quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Carimbo de 2 mil anos confirma rituais religiosos em Jerusalém



Arqueólogos israelenses anunciaram no último domingo a descoberta de um carimbo de barro de 2 mil anos de idade, perto do Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental de Jerusalém. A pequena peça é uma confirmação de rituais religiosos no templo bíblico judaico descritos em textos antigos.
O objeto contém as palavras em aramaico “puro por Deus”, sugerindo que fora usado para certificar comida e animais usados em cerimônias de sacrifícios.
O Muro Ocidental é parte de um complexo reverenciado por judeus como o Monte do Templo, e por Islâmicos como Santuário Nobre. Ficam no local a mesquita islâmica Al-Awsa e o Domo de Rocha
"Parece que o objeto era usado para marcar produtos ou objetos que eram trazidos para o Templo, e era imperativo que eles fossem puros", afirmou a autoridade de antiguidades de Israel, em nota.
Os pesquisadores acreditam que é a primeira vez em que o carimbo foi escavado.
Da Agência O Globo

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Brasil cai nove posições e fica em 85º em ranking de generosidade


Pesquisa vê se pessoas doam dinheiro, se fazem trabalho voluntário e se ajudam estranhos


O Brasil caiu nove posições e aparece em 85º lugar - empatado com a Argentina - em um ranking que classifica os países pelo nível de generosidade de seus cidadãos.

O índice, elaborado pela entidade Charities Aid Foundation (CAF), com sede no Reino Unido, é elaborado por meio de uma pesquisa que faz três questões: se a pessoa, no último mês, doou dinheiro a uma instituição de caridade, se ela realizou trabalho voluntário ou se ajudou algum estranho ou alguém que ela não sabia se precisava de ajuda.

A média simples do percentual das respostas positivas a essas três perguntas resulta no índice de cada país.

Assim, em 2011, o Brasil apresentou um índice de generosidade de 29%, com 48% dos entrevistados afirmando que ajudaram um estranho, 26% dizendo que doaram dinheiro a instituições de caridade e apenas 14% relatando participação em trabalho voluntário. Em 2010, o país apresentou um índice de 30%, ficando na 76ª posição.

Em termos de voluntariado, o Brasil caiu um ponto percentual em relação a 2010, ficando em 101º lugar, empatado com África do Sul, Bangladesh, Camarões, Itália, Mali, Marrocos, Moçambique e República Democrática do Congo.

O ranking é liderado pelos Estados Unidos, país que estava em quinto lugar em 2010. Em segundo lugar, aparece a Irlanda, que subiu uma posição em relação ao ano passado, seguida por Austrália (3º) e Nova Zelândia (4º), que, na pesquisa anterior, estavam empatados em primeiro lugar. O Reino Unido subiu três posições e é quinto.

As últimas posições do ranking são ocupadas por Croácia, Albânia, Grécia, Burundi e Madagascar, que tem o pior resultado geral.

A CAF calculou os índices com base em uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup, que entrevistou mais de 150 mil pessoas em 153 países.
MELHORA GLOBAL - De acordo com a CAF, o estudo de 2011 indica um aumento na generosidade dos cidadãos dos países pesquisados, com um aumento do índice global de 31,6% em 2010 para 32,4% neste ano.

A entidade afirma que foi verificado um aumento na ajuda a estranhos e no tempo dedicado a trabalhos voluntários. Por sua vez, as doações em dinheiro tiveram queda.

Segundo a pesquisa, o maior aumento de generosidade em 2011 foi verificado na Ásia, com quatro das cinco regiões do continente apresentando melhora no índice.

A CAF recomenda aos governos que garantam a existência de ministérios responsáveis por promover ações de caridade mais efetivas, enquanto as empresas devem incentivar seus funcionários a participar de trabalhos voluntários e facilitar o apoio às comunidades locais.

