segunda-feira, 6 de junho de 2011

Limpa Brasil recolheu 14 toneladas de lixo reciclável no RJ


Limpa Brasil recolheu 14 toneladas de lixo reciclável no RJ











Limpa Brasil em ação no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação

Por Débora Spitzcovsky e Mônica Nunes (edição)/ Planeta Sustentável
A primeira ação do movimento Limpa Brasil Let’s Do It! no Brasil aconteceu ontem (5) no Rio de Janeiro e parece ter sido um sucesso: de acordo com dados da organização da iniciativa, os cidadão cariocas coletaram cerca de 14 toneladas de lixo reciclável, que estava jogado de forma irregular nos espaços públicos da cidade.

Os resíduos coletados pela população foram enviados a 20 ecopontos da cidade, sob a orientação de Tião Santos, que foi coordenador de logística da ação. Já o lixo não reciclável que foi recolhido pelos cidadãos durante a ação ficou sob a responsabilidade do serviço de coleta da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Até o final de 2011, o movimento Limpa Brasil Let’s Do It! ainda pretende realizar mutirões de coleta de lixo em outras seis grandes cidades brasileiras. São elas: Brasília, Campinas, Guarulhos, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte

Vulcão no Chile provoca raios vermelhos no céu


A erupção de um vulcão no sul do Chile no fim de semana provocou imagens impressionantes de raios vermelhos no céu.
O fenômeno obrigou 3,5 mil pessoas a deixarem a região de Caulle Cordon, no sul do Chile.
Uma colúna de cinzas de dez quilômetros de altura e cinco de largura se formou ao redor do vulcão Puyehue.
A nuvem avançou para a Patagônia argentina, que fica a 900 quilômetros de distância, provocando o cancelamento de alguns voos.
As autoridades chilenas decretaram alerta máximo nas regiões próximas ao vulcão.




do bbc brasil

No Dia Nacional contra Queimaduras, médico alerta sobre acidentes com fogos

Nesta segunda-feira (6) é o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. Em Pernambuco, onde os festejos juninos são comemorados intensamente, a data é utilizada pelos profissionais de saúde para alertar a população sobre os riscos de queimaduras provocadas por fogueiras e fogos de artifício.

Em 2010, o número de atendimento no Hospital da Restauração a pacientes queimados por fogos e fogueiras no mês de junho cresceu 35% em relação a 2009. "O crescimento foi motivado pelas comemorações relacionadas com a Copa do Mundo. Esperamos que esta ano haja uma redução do número de vítimas. Mas isso não quer dizer que o mês de junho será tranquilo. Infelizmente, durante o período junino, o número de pessoas queimadas é quase 10 vezes maior se comparado aos outros meses do ano", explica o chefe do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital da Restauração (CTQ-HR), Marcos Barretto.

Segundo o médico, em 2010, foram registrados 136 atendimentos no CTQ-HR, sendo 70 deles só no mês de junho. "Vale ressaltar que esse número engloba apenas os acidentes com fogos e fogueiras, que atingem, geralmente, crianças e homens. Mas no mês de junho também cresce o número de acidentes domésticos relacionados com o preparo das comidas juninas", alerta o médico.

FOGOS E FOGUEIRA - Ao passo que os fogos, especialmente foguetes e rojões, geram lesões mais segmentadas, chegando em casos mais graves a causar amputação de membros ou cegueira, as fogueiras são responsáveis pela maioria das internações prolongadas. “Me assustam mais as fogueiras que os fogos, porque as queimaduras que causam são mais profundas e extensas”, afirma o médico Marcos Barreto.

Até o mês de maio deste ano, o Centro de Tratamento de Queimados do HR registrou 27 casos de queimaduras por brasa, fogos de artifício.
Cuidados importantes:
» Não passar nenhum produto caseiro no local como sal, açúcar, pó de café, pasta de dente, ovo, manteiga, óleo de cozinha, gelo ou qualuqer outro ingrediente;
» Não mexer ou colocar a mão na queimadura;
» Não furar bolhas ou arrancar a pele;
» Não cobrir a queimadura com algodão.
» Não remover roupas que estejam coladas à queimadura;
» As queimaduras devem ser tratadas imediatamente a fim de aliviar a dor e evitar infecção;
» Colocar a área queimada debaixo de água fria corrente ou mergulhá-la em água fria durante pelo menos 10 minutos para esfriar a pele;
» Se a pessoa perder a consciência, vire-a colocando-a na posição lateral;
» Assim que prestar os primeiros-socorros, deve-se levar a vítima ao hospital.
Como evitar queimaduras
» Não apontar fogos de artifício para dentro de janelas ou para ambientes movimentados;
» Não utilizar fogos em lugares fechados como apartamentos ou elevadores;
» As crianças somente devem utilizar fogos acompanhadas de adultos. Dê preferência aos que não precisam ser acesos, a exemplo do traque de massa;
» Não se deve acender fogo com álcool;
» Não deixe as crianças próximas às fogueiras, principalmente quando estiver iniciando o fogo.
Para onde levar uma vítima de queimaduras no Recife
» Hospital da Restauração (Unidade de Queimados)
Avenida Agamenom Magalhães, s/n, Derby
Tel.: 3421.5444
» Hospital São Marcos
Avenida Portugal, nº 52, Boa Vista
Tel.: 3217.4444 / Emergência - 3217.4657
» Clínica de Queimados
Avenida Agamenom Magalhães, nº 141, Derby
Tel.: 3423.2644 / 3423.0703
Bombeiros - 193
Do NE10

