domingo, 21 de outubro de 2012

COORDENADAS GEOGRÁFICAS


Mapa da Terra mostrando as linhas de latitude (horizontalmente) e longitude
(verticalmente), e em destaque letras a serem localizadas

O sistema de mapeamento da Terra, através de coordenadas geográficas, expressa qualquer posição horizontal sobre o planeta através de duas das três coordenadas existentes num sistema esférico
de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra.


Para localizar qualquer lugar, na superficíe terrestre, de forma exata é necessário usar duas indicações, uma letra e um número.Temos que utilizar elementos de referência que nos permitam localizar com exatidão qualquer lugar da Terra (visualizar a primeira imagem) . A rede cartográfica ou geográfica nos dá a indicação das coordenadas geográficas. Os pontos de orientação dão um rumo, isto é, uma direção,


Assim, quando dizemos que a área A está a leste de B, não estamos dando a localização precisa dessa área, mas apenas indicando uma direção. Para saber com exatidão onde se localiza qualquer ponto da superfície terrestre — uma cidade, um porto, uma ilha, etc. — usamos as coordenadas geográficas.

As coordenadas geográficas baseiam-se em linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre:


* os paralelos são linhas paralelas ao equador — a própria linha imaginária do equador é um paralelo;

* os meridianos são linhas semicirculares, isto é, linhas de 180° — eles vão do Pólo Norte ao Pólo Sul e cruzam com os paralelos.

Figura 2


 Todos os meridianos têm o mesmo tamanho. Convencionou-se que o meridiano de Greenwich, que passa pelos arredores da cidade de Londres, na Inglaterra, fosse o meridiano principal (observar a figura 2).

A partir dos paralelos e meridianos, estabeleceram-se as coordenadas geográficas, que são medidas em graus, para localizar qualquer ponto da superfície terrestre.



Continua ...





Comunicado importante


Nova série visando auxiliar no estudo dos conteúdos de geografia 
 para o vestibular do IFPE 2012

A pedido de uma querida aluna que está cursando o nono ano, vou promover uma série de assuntos geográficos afim de auxiliar os alunos que almejam estudar no IFPE.

Como sempre serei bem didático e por meio desse blog, do facebook ou pela página do aprendendo geografia posso tirar alguma possível duvida.

Fica o convite a quem estiver interessado em entrar nessa importante viagem ao conhecimento geográfico.

http://www.facebook.com/aprendendogeografia
http://www.facebook.com/escolavirtual1
http://escolavirtual1.blogspot.com.br/

sábado, 20 de outubro de 2012

Horário de verão começa à meia-noite deste sábado no país


Mudança atinge brasileiros das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e TO.
Relógio deve ser adiantadado em uma hora até 17 de fevereiro de 2013.




O horário de verão começa à meia-noite deste sábado (20) em algumas regiões do país. Os relógios devem ser adiantados em uma hora quando os ponteiros marcarem 0h nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além doTocantins.
A mudança afetará o Distrito Federal e 11 estados: Rio Grande do SulSanta Catarina,ParanáSão PauloRio de JaneiroEspírito SantoMinas GeraisMato GrossoMato Grosso do SulGoiás e Tocantins.

O horário de verão termina no dia 17 de fevereiro de 2013.

O objetivo é proporcionar uma economia de energia nos horários de pico. A mudança no horário ajuda a reduzir o consumo em cerca de 5% no período. A economia deve chegar a R$ 280 milhões.

As regiões Norte e Nordeste não aderem ao horário de verão.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

planeta maior que a Terra composto por diamante


Ilustração mostra o interior do planeta 55 Cancri e, que seria composto por grafite e diamante

