segunda-feira, 30 de maio de 2011

Maior lago de água doce da China está desaparecendo por causa da seca


Leito virou planície de barro; não há previsão de chuva nos próximos dias
Reuters
O maior lago chinês, Poyang, está seco; bacia abastece cerca de 400 milhões de pessoas
O lago Poyang, o maior de água doce na China, perdeu quase 90% de seu volume em consequência da seca que castiga a bacia do Yangtze, informou nesta segunda-feira (30) o jornal South China Morning Post.
Grande parte do leito do lago é, atualmente, uma planície de barro, o que coloca em uma crítica situação as pessoas que moram em volta e dependem do Poyang para sobreviver.
A seca afeta uma bacia na qual vivem 400 milhões de pessoas, quase um terço da população chinesa, e a situação é especialmente dramática nas províncias do curso médio e baixo do rio (Anhui, Hunan, Jiangxi, Zhejiang e Jiangsu), onde as chuvas este ano foram entre 40% e 50% menores do que o normal.
Segundo a imprensa oficial, o lago tem atualmente 0,74 milhão de km³ de volume, 87% menos do que o habitual, já que em épocas úmidas o lago pode ter até 25 milhões de km³ de água.
O segundo maior lago do país, o Dongting (também na bacia do Yangtze) está parcialmente seco, e sua área atual (cerca de 900 km²) é menos da metade da superfície habitual, segundo especialistas.
De acordo com o Escritório Estatal de Controle de Inundações e Secas, a situação afeta diretamente 3,29 milhões de pessoas e 6,96 milhões de hectares de campos de cultivo, equivalentes a 5% das terras cultiváveis no país. Por este motivo, o Centro Meteorológico Nacional declarou "alerta amarelo", já que nos próximos dias não estão previstas grandes precipitações na área afetada.

Emissões de CO2 atingiram nível recorde em 2010


As emissões de CO2 registraram o maior nível histórico em 2010, ao superar em 5% o recorde anterior, de 2008, o que constitui um "sério revés" para a luta contra o aquecimento global, anunciou nesta segunda-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

"As emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor energético foram em 2010 as mais elevadas da história, segundo as últimas estimativas da AIE", afirma a agência em seu site oficial.

"Após uma queda em 2009, provocada pela crise financeira mundial, as emissões subiram ao nível recorde de 30,6 gigatoneladas, uma progressão de 5% na comparação com o anterior ano recorde, 2008, quando os níveis alcançaram 29,3 gigatoneladas", destaca a AIE.
Fonte: AFP

Descoberta da aids completa 30 anos


A aids, uma doença ainda sem cura, foi descoberta há trinta anos e já provocou 30 milhões de mortes, transformou o mundo, gerou um investimento financeiro exemplar, uma mobilização de larga escala e avanços médicos espetaculares.

Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descubriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico muito debilitado.

Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay". 

No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Sida, em inglês aids.

Em 1983 uma equipe francesa isolou o vírus transmitido pelo sangue, secreções vaginais, leite materno ou sêmen, que ataca o sistema imunológico e expõe o paciente a "infecções oportunistas" como a tuberculose ou a pneumonia.

Nestes 30 anos de aids e seus milhões de vítimas, também foi uma época de grandes êxitos contra o vírus. Em 1996, com o desenvolvimento dos anti-retrovirais, a doença mortal passou a ser uma enfermidade crônica.

A aids tem matado menos, no entanto ela não desaparece. Pelo contrário, o número de pessoas infectadas tem aumentado nos últimos anos, exigindo mais pesquisas, mais tratamentos e mais dinheiro.

Por enquanto, apenas uma em cada três pessoas que necessitam de tratamento tem acesso às drogas. Ainda pior é que para cada duas pessoas que iniciam o tratamento, cinco outras pessoas são contaminadas.

Os esforços agora são direcionados para a prevenção com novos métodos: a circuncisão, que segundo pesquisas ainda não conclusivas podem diminuir as chances de contágio; um gel microbicida para as mulheres e o tratamento dos doentes que diminui em mais de 90% as chances de transmissão do vírus.

No entanto, mesmo com trinta anos de pesquisas, e muitos investimentos, ainda não há cura e a aids está longe de ser vencida.