Teste do pezinho: direito que nasce com o neném

O que é, o que é: um furinho no pé que tem um valor imenso? Fácil adivinhar: é o teste do pezinho, cujo dia nacional é lembrado hoje (6/6).
A data, instituída pelo governo federal, serve para disseminar a importância deste exame, feito a partir de gotinhas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Neste ano, são completados 10 anos do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), criado pelo Ministério da Saúde.
O teste do pezinho, também chamado de triagem neonatal, deve ser feito entre o segundo e o sétimo dia de vida do neném. As gestantes devem ser orientadas sobre a importância do teste do pezinho e procurar um posto de coleta ou um laboratório indicado pelo pediatra dentro do prazo.
Como o pé é uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido através de uma única punção, rápida e quase indolor para o recém-nascido. Atualmente, o teste do pezinho básico detecta quatro patologias: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme (e outras hemoglobinopatias) e fibrose cística.
Vale informar que os laboratórios privados realizam testes para outras doenças e, dessa maneira, cabe ao pediatra selecionar (ou não) uma versão ampliada do teste, que permite identificar várias outras enfermidades antes que os sintomas se manifestem. Trata-se, no entanto, de um recurso que não está disponível na rede pública de saúde.
Se as doenças forem detectadas pelo exame e tratadas precocemente, a criança tem chances de evitar o desenvolvimento de deficiência intelectual e de outros problemas que interferem negativamente na qualidade de vida.
A triagem neonatal básica é um direito de todos os bebês nascidos em território nacional, assegurado por lei federal. Como frisamos no começo deste post, em 2001, o Ministério da Saúde criou o PNTN, com o objetivo de atender a todos os recém-nascidos no Brasil.
O que os pais precisam saber:
1) Se for apresentado um diagnóstico positivo para alguma doença, através do teste do pezinho, o bebê precisa se submeter a outros exames confirmatórios
2) A maioria das doenças triadas no teste do pezinho não apresentam sintomas logo após o nascimento e, por isso, todos os bebês devem fazer o exame na primeira semana de vida
3) Se for confirmada alguma doença, os pais podem receber orientação sobre o tratamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, que contam com uma equipe especializada, ou podem buscar apoio com especialistas
4) No caso do hipotireoidismo congênito, o tratamento se baseia na reposição do hormônio tireoidiano T4 (L-tiroxina), cujas doses devem ser personalizadas, já que cada criança tem necessidades individuais. O ajuste de dose deve ser supervisionado por um endocrinologista
5) A fenilcetonúria requer uma dieta especial, com restrição de proteínas em geral. Em alguns casos, a mãe será orientada a suspender o aleitamento e substituí-lo por um leite especial com baixos níveis de fenilalanina
6) As demais doenças triadas requerem orientações específicas que podem ser obtidas com o pediatra, nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal ou através do laboratório que realiza o exame
7) É fundamental que a família saiba que o tratamento de qualquer enfermidade só deve ser interrompido sob orientação médica
APAE DE SÃO PAULO - Organização da sociedade civil sem fins lucrativos, referência na prevenção e na melhor qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual, a Apae de São Paulo trouxe, em 1976, o teste do pezinho para o Brasil e lutou posteriormente por sua obrigatoriedade em território nacional.
O laboratório da organização é responsável por 50% dos testes realizados no Estado de São Paulo. Em 2010, mais de 325 mil bebês foram triados, sendo as hemoglobinopatias os casos mais diagnosticados, seguido pelo hipotiroidismo congênito.
Além do exame básico do teste do pezinho, o laboratório oferece outros dois tipos (ambos pagos), capazes de identificar mais doenças além do exame básico.

Babás de luxo chegam a ganhar R$ 4 mil por mês

Ninguém segura essas babás. Em nome da confiança, elas exigem o céu para cuidar das crianças pequenas dentro de casa, enquanto os pais trabalham fora. Segundo as agências especializadas, o salário da categoria chega às alturas, podendo variar de R$ 900 a até mais de R$ 4 mil. As exigências não param por aí. Elas raramente dormem no serviço, barganham trabalhar no sábado e outras tiram a tarde de folga para ir ao salão de beleza, fazer ginástica e frequentar o shopping center. Mais conhecida como Rose, a babá Rosimeire Lopes Nogueira, de 41 anos, ganha R$ 2,2 mil para trabalhar de terça-feira a sexta-feira em um luxuoso condomínio fechado em Nova Lima, nos arredores de Belo Horizonte. “Ser babá sempre foi o sonho da minha vida”, confessa ela, dona de um Citroen Xsara Picasso 2009, carro melhor que o da maioria das patroas de classe média.