Aos cidadãos comuns, a entidade pede que pelo menos 1,5% da renda individual seja destinado a caridade, com os mais ricos dando proporções maiores. Ela pede também que os doadores assegurem doações regulares às entidades e busquem maneiras eficientes de dar dinheiro, podendo fazer uso de mecanismos oferecidos pelo Estado como abatimento de impostos.
Fonte: BBC Brasil

Falta de ozônio ajuda a manter Antártida fria


Enquanto o entorno da Antártida segue a tendência de aquecimento observada em quase todo o planeta, o centro continua frio, conforme imagens de satélite da Nasa desde a década de 1970. E o gelo, em vez de derreter, está se expandindo. Aparentemente, o choque entre a temperatura fria do centro e as médias quentes do entorno é decisivo para gerar ventos e manter a região central gelada.
É o que pensam pesquisadores brasileiros, em busca de respostas para fenômenos climáticos na Antártida. Eles afirmam que a diminuição da camada de ozônio sobre o continente ajuda a manter a temperatura fria na região central e sustentam que o frio causado pela ausência do gás contribui para aumentar os ventos ao redor da Antártida e isolar termicamente a região. O grupo coletou um cilindro de gelo de 40 metros de profundidade e por um processo de datação separou anualmente as camadas de gelo, retrocedendo até a década de 1950.
"Há uma tendência negativa na deposição de poeira entre 1967 e 2007. Nossos dados sugerem que ela seja resultado de um crescente isolamento atmosférico da região central do continente antártico pelo aumento da intensidade dos ventos ao redor da Antártida. Esse aumento na intensidade dos ventos reflete, por sua vez, o resfriamento da alta atmosfera no centro antártico causado pela depleção da camada de ozônio na região", explica o biólogo Márcio Cataldo, do grupo de relação atmosfera-gelo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). O estudo, ainda não publicado, está sendo submetido a uma revista científica.
"Pesquisas feitas na região periférica da Antártida mostram que lá, a poeira está aumentando. O que corrobora a teoria de que os ventos e ciclones que se formam ao redor do continente impedem a entrada de massas de ar quente no local, justamente aquelas que trazem as partículas de poeira", explica Cataldo. O ozônio absorve calor. Por isso, onde há ozônio, as temperaturas são mais quentes. Só que, sobre os polos, a depauperação da camada de ozônio é mais intensa que em outras regiões.
"Nas regiões polares formam-se nuvens muito altas, chamadas de nuvens polares estratosféricas. Elas surgem no inverno, quando há pouca luz, e aglutinam elementos como o CFC, lançado na atmosfera pelo homem, e o bromo, produzido nos mares. Eles destroem o ozônio", resume Cataldo. Quando chega a primavera e o Sol aparece, essas nuvens se dissipam e soltam os elementos de uma vez, fazendo um "estrago" na camada de ozônio.
O fenômeno também ocorre no àrtico. Neste ano, segundo a Nasa, o buraco sobre o àrtico foi o maior já registrado no Hemisfério Norte. Mas, lá, o gelo está derretendo, enquanto na Antártida central ele está se expandindo. "No àrtico, satélites mostraram que derreteu muito mais gelo do que se imaginou pelos modelos climáticos usados", afirma a professora Ilana Wainer, do Instituto Oceanográfico da USP.
Por Karina Ninni (Agência Estado)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cientistas descobrem mais planetas



Um dia depois de a Nasa anunciar a descoberta dos menores planetas já achados fora do Sistema Solar, cientistas apresentam nesta quinta-feira (22) um estudo sobre um par de planetas ainda mais diminutos. Os astros recém-descobertos, afirmam os astrônomos, são remanescentes de planetas gigantes que foram engolidos por sua estrela e depois cuspidos como caroços.

A descoberta foi feita com a análise de dados do mesmo telescópio espacial, o Kepler, mas por um grupo diferente, liderado pelo francês Stephane Charpinet. Os novos planetas têm 86,7% e 75,9% do raio da Terra e massas estimadas em 44% e 65%. A dupla nova tem órbita muito próxima de sua estrela-mãe e possui superfície quente demais para abrigar água líquida e vida.

O aspecto mais inusitado dos planetas é que no centro do sistema estelar que os abriga está KOI 55, estrela de idade avançada e que já passou pela fase em que se torna uma gigante vermelha.