Astrônomos descobriram que um planeta duas vezes maior do que a Terra é composto na maior parte de diamante e orbita uma estrela que é visível a olho nu. O planeta rochoso, chamado "55 Cancri e", orbita uma estrela como o Sol a 40 anos-luz de distância na constelação de Câncer, movimentando-se tão rápido que um ano lá dura apenas 18 horas.
O planeta tem raio duas vezes maior que o da Terra, mas é muito mais denso, com uma massa oito vezes maior. Também é incrivelmente quente, com temperaturas em sua superfície atingindo 1.648ºC.
"A superfície deste planeta é provavelmente coberta de grafite e diamante em vez de água e granito", disse o pesquisador Nikku Madhusudhan, de Yale, cujas conclusões deverão ser publicadas no Letters Astrophysical Journal. O estudo, feito com Olivier Mousis do Institut de Recherche en Astrophysique et Planetologie em Toulose, na França, estima que pelo menos um terço da massa do planeta, o equivalente a cerca de três massas terrestres, poderia ser de diamante.
Planetas-diamante já foram vistos antes, mas esta é a primeira vez que um foi localizado orbitando em torno de uma estrela parecida com o Sol e estudada em tantos detalhes. "Este é o nosso primeiro vislumbre de um mundo rochoso, com uma química fundamentalmente diferente da Terra", disse Madhusudhan, acrescentando que a descoberta do planeta rico em carbono significa que não se pode mais acreditar que planetas rochosos mais distantes teriam componentes químicos, interiores, ambientes ou biologia semelhantes à Terra.
O astrônomo David Spergel, da Universidade de Princeton, disse que é relativamente fácil desenvolver a estrutura básica e histórica de uma estrela, uma vez que se descobre sua massa e idade. "Os planetas são muito mais complexos. Esta ''super-Terra cheia de diamantes'' é provavelmente apenas um exemplo dos ricos conjuntos de descobertas que nos esperam, à medida que começamos a explorar planetas em torno de estrelas próximas"

Reuters

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Em Pernambuco, 80% das barragens do Sertão estão sem água


Falta pasto e caminhões-pipa têm sido a única forma de abastecimento.



Falta pasto para os animais e os caminhões-pipa têm sido a única forma de abastecimento para muitos agricultores por causa da seca que afeta a Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco. Oitenta por cento das barragens sertanejas secaram completamente.
Em Petrolina, existem localidades onde não chove há meses. A zona rural está castigada. Na comunidade de Pereiro, o chão rachou e a vegetação está completamente seca. Os moradores caminham longas distâncias para pegar água. A agricultora Veronice Justina dos Santos tem esperança que tudo melhore. “A gente tem que sobreviver mesmo, porque a vida tem que continuar, mas é difícil. Agora, só lá mesmo para o final do ano que vai vir essa chuva de Deus”, disse.
As cisternas são abastecidas por carros-pipa, e os animais estão sem pasto. Só resta um pouco de lama na única barragem da região, que abastece cerca de 200 famílias. Por esse motivo, as pessoas buscam maneiras para diminuir o prejuízo causado pela estiagem. Todos os dias o agricultor Paulo Aparecido dos Santos vai buscar água no poço, que é salobra. “É o jeito não é? Não tem outra”, lamentou.
A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) divulgou um relatório alarmante. Em todo o estado, 80 barragens estão com o nível abaixo do considerado normal para esta época do ano. A situação no Sertão é ainda mais preocupante: 80% dos reservatórios secaram completamente. Um problema que atinge muitas famílias que vivem na área de sequeiro, ou seja, que está na área de influência de um manancial de água.
Na zona rural de Ouricuri, a situação também é de colapso, com barragens secas. Os agricultores enfrentam a estiagem prolongada e se preparam para o período chuvoso, que só deve começar no ano que vem. Eles apostam na construção da cisterna calçadão, que garante um melhor aproveitamento da água da chuva. Mas a água armazenada neste tipo de cisterna só deve ser usada para dar de beber aos animais e molhar as plantações.
De acordo com a Articulação no Semi-Árido (Asa), que coordena a construção das cisternas em parceria com o governo federal, para que o agricultor seja contemplado com este tipo de reservatório, ele já deve ter na propriedade como armazenar água potável. Na cisterna calçadão, a água é captada em uma estrutura inclinada de cimento, tipo uma rampa. Com os batentes, a água na chuva não se espalha e escoa direto para o reservatório.
O tamanho pode variar. Uma cisterna de 10 metros de largura por 20 de comprimento tem capacidade para armazenar 52 mil litros de água. “A Asa vem estudando há quase oito anos a cisterna calçadão. Já é uma tecnologia desenvolvida junto com as famílias agricultoras, na qual os dados comprovam que segura a água no período da estiagem. O retorno é positivo”, explicou o engenheiro da Asa, Márcio Moura.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cada vez mais seco!

No Brasil, mais de 31 milhões de pessoas vivem em áreas sujeitas à desertificação, que tem início com a destruição da caatinga, mau uso dos recursos hídricos e a degradação do solo

O fenômeno das secas no Brasil vem de tempos distantes e, o primeiro período de estiagem pode ter ocorrido entre os anos de 1583 e 1585, quando o padre Fernão Cardin relatou o que ocorria na região Nordeste do País: “(…)uma grande seca e esterilidade na província e que cinco mil índios foram obrigados a fugir do sertão pela fome, socorrendo-se aos brancos”.

