de carne, 15.500 litros de água. E é possível calcular também o uso de água em produtos que compramos como roupas, por exemplo. Uma camisa de algodão exige 2.700 litros de água.

Os números são altos porque contam quanto de água foi necessário para se obter um produto. A conta do café inclui não só a parte de água quente que é adicionada ao café, mas também o quanto de água foi necessário na plantação do produto, assim como em toda sua cadeia produtiva.

De acordo com a Water Footprint Foundation, a média global para a Pegada Hídrica de uma pessoa é de 1.243 litros de água por ano. Nos Estados Unidos, isso chega a 2.483 litros por ano; na Alemanha, 1545 l, no Brasil, 1.381 litros, e na China, é de 702 litros.

A Pegada Hídrica pode ser Verde, quando a água da chuva evapora ou é incorporada em um produto durante a sua produção; Azul, que calcula as águas superficiais ou subterrâneas que evaporam ou são incorporadas em produtos, ou então devolvidas ao mar ou lançadas em outra bacia; e Cinza, que mede o volume de água necessário para diluir a poluição gerada durante o processo produtivo.

Neste ano, o objetivo do dia que tem como tema "Água para as Cidades", é para chamar a atenção internacional sobre o impacto no abastecimento de água de fatores como o crescimento rápido da população urbana, a industrialização, conflitos, desastres naturais e as incertezas causadas pela mudança climática.

IA ÁGUA É UMA SUBSTANCIA ESSENCIAL PARA A NOSSA SOBREVIVENCIA, USE-A COM RESPONSABILDADE.

Estações do ano - OUTONO


O Outono iniciou-se as 20h21 do dia 20 de março de 2011. Sendo uma estação de transição entre o verão e inverno, verificam-se características de ambas, ou seja, mudanças rápidas nas condições de tempo, maior frequência de nevoeiros e registros de geadas em locais serranos das Regiões Sudeste e Sul.
Nota-se uma redução das chuvas em grande parte do País, com o registro dos maiores totais de chuva, superiores a 700 mm, no extremo norte das Regiões Norte e Nordeste e no leste do Nordeste, onde se inicia o período mais chuvoso.

No restante do País, predominam totais de chuva entre 150 mm e 400 mm. Nas Regiões Sul, Sudeste e parte da Região Centro-Oeste do Brasil, as temperaturas tornam-se mais amenas devido à entrada de massas de ar frio, com temperaturas mínimas que variam entre 12ºC a 18ºC, chegando a valores inferiores a 10ºC nas regiões serranas. Nestas mesmas áreas, as temperaturas máximas oscilam entre 18ºC e 28ºC. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas são mais homogêneas: a mínima variando em torno de 22ºC, e a máxima variando entre 30ºC e 32ºC.

Fonte:CPTEC

COMO SE FORMAM AS ESTAÇÕES DO ANO?

OS GLOBOS TERRESTRES QUE ESTÃO À VENDA NAS PAPELARIAS não estão inclinados à-toa. De fato, a Terra percorre sua órbita em torno do Sol inclinada cerca de 23° e disso resulta o fenômeno das estações.

É por causa dessa inclinação que, durante um ano, uma dada região da Terra não recebe a mesma quantidade de irradiação solar. Isso interfere sensivelmente no clima do planeta e dá origem as estações.

Início das estações do ano em 2011(Hemisfério Sul)



O início de cada estação é definido por dois fenômenos astronômicos: o solstício(para o verão e o inverno) e o equinócio (para a primavera e o outono). Solstício vem do latim solstitium, e significa parada do Sol. Equinócio vem das palavras latinasaequus, igual, e nox, noite, ou seja, duração do dia igual a noite.




Para entender como acontecem as estações imagine que você está no campo, longe da cidade, e todos os dias você observa o Sol se pôr no horizonte. A primeira coisa que percebe é que o Sol não está se pondo exatamente no Oeste, mas um pouco ao lado.

A cada dia você constata que o pôr-do-sol se dá num local diferente e decide fazer uma marcação na cerca da propriedade. Você não muda o seu ponto de observação, apenas faz marcas que coincidam com o local em que ocorre o pôr-do-sol.


Após um ano, você percebe que o Sol fez um movimento de vai e vem no horizonte e três pontos têm maior interesse em suas marcações na cerca (veja a figura acima). Em apenas dois dias do ano o Sol se pôs precisamente no Oeste.

Essas também foram as únicas ocasiões em que o dia e a noite tiveram a mesma duração (12 horas cada um). Você identificou osequinócios. Há também dois pontos extremos, em que o Sol atinge o seu maior afastamento do Oeste. Foram os dias em que tiveram início o verão e o inverno.

No dia em que começou o verão o Sol estava mais ao Sul, e este foi também o dia mais longo do ano. Quando o inverno começou o Sol estava mais para o Norte e a noite foi a mais longa de todo o ano.

São os solstícios, quando o Sol parece ter parado no horizonte. Se a experiência tivesse sido feita no hemisfério Norte, a única diferença é que com o Sol mais ao Sul seria o solstício do inverno, e não do verão. A mesma inversão ocorreria entre primavera e outono.

A rigor, solstícios assinalam a ocasião em que a declinação solar é máxima e isso corresponde ao “meio” da estação, não o seu início. Raciocínio semelhante também se aplica aos equinócios. Porém, há muito tempo utilizamos esses pontos da trajetória aparente do Sol (que são muito fáceis de identificar) para assinalar o início das estações do ano.


fonte: JOSÉ ROBERTO V. COSTA