Além disso, dois terços dos soropositivos no mundo desconhecem a própria doença e disseminam o vírus. Na França, por exemplo, uma pesquisa revelou que 18% dos clientes de bares e saunas gays estão contaminados e 20% destes desconhecem.

Socialmente, a aids ainda é uma doença pouco comum, e muitos preferem ignorá-la. "Ainda assim, como há 30 anos, é difícil reconhecer uma 'doença vergonhosa', que não quer ser discutida mostrada falada e examinada", diz Bruno Spire, também portador do HIV.

"A aids foi a maior epidemia do século XX e é a maior do século XXI", afirma por sua vez o professor Jean-François Delfraissy, da Agência de Pesquisa sobre a AIDS.
Fonte: AFP

domingo, 29 de maio de 2011

Chega a vitória o “programa mais educação”


Na manhã da sexta-feira passada (dia 27), aconteceu no colégio municipal 3 de agosto uma reunião com os futuros monitores voluntários do “programa mais educação” que acontecerá pela primeira vez em  vitória de santo antão e está previsto para começar no dia 1/6/2011, nas escolas da rede municipal.

O Programa, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.
Laura responsável municipal do mais educação

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.

monitores
O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada.

Gustavo fala sobre a lei do voluntariado
A Lei do Voluntariado, nº 9.608, de 18/02/98 feita pelo então presidente FERNANDO HENRIQUE CARDOSO desta os seguintes artigos.

Art. 1º - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Parágrafo único: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.

Art. 2º - O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições do seu serviço.

Art. 3º - O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único: As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.

Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.

informações retiradas do:

Diego F Ramalho

Vestibular da FBV para a segunda entrada recebe inscrições até quarta-feira


A taxa custa R$ 50 e a inscrição deve ser feita na internet; as vagas são para vários cursos e a prova será realizada no próximo sábado

Da Redação do pe360graus.com
Continuam abertas até esta quarta-feira (1º) as inscrições para o Vestibular 2011.2 da Faculdade Boa Viagem (FBV). As provas serão realizadas no próximo sábado (4), das 9h às 13h. A taxa de inscrição é R$ 50 e os interessados em participar do processo seletivo devem se inscrever no site da faculdade.

Os cursos com vagas na segunda entrada são Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Economia, Hotelaria (com ênfase em Gastronomia), Direito, Design de Interior (com ênfase em Ambientação), Design de Moda, Publicidade e Propaganda, Ciência da Computação, Engenharia de Produção e Educação Física.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3081-4444.

Curso sobre logística recebe inscrições

O investimento para o curso, que será realizado às 19h desta quarta-feira no Teatro Beberibe, é R$ 20

Da Redação do pe360graus.com
Os interessados em participar do curso “Logística em foco”, que acontece no Recife nesta quarta-feira (1º), já podem se inscrever. O investimento para o curso, que tem carga horária de seis horas-aula e dará certificado aos participantes, é de R$ 20.

Promovido pela Faculdade IBGM, o evento começa às 19h e será realizado no Teatro Beberibe. Durante o curso, serão abordados temas como plataforma logística, mobilidade urbana e Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs).

A palestra principal será ministrada pelo professor Marcílio Cunha, Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especialista em Engenharia Econômica e Engenharia de Segurança do Trabalho pela UFPE e em Administração de Markerting pela Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP).

As inscrições são feitas no IBGM Shop, que fica na rua Joaquim Felipe, 250, no bairro da Boa Vista. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3231-7771 e 3231-5712 ou no site da faculdade.

SERVIÇO
Curso “Logística em Foco”
1º de junho (quarta-feira), às 19h
Teatro Beberibe
Inscrições: IBGM Shop – Rua Joaquim Felipe, 250, bairro da Boa Vista
Mais informações pelos telefones 3231-7771 e 3231-5712 ou através do site da faculdade

UFRPE lança edital para mestrado e doutorado para o segundo semestre

As inscrições seguem até o dia 10 de junho

Da Redação do pe360graus.com
A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) divulga o edital do processo seletivo para admissão de alunos interessados nos programas de pós-graduação stricto sensu da Universidade. As inscrições podem ser feitas até 10 de junho na Secretaria da Coordenadoria Geral dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu.

As vagas são destinadas para mestrado e doutorado, na sede da universidade no Recife, e na unidade acadêmica de Garanhuns. Confira os nomes dos programas, número de vagas e o edital no site da UFRPE. 
Mais informações no telefone 3320.6052.