A seca nordestina já foi cantada em verso e prosa pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e por outros compositores oriundos da mesma região, mas a canção que retrata com um “q” de realismo o papel da sociedade e sua in fluência, por vezes, nefasta ao meio ambiente, é “Sobradinho”, letra composta por Sá e Guarabyra: “O homem chega, já desfaz a natureza / Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar / O São Francisco lá pra cima da Bahia / Diz que dia menos dia vai subir bem devagar / E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o sertão ia alagar / O sertão vai virar mar, dá no coração / O medo que algum dia o mar também vire sertão”.

Os longos períodos de estiagem não castigam apenas terras brasileiras. Em 1930, os três anos de seca no meio oeste americano agravaram a degradação da terra. A partir dali deu-se início a uma série de estudos e pesquisas acadêmicas voltadas ao conhecimento dos processos de deserti ficação. Trinta anos mais tarde, o sahel africano é castigado pelo mesmo fenômeno, que resulta em mais de 500 mil mortes.

 A devastação dos recursos naturais e um modelo de desenvolvimento equivocado, é apontado por especialistas como uma das causas daquela seca.

No final da década de 70, após algumas convenções internacionais, foi observada a necessidade de implantar uma política específica para as regiões semiáridas do mundo, tanto por suas características ambientais como pela situação geral de suas populações.

Mas somente durante a Rio 92 os chefes de estados somados a organizações que trabalham com o meio ambiente evidenciaram o fracasso dos programas internacionais de combate à desertificação e decidiram mobilizar uma Convenção de Desertificação, que visava o comprometimento de todas as nações, particularmente dos países ricos, com a questão da seca.

Definição do termo

De acordo com o texto da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), desertificação é a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subsumidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e atividades humanas. O mesmo documento define que a degradação do solo é a perda ou redução da produtividade econômica ou biológica e da complexidade dos ecossistemas, causadas pela erosão do solo, deterioração das propriedades do solo e perda da vegetação natural.

Em “O Fenômeno das Secas no Nordeste do Brasil: uma abordagem conceitual”, artigo baseado no IX Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, o professor e especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (Brasília- DF) Marcos Airton de Sousa Freitas explica que grande parte de nosso planeta pertence à denominada área de risco à seca. “São regiões onde o montante precipitado aproxima-se do limite permitido à prática agrícola, aponta, e cita Sahel, o nordeste do Brasil, grande área da China, o platô Dekkan, na Índia, e parte da África do Sul como exemplos.

De acordo com o autor, nas décadas mais recentes, aparentemente as secas têm se apresentado com uma frequência e uma intensidade cada vez maiores em grande parte dos países, o que pode ter relação com o fenômeno das mudanças climáticas.

Freitas lembra que consideráveis áreas das Américas do Norte e do Sul, Austrália, Europa e Ásia foram atingidas por secas extremas, acarretando relevantes prejuízos econômicos, sociais e ecológicos. “Na Austrália, por exemplo, no período de cerca de 100 anos, compreendendo de 1864 a 1965, oito períodos de secas extremas foram registrados, os quais, em média, apresentaram uma duração de cinco anos”.

No Brasil

Sobre o Brasil, o especialista em Recursos Hídricos relembra que os últimos períodos de secas no nordeste brasileiro foram de 1981 a 1983, de 1992 a 1993 e do ano de 2002 a 2003 (em 2012 a região também sofre com a estiagem). As consequências da secas extremas durante a década de 70 e 80 foram a fome e o êxodo da população rural em direção ao sul do País ou às grandes metrópoles do nordeste, como Fortaleza, Recife e Salvador, todas localizadas no litoral. O “Polígono das Secas” abrange uma área de cerca de 940.000 km², envolvendo partes de quase todos os estados do Nordeste. Freitas observa que a agricultura ainda é a base da economia da região e que os períodos prolongados de secas reduzem a umidade do solo, acarretando enormes perdas às culturas. “A perfeita compreensão do fenômeno das secas faz-se, portanto, extremamente necessária para o uso sustentável dos limitados recursos hídricos da região”, aponta.

Entre 2006 e 2007 foram realizados estudos sobre os impactos das mudanças climáticas globais para diversas áreas do território brasileiro, como Amazônia brasileira, nordeste Brasileiro, Pantanal e Bacia do Prata, evidenciando as anomalias de chuva e temperatura, assim como balanço hídrico para o século XXI. Um dos apontamentos definidos nesses estudos foi uma diferença básica entre a seca e outras ocorrências naturais como cheias, furacões e terremotos, que iniciam e terminam repentinamente e se restringem, normalmente, em uma pequena região. Já a estiagem, quase sempre, tem um início lento, uma longa duração e pode alcançar uma área extens

Maurício Barroso