É o mesmo destino previsto para o Sol, daqui a 5 bilhões de anos, quando o hidrogênio, combustível para a fusão nuclear em seu centro, começar a se esgotar. No passado, os planetas em torno de KOI 55, batizados apenas como .01 e .02, eram provavelmente astros com tamanhos similares aos de Júpiter e Saturno, os gigantes gasosos do Sistema Solar.

Quando a estrela começou a virar uma gigante vermelha, sua atmosfera estelar, ou envelope, começou a se expandir tanto que encobriu os dois planetas. Em estudo na edição de hoje da revista Nature, o grupo de Charpinet descreve o que acha que ocorreu após a estrela engolir os planetões. Esse astros, dizem, só acabaram engolfados na atmosfera estelar porque, apesar de ser grandes, tinham órbitas curtas, como a Terra.

Enquanto eles iam cavando seu caminho em meio ao envelope estelar, iam perdendo toda a camada exterior de gás e expelindo também o gás da atmosfera da gigante vermelha, fazendo-a perder massa, explicou Betsy Green, da Universidade do Arizona, astrônoma que participou do estudo.

"Se os planetas já fossem pequenos naquela época, provavelmente não teriam sobrevivido. Só existem hoje porque começaram com uma quantidade de massa grande antes de sofrer atrito."

A vingança dos planetas é que eles próprios acabaram varrendo para fora a atmosfera da gigante vermelha, e KOI 55 pode ter perdido mais de 50% de sua massa. Agora ela é uma estrela da classe das sub-anãs quentes tipo B, que possuem um núcleo de hélio inerte e geram energia por fusão nuclear em camadas mais exteriores.

A descoberta dos planetas ocorreu meio por acaso. Charpinet e Green começaram a observar a KOI 55 para entender os modos de vibração da estrela, que exibe movimentos similares aos terremotos da Terra. A vibração causa oscilações no brilho que podem revelar propriedades da estrela, como sua massa e seu raio.
Fonte: AFP

Desafio: não dê presentes novos no Natal



Você está pronto a entrar no louco frenesi de compras do qual participamos todos os anos, não apenas na Black Friday mas em toda a temporada de festas?

Você está pronto para aquela incrível explosão de gastos, para inflar a conta do seu cartão de crédito, para o estresse de comprar coisas para todo mundo da sua lista?

Você está pronto para consumir uma quantidade insana de recursos, causar um desmedido impacto ambiental, e trabalhar longas horas para pagar por tudo isso?

Sim, é época das festas de fim de ano novamente, e com ela vem a pior parte do consumismo.

Por mim, vamos pular fora.

Eu e minha família estamos lançando um desafio a todos os meus maravilhosos leitores e ao mundo: é proibido dar presentes novos durante as festas.

Que desafio maluco é esse? Simples – siga essa regra:

Não compre presentes novos durante as festas

"Espera, o quêeee"? Não se preocupe, existem alternativas:

  • Faça seus próprios presentes, como construir ou produzir algo artesanal
  • Faça presentes consumíveis, asse um bolo ou biscoitos
  • Ponha-se a serviço dos outros como presente: faça uma massagem, tome conta das crianças de um amigo, lave o carro, limpe a casa, corte a grama, etc.
  • Junte um grupo (ou a família) e doe para uma instituição de caridade
  • Faça trabalho voluntário
  • Compartilhe uma experiência com os amigos (como uma viagem ou um jantar fora)
  • Criem alguma coisa, juntos, em vez de consumir
  • Dê para os outros seus objetos ociosos (uma boa máquina de costura, etc.)
  • Sintam gratidão pelo que já tem.

Entrou nessa? Aceite esse desafio! Será divertido, você poupará dinheiro e a sua família precisará ser criativa. 

A Tradição das Tradições

Muita gente vai fazer pouco e dizer que adora dar presentes. Afinal, é a tradição.

Sim, claro. Mas novas tradições podem ser forjadas se as velhas não estão funcionando. E eu argumentaria que a tradição de comprar presentes está “quebrada”.

Queremos mesmo ensinar nossas crianças que dar é igual a comprar? Queremos ensiná-las que para demonstrar amor é preciso comprar algo? Nós queremos usar o consumismo em vez da criatividade como exemplo? Estamos dizendo que a única maneira da família e dos amigos se reunirem é se nós gastarmos um caminhão de dinheiro?