Pesquisa diz quais características as empresas observam nos currículos




Estudo foi feito no Brasil e em outros nove países. Empregadores brasileiros querem experiência acima de tudo e levam em conta as informações divulgadas em sites de relacionamento

Da Redação do G1
Com pressa para contratar, as empresas brasileiras querem experiência acima de tudo, mas um currículo bem feito, honesto e detalhado continua valendo bastante.

As mulheres são mais criteriosas e mais desconfiadas do que os homens ao selecionar candidatos para uma vaga de trabalho. É o que mostra uma pesquisa feita no Brasil e em outros nove países. O estudo contou com a participação de mais de 2 mil executivos de alta gestão em recursos humanos e finanças.

Na hora de analisar o currículo pela primeira vez, os executivos brasileiros não se interessam pela foto do candidato. Foi o único país, dos dez analisados pela pesquisa, que registrou esse comportamento. No Brasil, o que importa logo de cara é a experiência.

“A gente não vai ter tempo de dar um treinamento mais específico, uma pessoa que já tem experiência ela já se adapta mais rápido, já consegue se virar”, diz o gerente Bruno Campos.

“O mercado aquecido, hoje as empresas com o volume de negócios disponível as empresas estão buscando candidatos que estejam prontos para executar e para gerar resultados de curtíssimo prazo”, diz o diretor da Robert Half para América Latina, Ricardo Bevilacqua.

O estudo mostra ainda que os empregadores brasileiros, seguidos pelos italianos, são os que mais levam em conta informações divulgadas em sites de relacionamento. Para 44% dos executivos brasileiros, fotos inadequadas postadas na rede, por exemplo, seriam suficientes para desclassificar um candidato - mesmo que ele tenha um bom currículo.

“O que as pessoas têm que perceber é: você não pode ser uma coisa no currículo e outra coisa na tua rede social”, explica Ricardo.

Passado o desafio de conseguir o emprego é hora de aprender a lidar com os problemas do dia a dia. No Brasil, mais do que em todos os outros países pesquisados, a fofoca no ambiente de trabalho é o maior causador de estresse.

-SUAPE-Os impactos do 3º estaleiro







A construção do Estaleiro Construcap, terceiro empreendimento do polo naval de Suape, vai provocar a supressão de 27,93 hectares de mangue na Ilha de Tatuoca, onde será instalada a planta naval. A constatação está no relatório de impacto ambiental complementar (Rima Complementar) apresentado, ontem, na audiência pública realizada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). O encontro aconteceu no Clube Municipal de Ipojuca e reuniu representantes de comunidades da vizinhança de Suape, pescadores e ambientalistas.
Elaborado pelo escritório Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores, – mesma empresa contratada pelo Estaleiro Promar S.A.–, o Rima Complementar apontou sete impactos ambientais na fase de implantação e outros oito na fase de operação. Na etapa de implantação, as intervenções no meio ambiente vão desde riscos de alteração da qualidade da água e do ar, passando por risco de poluição e a destruição de sítios arqueológicos na região.
Quando estiver operando, o estaleiro vai impactar a qualidade da água, em função do lançamento de esgoto e resíduos industriais, além de alterar a fauna e a flora por conta da introdução de espécies exóticas e invasoras. A coordenadora técnica do Rima Complementar, Eliane Bryon, destacou que as compensações ambientais propostas para a supressão da vegetação de mangue será o plantio de 55,8 hectares de vegetação em outra área, mas não informou onde, mesmo sendo questionada várias vezes pelos espectadores. Além do plantio, o empreendedor também se comprometerá a aplicar 0,5% do valor total do empreendimento (estimado em US$ 450 milhões) em unidades de conservação. A destinação dos recursos será definida pela CPRH.
INDIGNAÇÃO
A audiência pública serviu como desabafo para os moradores das comunidades de Suape. Indignados e até mesmo exaltados, os representantes da população foram ouvidos sob o olhar de enfado dos que representavam a mesa, que chegavam a bocejar.
“Viajei 200 quilômetros de Jacumã (na Paraíba), onde estou morando temporariamente, até aqui para fazer um desabafo, porque não tenho esperança no resultado dessa audiência. O empreendedor e a CPRH estão aqui apenas para cumprir uma formalidade e legitimar os interesses deles. Isso aqui não é um espaço para discussão”, afirmou o presidente do movimento Salve Maracaípe, Marcos Pereira. Apesar de ter feito vários questionamentos aos representantes da mesa, só teve uma pergunta respondida. Marcos também lembrou que a lei de supressão de vegetação em Suape está subjúdice e que os estaleiros só poderão derrubar o mangue após o desfecho da ação judicial, impetrada em conjunto pelos ministérios públicos estadual e federal.
Durante a audiência, muitos pescadores responderam à afirmação da coordenadora técnica do Rima de que a pesca na região de Suape era uma atividade econômica complementar e que teria um caráter mais cultural do que de geração de renda. “Tenho 46 anos e pesco desde os meus 11. Meu barco é registrado e tem 24 anos trabalhando nessa região”, afirmou o presidente da colônia de pescadores Z-8 do Cabo, Laílson Evangelista.