“Tenho direito a ter o meu conforto, pois tenho o meu salário e o do meu marido”, lembra a superbabá. Na compra do Xsara, Rose deu de entrada o Fiat Uno e paga sozinha as prestações de R$ 499 mensais. Entre suas atribuições, olha Valentina, de 5 anos, e Manuela, de 3. Quando nasceu Isabela, hoje com 1 ano e três meses, a mãe contratou outra babá para ajudar, fora a folguista de fim de semana. “É uma verdadeira empresa”, explica a advogada Juliana Junqueira, sócia do escritório Sacha Calmon e Misabel Derzi Associados. Ela calcula ter um gasto de cerca de R$ 5 mil apenas com o pagamento das babás. “Pago o preço de mercado, pois se trata da coisa mais preciosa da minha vida”, completa.

Segundo as agências especializadas, a remuneração da categoria pode atingir, porém, o teto de sete salários mínimos (R$ 3.815), fora a passagem, caso das enfermeiras com turno de 24 horas. O valor supera os R$ 3.031 recebidos em média pelas pessoas com curso superior completo na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segundo o último dado anual da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), de 2010, da Fundação João Pinheiro e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“Trata-se de algo que já ocorreu nos países desenvolvidos e que começa a acontecer aqui no Brasil. A babá começa a virar artigo de luxo voltado só para o segmento mais abastado da sociedade”, compara o pesquisador Mário Rodarte, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e consultor do Dieese. Segundo ele, a profissão foi valorizada pela falta de mão de obra no mercado, já que as profissionais foram atraídas para outras atividades similares do setor de serviços, como arrumadeiras nos hotéis ou cozinheiras em restaurantes. “Além disso, as babás envelheceram e acabou o costume de trazer uma menina nova do interior para treinar como babá, o que ficou caracterizado como trabalho infantil. Isso representa um avanço”, explica.

Com diploma de auxiliar de enfermagem ou de socorrista, a chamada enfermeira geralmente presta assistência dia e noite às mamães de primeira viagem que acabaram de ter seus nenens. Como já trabalhou em hospitais e até em maternidades, ela inspira total confiança aos pais e ajuda bastante nos três primeiros meses de vida da criança, especialmente nos episódios de cólica e nas noites insones dos bebezinhos. Mas nem sempre os patrões conseguem se desligar logo do atendimento VIP prestado pelas superbabás. “A Marinês veio para ficar três meses e está aqui até hoje, oito anos depois. A Bruna já é uma criança independente, não precisa mais de babá, mas ela se tornou a governanta da casa, nosso braço direito”, argumenta a engenheira Norma Lúcia Morton de Freitas, de 50 anos, proprietária de empresa no segmento de peças para carretas.

Aos 8 anos, Bruna chama carinhosamente a babá de vovó. Somente no ano passado, Marinês Novaes, de 64 anos, deixou de dormir no mesmo quarto que a criança, a quem se dedica em tempo integral. Leva e busca na aula, no inglês, na natação. Organiza as festas de aniversário da menina, almoços-surpresa para a mãe e, na semana passada, deu um pulo no centro para comprar o vestido novo de festa junina da Bruna. Em contrapartida, a babá faz hidroginástica e fisioterapia duas vezes por semana, trabalha de segunda-feira às 9h de sábado e ganha em torno de R$ 3,8 mil mensais. “Cerca de 90% das babás trabalham por dinheiro e não por amor. Eu não. Eu me entrego por inteiro e assessoro toda a família”, diz Marinês, que fez curso de enfermagem pela Cruz Vermelha, com duração de três anos.

Patroas fazem concessões

As vantagens obtidas nas negociações com as patroas são ilimitadas. Maria da Consolação de Sousa, de 57 anos, mais conhecida como Didi, fez um acordo para abrir mão de um salário acima de R$ 4 mil e retornar ao antigo emprego, onde as crianças estavam sentindo a sua falta. Para voltar à função, negociou trabalhar somente meio período, de segunda-feira a sábado, com salário reduzido a três mínimos e meio. Além disso, tem permissão para sair para dançar e fazer hidroginástica. “Não queria mais me doar 24 horas. Fiz uma opção por melhor qualidade de vida. O acordo foi bom para as duas partes”, diz. “Dei sorte com a Didi”, acredita a empresária Carol Borges, de 31 anos, que enfrentou 10 meses sem a babá de Manuela, de 6, e Ana Luiza, de 3.

Didi reconhece estar “deslumbrada” com a condição alcançada na condição de babá. Nas tardes livres, faz questão de frequentar o shopping do São Bento e salão que atende madames do bairro. “Eu me considero uma superbabá. Tenho um status que nenhuma profissão poderia me proporcionar”, conclui.

Do Estado de Minas