Não. Sejamos mais criativos. Vamos começar novas tradições.

Que tipo de tradições? Que tal se as famílias se reunissem para participar de jogos? Construíssem coisas? Saíssem ao ar livre para caminhadas, diversões, natação, brincar na neve, acampar? Que tal se as famílias ensinassem umas às outras como fazer coisas?

E se as famílias se reunissem para ajudar os outros? Voluntariassem-se a distribuir refeições aos pobres, ajudassem na construção de casas, limpassem a vizinhança? Mostre que dar pode ser sensacional e não precisa envolver consumismo.

Seja criativo. Seja saudável. Seja construtivo e tenha compaixão.

Esse texto foi publicado sob a licença Creative Commons. Leo Babauta é o autor do blog Zen Habits, onde o original (em inglês) pode ser lido. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um terço das pessoas no mundo abraça o cristianismo



Uma em cada três pessoas no mundo pertence a uma religião cristã, informou nesta segunda-feira (19) um estudo realizado pelo Centro Pew de Pesquisa dos Estados Unidos, o que corresponde a 2,18 bilhões de cristãos, ou 31,7% da população mundial, de 6,9 bilhões.

"Os cristãos também se expandiram do ponto de vista geográfico, estando tão distantes uns dos outros de fato que nenhum continente ou região pode presumir ser o centro do cristianismo mundial", anuunciou.

Assim como há um século, os cristãos representam uma proporção significativa da população mundial, mas enquanto, em 1910, dois terços estavam na Europa, atualmente estão espalhados mais amplamente em termos mundiais.

Quase 34% dos cristãos estão na América do Norte e do Sul; 26% na Europa, enquanto que 23,6% vivem na África subsaariana e 13,1% na região Ásia-Pacífico. Apenas 0,6% está no Oriente Médio e norte da África.

"O cristianismo de hoje - ao contrário de há um século - é realmente uma fé global", disse o Centro Pew no informe "Cristianismo global", produzido pelo Foro Pew sobre Religião e a Vida Pública.

A metade de todos os cristãos são católicos, enquanto 36,7% são protestantes e 11,9%, ortodoxos, segundo o estudo.

Estados Unidos, Brasil e México lideram a lista de nações.

As conclusões do Centro Pew estão publicadas em seu site (www.pewforum.org), com uma análise país por país.
Fonte: AFP

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mapa da Violência mostra queda da taxa de homicídios de brancos e aumento da de negros


 O Mapa da Violência, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Sangari, mostra que, de 2002 a 2010, a taxa de homicídios de brancos vem caindo no país, enquanto que a de negros está subindo. Segundo o estudo, o número de homicídios de brancos caiu de 20,6 para cada 100 mil habitantes em 2002, para 15 em 2010. Já o dos negros subiu de 30 para cada 100 mil habitantes em 2002, para 35,9 em 2010.

Os dados mostram que para cada dois brancos vítimas de homicídio em 2002, morreram aproximadamente três negros. Já em 2010, para cada dois brancos assassinados 4,6 negros foram vítimas de homicídio.

É um fato preocupante porque a tendência está aumentando. Nossa mídia veicula o que acontece em famílias abastadas e há uma preocupação dos órgãos de segurança com isso. Mas ninguém noticia que morreram dois negros em uma favela, a não ser que seja uma chacina”, diz o coordenador da pesquisa Julio Jacob Waiselfisz.

De acordo com ele, a maior violência contra os negros pode ser explicada também pela questão econômica e pela privatização da segurança. “Quem pode pagar, paga a segurança privada, que protege melhor”. Como a população negra é, em média, mais pobre, explica Jacob, passa a depender dos órgãos de segurança pública que, geralmente, não conseguem atender adequadamente a população.

“Essas evidências nos levam a postular a necessidade de reorientar as políticas nacionais, estaduais e municipais, em torno da segurança pública, para enfrentar de forma real e efetiva essa chaga aberta na realidade do país”, diz o texto do estudo.