Publicado no Jornal do Commercio, em 27.05.2011. Por  Adriana Guarda, da equipe de Economia

Toneladas de peixes morrem em lago próximo a vulcão nas Filipinas


Peixes aparecem flutuando desde sexta-feira (27). A atividade no vulcão Taal aumentou em abril 



Mais de 700 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal

Mais de 700 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal, informaram neste domingo (29) fontes oficiais.
Segundo o Escritório de Pesca e Recursos Aquáticos, desde a sexta-feira os peixes surgem flutuando em cinco povoados situados nas margens do lago Taal que rodeia o vulcão do mesmo nome, situado na província de Batangas, a cerca de 40 quilômetros ao sul de Manila.
A atividade no Taal aumentou em abril e desde então o Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (Philvocs) mantém declarado o alerta 2 em uma escala de 5, que indica o surgimento de magma na superfície.
As autoridades proibiram a presença humana na ilha vulcânica devido ao perigo de erupção e de gases tóxicos. Milhares de turistas visitam a cada ano o Taal e alguns percorrem caminhando até a cúpula de 400 metros para ver o lago e a fumaça que se formam.
O vulcão, que matou 1.300 pessoas em 1911 e 200 em 1965, faz parte de uma cadeia vulcânica que se estende pela região ocidental da ilha de Luzon.
Da EFE


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo

Estudantes (arquivo)

As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês).
O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.
Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline.
Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas.
Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem.
O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.
Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes.
"Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE.
"Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."
A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório.
No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos.
"Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório.
Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

São Paulo, Rio e Brasília têm cerca de 60 mil vagas de emprego; encontre a sua

Capital paulista tem quase 15 mil vagas e oferece os melhores salários

A busca por um emprego pode finalmente terminar nesta semana em função das mais de 60 mil vagas disponíveis em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

São Paulo é o Estado com o maior número de oportunidades. O trabalhador paulista possui nessa semana cerca de 50 mil chances de trabalho. Somente na capital há quase 15 mil vagas a serem preenchidas.

Já o morador do Rio de Janeiro tem mais de 10 mil opções de emprego para voltar ao mercado, iniciar uma carreira ou trocar de trabalho. Na região metropolitana do Estado fluminense estão 7.600 postos de trabalho.

Em Brasília, existem pouco menos de mil vagas em diversas profissões, com salários que variam de R$ 545 a R$ 1.600, dependendo do cargo. Grande parte está localizada na cidade-satélite.

Onde encontrar as vagas

No caso de São Paulo, dois órgãos públicos fazem a intermediação das vagas: o Emprega São Paulo, ligado ao governo do Estado, e o CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador), vinculado a diversos sindicatos. Para concorrer a uma das vagas do CST, é preciso se cadastrar pelo site do centro ou ir até um dos postos, nos endereços abaixo:

CST Liberdade
Rua Galvão Bueno, 782

CST Santo Amaro
Rua Barão do Rio Branco, 864

CST Pirituba
Av. Cabo Adão Pereira, 387

CST Capão Redondo
Estrada de Itapecerica, 3.770

O site do Emprega São Paulo tem uma área para candidatos se cadastrarem para as vagas. Também há vagas em cursos de capacitação, para quem quer se atualizar na busca por trabalho. Mais informações são dadas pelo telefone 0800-7707378.

