domingo, 19 de agosto de 2012

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Trepadeiras nas fachadas 'podem diminuir poluição nas cidades em até 30%

Plantio estratégico de trepadeiras sobre prédios
 pode diminuir poluição de cidades em até 30%

O uso de plantas nas paredes externas de prédios em uma mesma rua, criando "corredores verdes", poderia funcionar como um filtro para a poluição nas grandes cidades, diminuindo em até 30% a quantidade poluentes no ar de grandes metrópoles, segundo um estudo britânico.

Pesquisas anteriores já previam que o aumento de áreas verdes em cidades poderia reduzir em 5% a quantidade de poluentes, mas o novo estudo conduzido por cientistas das universidades de Birmingham e Lancaster mostra que os "corredores verdes" têm um potencial mais efetivo.

Publicados no periódico Tecnologia e Ciência do Ambiente, os resultados do trabalho mostram que tais medidas poderiam ser mais eficientes do que iniciativas tradicionais.

O benefício dos 'corredores verdes' é que eles limpam o ar que entra e fica no espaço entre os prédios", diz Rob MacKenzie, um dos autores da pesquisa.

Os 'corredores' nada mais são do que placas cobertas com plantas 'trepadeiras', que crescem acopladas a uma estrutura, colocadas sobre as paredes exteriores de construções nas cidades.

"Plantar mais ('corredores verdes') de uma forma estratégica poderia ser uma maneira relativamente fácil de controlar nossos problemas locais de poluição", acrescenta o cientista.

Vantagens e desafios

Especialistas sugerem que a criação deste tipo de "corredor verde" também tem vantagens práticas, além do previsto benefício ambiental.

Similares como as chamadas "paredes verdes", que funcionam como jardins verticais, geralmente compostas por diferentes tipos de plantas e muitas vezes criados por paisagistas, necessitam de sistemas de irrigação específicos, além de fertilizantes e cuidados mais intensos.

Já os "corredores" consistem em uma parede inteira coberta por um tipo único de planta trepadeira, mais resistente.

Mesmo assim há desafios.

Tom Pugh, outro autor do estudo, lista algumas das dificuldades a serem enfrentadas. "Precisamos tomar cuidado quanto às plantas: como e onde plantaremos tais tipos de vegetação, (além de garantir que) não sejam afetadas por seca, não sejam atingidas por calor excessivo e que não sofram ações de vândalos", diz.

Anne Jaluzot, de um grupo comunitário sobre plantio de árvores em áreas urbanas, diz que a estratégia tradicional, de plantar muitas árvores pequenas, não ajuda em nada para a biodiversidade, e o controle de enchentes e da poluição.

Ela diz que seria preferível se concentrar em regiões menores e nelas plantar árvores muito grandes, mesmo que em número menor. Ela também critica os "jardins verticais", mais elaborados, como uma "perda de dinheiro".

"Esses jardins verticais em geral são bonitos, mas são insustentáveis devido ao alto custo de manutenção e a necessidade de adubos. Simplesmente cobrir uma parede com plantas trepadeiras seria em geral uma solução muito melhor para prefeituras e organismos do setor", avalia.

BBC brasil

Saúde dos mares do Brasil fica acima da média global


As águas dos mares e dos rios do Brasil têm melhores condições e qualidade do que a média global, registra o novo Índice de Saúde do Oceano (OHI, na sigla em inglês) publicado nesta quarta-feira (15) na revista Nature. Ele está em 35º lugar no ranking feito com 171 países costeiros – marca que o coloca 18 posições acima da média global.

O país, no entanto, perde em quatro dos dez quesitos avaliados, como águas limpas (76 do país contra 78 do geral), turismo e recreação (0 contra 10), subsistência e economia (51 contra 75) e produtos naturais (29 contra 40). As ilhas Jarvis, território desabitado no Pacífico sul, são as melhores colocadas na lista, com 86 pontos; já a nação africana Serra Leoa fica com o último lugar, com 36 pontos.

A média global aponta para uma péssima qualidade e manutenção das águas oferecida em todo o mundo, o que afeta diretamente cerca da metade da população que vive perto da costa.

"Evidentemente, a presença humana tem um impacto negativo substancial para o oceano, e os resultados estão em relação inversa à população costeira", afirma o texto dos pesquisadores.
O estudo da Conservação Internacional, da National Geographic Society e do New England Aquarium é baseado em dez fatores, que medem o uso que as pessoas fazem dos recursos e dos serviços oferecidos pelo oceano e pelos ambientes costeiros, e montam uma escala de até 100 pontos. Quanto menor a pontuação, pior a situação do país no aproveitamento e no uso sustentável dos recursos.

Do UOL
Em São Paulo