Fonte: Agência Brasil

Canadá anuncia abandono formal ao protocolo de Kyoto

 O ministro do Meio Ambiente do Canadá, Peter Kent, disse na segunda-feira (12) que o país está formalmente deixando o protocolo de Kyoto. Os países concordaram no final de semana passado, na conferência sobre o clima em Durban, na África do Sul, em estender o protocolo de Kyoto, que deveria expirar no final de 2012, por mais cinco anos. Kent afirma que o Canadá, ao deixar o pacto, invoca seu direito a se retirar.

No ano passado, o Canadá afirmou que não aceitaria uma extensão de Kyoto e nem cláusulas ao protocolo, mas renunciar ao acordo representa um retrocesso na luta contra as mudanças climáticas. Nenhum país renunciou formalmente ao acordo e o Canadá é o primeiro a fazê-lo.

O Canadá assinou o acordo em 1997, quando os liberais governavam o país. O atual primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, nunca apoio o protocolo. O governo conservador de Harper teme prejudicar a indústria petrolífera canadense, que extrai petróleo das areias betuminosas em Alberta.

Da Agência Estado. As informações são da Associated Press.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Subsolo de Marte é propicio à vida microbiana


Vastas regiões nas profundidades do subsolo de Marte são suscetíveis para abrigar uma vida microbiana, anunciaram cientistas australianos que compararam as condições de vida no Planeta Vermelho com as da vida na Terra.

Apesar de apenas 1% do volume total da Terra (do núcleo à alta atmosfera) abrigar alguma forma de organismo vivo, a proporção alcançaria em tese 3% do volume de Marte, em especial nas regiões subterrâneas, segundo Charley Lineweaver, da Universidade Nacional da Austrália.

"O que estamos tentando fazer é, simplesmente, pegar todas as informações de que dispomos, uni-las e perguntar:: 'este conjunto é coerente com a vida em Marte?'", destacou o astrobiólogo Lineweaver.

"A resposta é sim. Vastas regiões de Marte são compatíveis com a vida terrestre na comparação das temperaturas e da pressão terrestre com as que se encontra no planeta Marte", completou.

A escassa pressão e as temperaturas de 60 graus centígrados abaixo de zero não permitiriam, por exemplo, a formação de água líquida na superfície de Marte, mas nas profundidades do subsolo, porém, existem condições para a existência de vida microbiana.

A presença de água em Marte, na forma de argila hidratada, foi constatada por sondas americanas lançadas desde a década de 1970, mas nenhum rastro de vida orgânica presente foi detectado até hoje.

A Nasa lançou recentemente o robô explorador Curiosity, o mais sofisticado e mais pesado já enviado a outro planeta, para investigar precisamente se a vida já existiu em Marte.

O robô deve pousar em Marte em meados de 2012 ao pé de uma montanha de 5.000 metros de altura na região marciana de Gale.
Fonte: AFP

sábado, 10 de dezembro de 2011

Nobel da Paz é entregue pela primeira vez a três mulheres


O Prêmio Nobel da Paz foi entregue hoje (10) em Oslo à presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, à também liberiana Leymah Gbowee e à ienemita Tawakkol Karman, distinguindo o papel das mulheres na resolução dos conflitos. É a primeira vez na história que o Prêmio Nobel da Paz é atribuído a três mulheres.

"Vocês representam uma das forças motrizes mais importantes das mudanças no mundo de hoje: a luta pelos direitos humanos em geral e a luta das mulheres pela igualdade e pela paz, em particular", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, antes de entregar o prêmio. "Vocês dão sentido ao provérbio chinês, que diz que as mulheres sustentam metade do céu", acrescentou.

Vestidas com trajes tradicionais - as liberianas com vestidos africanos coloridos, enquanto Tawakkol Karman usou um hijab colorido - as vencedoras receberam o Nobel sob os aplausos do presentes, que incluiu a família real da Noruega.

llen Johnson Sirleaf, de 73 anos, foi a primeira mulher eleita democraticamente chefe de Estado de um país africano, a Libéria, que sofreu 14 anos de guerras civis que fizeram 250 mil mortos. “O fato de que duas mulheres liberianas estejam aqui hoje para partilhar o pódio com uma irmã vinda do Iémen mostra o caráter universal do nosso combate”, sublinhou Sirleaf no seu discurso.