Para as vagas no Rio de Janeiro e em Brasília, é necessário checar os links das reportagens com informações das duas regiões.

Câmara dos Deputados aprova projeto de mudança do Código Florestal


A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira por 410 votos a favor, 63 contra e uma abstenção o polêmico projeto que altera o Código Florestal, proposto pelo relator e deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

A base aliada e representantes dos ambientalistas recuaram em diversos pontos do texto defendidos pela bancada ruralista, transferindo para o Senado ou para o veto da presidente Dilma Rousseff a expectativa de alterar ítens do projeto.

A sessão foi iniciada após todos os partidos – exceto PSOL e PV – fecharem acordo para votar a nova proposta e uma emenda que regulariza áreas protegidas já desmatadas.

A emenda 164, votada em seguida ao projeto de lei, dá aos estados o poder de determinar quais dessas Áreas de Proteção Permanente (APPs) serão legalizadas e quais atividades poderão ser realizadas nesses terrenos – papel que hoje é exclusivo da União.

Em uma derrota para o governo federal, a emenda foi aprovada com 273 votos a favor, 182 contra e duas abstenções. O texto libera plantações e pastos feitos em áreas de APPs até julho de 2008. Para o líder governista, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a emenda “abre brecha para consolidar todas as áreas desmatadas irregularmente, o que significa anistia para os desmatadores”.

Mesmo antes da votação, o governo havia avisado que agora trabalhará para mudar o projeto de lei no Senado, onde o relator será o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).

Segundo Vaccarezza, Dilma não aceitará a concessão de anistia aos que desmataram APPs até julho de 2008, como prevê o texto de Rebelo, e tampouco concorda em abrir mão do poder de centralizar a regularização de milhões de pequenos agricultores que ocupam APPs nas beiras de rios.
Após passar pelo Senado, o texto segue para sanção ou veto - total ou parcialmente - da presidente.

'Ciência ignorada'

Já representantes da academia lamentaram a aprovação de um código que, segudo o pesquisador Antonio Donato Nobre, "foi feito pela primeira vez sem a participação da ciência".

Nobre, agrônomo e pesquisador do Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi o relator de um estudo feito por diversos especialistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que, segundo ele, foi basicamente ignorado pelos envolvidos na discussão sobre o código.

"Foi apenas uma disputa de lobby. O próprio Aldo admitiu que não tem experiência nessa área", disse Nobre. "É um retrocesso muito grante para muitos setores, especialmente para a agricultura."
O ponto que desobriga produtores de até quatro módulos a reflorestar é um dos que mais trará prejuízos, na opinião do pesquisador. Segundo ele, o módulo fiscal não tem fundação científica e vai criar confusão na hora de interpretar e empregar a lei.(como tudo no brasil)

Perigo

O ambientalista do Greenpeace Paulo Adário também criticou a questão polêmica. “Essa anistia de quatro módulos permite um desmatamento brutal", disse.
"E em um país onde o processo democrático é recente, é perigoso criar na sociedade a sensação de que pode anistiar qualquer crime. É como se a Receita Federal dissesse que alguém não precisa pagar IR aquele ano.”

Segundo o ambientalista, só a existência do projeto de Rebelo já aumentou o desmatamento em regiões como o sul da Amazônia e Roraima, por causa da perspectiva de impunidade.

Ele acredita que "perdeu-se a oportunidade de desenvolver um código à altura do potencial de biodiversidade do Brasil, que tem a maior floresta tropical" do mundo.

Já Kátia Abreu, do CNA, disse que se a questão dos quatro módulos e outros pontos do projeto de Rebelo não fossem aprovados se esboçaria um cenário complicado para o país, com o aumento exacerbado dos preços dos alimentos.

Ela afirma que uma área um pouco maior à usada hoje para se produzir grãos e um pouco de cana-de-açúcar teria de ser transformada em regiões preservadas.
“Não faria sentido ceder essas terras para depois termos de comprar comida de países onde não há nem Código Florestal.”

Mariana Della Barba
Da BBC Brasil em São Paulo

Hipotireoidismo: oito dúvidas sobre a doença da tiróide

Ela não tem cura, mas tratamento garante qualidade de vida do paciente


De acordo com os resultados recentes do censo IBGE 2010, as doenças endócrinas, como diabetes, obesidade e disfunções na tireoide respondem pela segunda causa que mais mata mulheres no país (7,8%), atrás apenas das doenças cardiovasculares. A tireoide é uma glândula endócrina que existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a alterar o ciclo menstrual.

Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:

1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);

2. hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo. 
Cansaço - Foto: Getty Images
1.Os sintomas podem ser identificados com clareza?
Os sintomas, infelizmente, são pouco específicos e se instalam lentamente, o que pode confundir as pessoas. Além disso, podem atingir vários órgãos, pois a tireoide é importante para regular o funcionamento de alguns sistemas do corpo, como cardiovascular, gástrico e nervoso. São: sentir frio, mesmo quando a temperatura não está baixa; desânimo; falta de interesse de todos os tipos, incluindo interesse para atividades corriqueiras ou prazerosas; lentidão de fala, de pensamento e de batimentos cardíacos; problemas no intestino (constipação, prisão de ventre), lentidão de reflexos; pele ressecada; cabelos e unhas quebradiços.  
2.Por que o hipotireoidismo ocorre mais em mulheres e se manifesta predominantemente a partir de certa idade?
Não se sabe com exatidão por que o distúrbio afeta mais mulheres, mas acredita-se que um dos fatores seja a maior incidência, na fase da menopausa, da doença de Hashimoto ou tireoidite crônica, doença autoimune da tireoide em que o corpo produz anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal causa do hipotireoidismo. Durante o climatério, período em que as doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto. 
3.Como saber se estou no grupo de risco da doença?
São fatores de risco para o hipotireoidismo: a existência de outras doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, vitiligo, diabetes de tipo 1), a presença de bócio (aumento de volume da tireoide) e a existência de doença de tireoide na família. 
Pescoço - Foto: Getty Images
4.Quais exames costumam ser feitos para o diagnóstico? 
Eles devem ser feitos periodicamente? O exame mais comum para identificar os níveis dos hormônios da tireoide chama-se dosagem de TSH sérico. Recomenda-se que todas as pessoas acima de 60 anos realizem uma dosagem de TSH anual e que mulheres, particularmente aquelas que apresentam fatores de risco, dosem o TSH a partir dos 30 anos. Além disso, gestantes também devem realizar o exame periodicamente.  
5.O hipotireoidismo tem cura? 
Não existe uma cura definitiva para a doença, mas o controle pode fazer com que o paciente leve uma vida normal. O tratamento mais comum é feito com reposição hormonal, geralmente com hormônio sintético da tireoide, em geral, na forma de comprimido, que deve ser tomado diariamente pelo resto da vida. Mas vale o alerta: se estiver com falta ou excesso de medicação, podem aparecer os sintomas opostos, de hipertireoidismo. Os mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso. 
6.Quais são as possíveis consequências mais graves, se não houver tratamento? 
A falta do hormônio tireoidiano pode levar ao coma mixedematoso, que é quando o paciente tem queda da temperatura corporal e ocorre a lentidão de todas as funções do organismo. Isso acarreta uma fragilização do sistema imune, facilitando a instalação de outras doenças, como pneumonia e infecções. O hipotireoidismo também pode afetar de forma importante o coração e os ossos, por isso é importante seguir o tratamento prescrito pelo médico.  
7.O hipotireoidismo provoca aumento de peso?
Existe uma relação complexa entre as doenças da tireoide, o peso corporal e ometabolismo. Os hormônios tireoidianos também regulam o metabolismo, e a taxa metabólica basal também pode diminuir na maioria dos pacientes com hipotireoidismo, devido à baixa nos hormônios. No entanto, esse ganho de peso é menor e menos dramático do que o ocorre nos pacientes com hipertireoidismo.  

8.O que é essencial para controlar o hipotireoidismo?

Se o paciente estiver com a medicação ajustada adequadamente, sua rotina não será muito afetada. A recomendação é a mesma válida para pessoas sem a doença, que é seguir hábitos de vida saudáveis. É fundamental manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e frutas. Também é essencial praticar exercícios físicos regulares para a manutenção do peso para afastar a obesidade e seus efeitos negativos, como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardiorrespiratórios. Não há grandes restrições em relação às atividades físicas, mas antes de começar a se exercitar o paciente deve sempre consultar seu médico.