Dirigindo-se às mulheres do mundo inteiro, Sirleaf desafiou-as a fazerem-se ouvir: “Falai! Levantai a voz! Que a vossa voz seja a da liberdade!”, exortou.

Leymah Gbowee, de 39 anos, é uma assistente social liberiana que organizou o movimento pacífico de mulheres que, com a ajuda de uma original greve de sexo, contribuíram para por fim à segunda guerra civil na Libéria, em 2003.

A jornalista iemenita Tawakkol Karman, de 32 anos, é a primeira mulher árabe a receber o prêmio Nobel da Paz. Foi distinguida por ter sido uma das figuras de proa da Primavera Árabe no seu país, um movimento que levou ao período de transição para que o presidente Ali Abdullah Saleh abandone em fevereiro próximo o poder que ocupa há 33 anos.

Tawakkol Karman lamentou a relativa indiferença do resto do mundo em relação à revolução iemenita. "O mundo democrático, que nos falou muito dos valores da democracia e da boa governança, não deve ficar indiferente ao que está acontecendo no Iêmen e na Síria".

O Prêmio Nobel é constituído por uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 10 milhões de coroas suecas (cerca de um milhão de euros) repartidas em três partes iguais pelas vencedoras.

Hoje, em Estocolmo, será vez da entrega de outras categorias do Prêmio Nobel. Serão contemplados os vencedores da Literatura, Química, Física, Medicina e Economia.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Concursos com salários de até R$ 13 mil encerram inscrições nesta sexta-feira


No total, são 1.698 vagas; há chances para candidatos de todas as escolaridades


Com salários que passam dos R$ 13 mil, sete concursos que oferecem 1.698 vagas encerram, nesta sexta-feira (9), suas inscrições. 


A maior remuneração está em Álvares Florence (SP). O salário é de R$ 13.500, e é preciso ter ensino superior. O concurso oferece 68 vagas e as inscrições devem ser feitas pelo site institutosoler.com.br.
Também em São Paulo, a Câmara Municipal de Guarulhos vai selecionar 109 profissionais de todas as escolaridades pagando até R$ 6.679,89. Os candidatos devem se cadastrar pelos sites rboconcursos.com.br e camaraguarulhos.sp.gov.br.
Na Bahia, a Prefeitura de Planalto oferece 155 oportunidades para quem tem ensino fundamental e médio, com salários que variam de R$ 545 a R$ 600. É possível se inscrever até as 16h, na Secretaria Municipal de Educação - av. John Kennedy, s/nº, centro, Planalto (BA).

No mesmo Estado, a Prefeitura Municipal de Bom Jesus da Lapa tem 723 chances, com salários entre R$ 545 e R$ 4.172, para todos os níveis. Os candidatos podem se inscrever pelo site ibam-concursos.org.br.

Já o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará tem 45 vagas, de até R$ 6.611,39, para candidatos de nível médio e superior, que podem se cadastrar pelo site concursosfcc.com.br.

A Prefeitura Municipal de Cascavel (PR) disponibiliza 98 oportunidades, com remuneração entre R$ 1.215,26 e R$ 2.348,61, para quem tem ensino médio e superior
Os interessados podem se inscrever pessoalmente, no Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Cascavel (r. Paraná, 5.000, centro) até as 17h. Também é possível se candidatar via internet, pelo site saber.srv.br.

A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro) oferece o maior número de vagas: são 500, para quem tem ensino fundamental, com salário de R$ 740,63. As inscrições devem ser feitas pelo site domcintra.org.br
mais de talhes: AQUI
do: r7

Brasil aceita compromisso de corte de emissões



A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, discursou nesta quinta (8) na 17.ª Conferência do Clima (COP-17), em Durban, na África do Sul, e afirmou pela primeira vez que o País aceita um compromisso internacional de corte de emissões de gases-estufa. “Nós não podemos chegar ao ano 2020 e dizer: ‘O que vamos fazer?’ Nós temos de começar agora esse diálogo. O País está aberto à negociação de algo mais abrangente, inovador e estratégico, com base nos conhecimentos científicos e no engajamento de todos os países”, afirmou.

 Após o aceno positivo do Brasil - e também dos Estados Unidos -, os quase 200 países reunidos na 17.ª Conferência do Clima (COP-17) em Durban, na África do Sul, estão bem perto de fechar um “pacote climático”. O pacote incluirá um segundo período do Protocolo de Kyoto - que funcionará de 2013 a 2020 - e também um roteiro para um futuro acordo global contra as mudanças climáticas, em que todos os grandes emissores de CO2 do mundo, incluindo o Brasil, terão metas obrigatórias para cortar emissões de gases que provocam o efeito estufa.

A primeira fase de Kyoto termina em dezembro de 2012. Por isso, sua continuidade era a questão mais urgente a ser decidida em Durban. Nesse tratado, apenas os países industrializados são obrigados a cortar suas emissões de CO2. Por acharem essa imposição injusta, o Japão, a Rússia e o Canadá não querem fazer parte do segundo período do acordo, mas também não se opõem a sua realização. Os EUA nunca fizeram parte de Kyoto e querem permanecer fora dele, mas não se importam se o protocolo continuar vivo.

A União Europeia, que sempre se disse favorável a ficar em Kyoto e era a grande esperança para isso se concretizar, colocava uma única condição para a sua adesão: que se definisse em Durban um roteiro para o próximo acordo, com um cronograma para sua entrada em vigor. Os europeus defendem que o acordo tem de ser fechado até 2015 e entrar em vigor em 2020 - assim, os países terão cinco anos para ratificá-lo em seus países.

Estados Unidos - Todd Stern, chefe da delegação americana, afirmou que apoia a ideia da UE de ter um roteiro para o acordo pós-2020 e disse que é “mentira” que seu país tenta atrasar as ações de combate às mudanças climáticas. A fala foi uma resposta principalmente a um protesto de uma estudante antes do discurso de Stern - ela gritou que estava preocupada com seu futuro, pedindo aos EUA que agissem.

O enviado especial dos EUA para o clima estava bastante irritado com as acusações - feitas até por outros delegados - de que os EUA bloqueavam as negociações. “Estamos muito comprometidos em iniciar prontamente o processo e seguir adiante. É bobagem dizer que estamos propondo um hiato na lida com as mudanças climáticas.”

Stern disse que, até 2020, os países que não têm metas dentro de Kyoto cumprirão os compromissos voluntários acordados em Cancún em 2010, na COP-16. A meta dos EUA é cortar em 17% as emissões de CO2 em comparação ao emitido em 2005, enquanto a do Brasil é reduzi-las entre 36% e 39%, comparado ao que o País emitiria se nada fosse feito. Porém, Stern ponderou que ainda não se sabe se esse acordo pós-2020 será legalmente vinculante ou não - é complicado para os americanos um tratado com força de lei porque nesse caso, o Congresso tem de ratificar. Com Kyoto, isso deu errado, já que os congressistas americanos não aprovaram o tratado.

A União Europeia comemorou a atitude. Para Connie Hedegaard, comissária do bloco para Ações Climáticas, a decisão do Brasil foi um avanço. Outro ponto que precisava de maior consenso eram as datas do acordo. O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado preferia fechar o acordo em 2016, um ano depois do proposto pela UE, para dar tempo de incluir no documento as medidas indicadas por estudos científicos mais novos. Um dos argumentos é de que o Painel do Clima da ONU (IPCC) soltará seu próximo relatório em 2013 e 2014. Hoje, porém, o embaixador disse que o País estava “flexível” em relação a datas e que não seria isso que travaria o acordo.
Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Entenda os pontos polêmicos do Novo Código Florestal


Saiba porque o novo texto que regulamenta a ocupação de solo e protege as florestas está causando tanta controvérsia

O Senado aprovou na noite da terça-feira (6) o projeto que redefine as leis ambientais do país. Mais do que isso, o texto tenta responder ao desafio de regulamentar a proteção das florestas ao mesmo tempo em que determina regras de ocupação do solo pelo setor agropecuário do Brasil.

Os senadores lidam com a difícil tarefa de conciliar os interesses em um país que é uma das maiores potências agrícolas do mundo e que também é conhecida internacionalmente por suas florestas.
São muitos os dispositivos do texto que suscitam polêmicas. Confira, a seguir, alguns deles e os pontos de vista de representantes ambientalistas, do setor produtivo e de especialista em direito ambiental.
Segurança jurídica
O texto tem a intenção de definir
novas regras de proteção e de recuperação da vegetação nativa. Para alguns, o emaranhado de leis e resoluções atualmente vigentes traz insegurança jurídica a produtores e proprietários rurais.
* Ambientalistas: "Você tem várias brechas dentro dessa lei que estimulam o desmatamento. Você pune a preservação", disse Márcio Astrini, responsável pela Campanha de Florestas do Greenpeace.
* Setor Produtivo: "Abrir áreas para produzir já foi prioridade no período em que o país precisava produzir alimentos e matéria prima para suprir a produção industrial... O (novo) texto contempla os produtores que, no passado, cumpriram a legislação do período", avaliou o senador Blairo Maggi (PR-MT), também produtor rural.
* Ponto de vista jurídico: "O Código atual não é aplicável. É mais uma lei brasileira que não tem eficácia. Joga na ilegalidade uma parte substancial da economia. A produção agrícola fica à mercê da legislação", disse Antonio Monteiro, advogado membro do Comitê de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional São Paulo.
Anistia
Um dos pontos que mais gera polêmica é um dispositivo do texto que prevê a
suspensão de multas ambientais para desmatamentos ocorridos antes de julho de 2008. O senador Jorge Viana (PT-AC), relator da matéria no Senado, afirma que as multas serão convertidas em serviços ambientais, desde que os proprietários se cadastrem e participem de programa de regularização ambiental, que prevê a recomposição progressiva da vegetação desmatada.
O texto prevê ainda que o Estado poderá recompensar financeiramente ações de preservação e regularização ambiental por meio de dedução de impostos ou crédito agrícola.
* Ambientalistas: "O antipedagógico que é a anistia desmedida vai gerar uma circunstância de impunidade do campo", disse Astrini, do Greenpeace.
* Setor produtivo: "Quem descumpriu a legislação anterior, e desmatou acima do que era permitido, vai ter que recompor, não tem saída: o meio ambiente não pode sair no prejuízo", disse Maggi.
* Ponto de vista jurídico: "O texto, da forma como está, anistia todo e qualquer desmatamento, toda ocupação em APP ocorrida antes de 2008...mas se era legal desmatar até então, você não pode punir quem agia de acordo com a lei", disse Monteiro.
Redução da vegetação nativa
O texto construído no Senado mantém a exigência de Áreas de Preservação Permanente (APP) - regiões de proteção da vegetação em beiras de rios, topos de morros e encostas - e de Reserva Legal - parcela das propriedades rurais que deve ter a mata nativa preservada, o que varia de 20 a 80 por cento.
Mas se comparado à legislação atual, o texto flexibiliza a ocupação de áreas com mata nativa para quem desmatou antes de julho de 2008.
O texto determina que um rio com largura de até 10 metros, por exemplo, tenha uma faixa de APP de 30 metros ao longo de suas margens. Mas abre a possibilidade, para quem desmatou antes de 2008, de recompor apenas a metade disso, ou seja, 15 metros.
O Novo Código permite ainda que o proprietário possa descontar do cálculo de Reserva Legal a área já ocupada por APP, desde que não haja novos desmatamentos.
* Ambientalistas: "Esse afrouxamento descaracteriza a regra de proteção. Você não tem mais regra de proteção, você tem exceção de proteção", avaliou Astrini.
* Setor produtivo: "Há flexibilização para o pequeno produtor, o ribeirinho, a agricultura familiar... Outro ponto que erroneamente é visto como flexibilização é a manutenção das atividades em margens de rios consolidadas até 2008, o que trata-se somente de segurança jurídica, comentou Maggi.
* Ponto de vista jurídico: "Se a nova lei for cumprida, vai trazer um resultado melhor do que o Código de hoje, que não é cumprido. Atualmente existem tantas formas de proteger que quando você proíbe tudo, na verdade você não proíbe nada", analisou Monteiro.

Reuters