quinta-feira, 9 de junho de 2011

UFPE mantém nota do Enem como a primeira fase do vestibular 2012

Também foram mantidos o acesso unificado aos cursos de engenhariao e o incentivo de inclusão social para determinados candidatos

Da Redação do pe360graus.com
A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) continuará a compor o argumento classificatório do vestibular 2012 da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As notas do exame serão utilizadas como a primeira fase do processo seletivo e a redação do Enem como parte da nota da segunda etapa. A decisão foi aprovada pelo Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão (CCEPE).

Ainda não foram definidos o total de vagas a serem oferecidas no próximo ano e o período de inscrição. Mas sabe-se que a UFPE vai oferecer vagas em 92 cursos de graduação, sendo 78 cursos no campus Recife, nove no Centro Acadêmico do Agreste (Caruaru) e cinco no Centro Acadêmico de Vitória. A novidade é o curso de bacharelado em Educação Física, a ser oferecido no Recife.

Na primeira fase, valerão as notas do Enem 2011. Os interessados no curso de Música farão prova de Solfejo, também computada na primeira fase. A segunda fase será realizada em dois dias com provas específicas com pesos diferenciados. Os cursos são distribuídos em nove grupos. A composição da prova de Português 1, para todos, será a redação do Enem 2011, com valor de oito pontos, e duas questões discursivas, com valor de um ponto cada, totalizando dez pontos. As demais provas conterão 16 questões objetivas de proposição múltipla, questões de múltiplas escolhas e/ou questões de respostas numéricas, com exceção da prova de geometria gráfica (para o Grupo VII), que poderá conter questões de resolução gráfica.

Foi mantida a realização de terceira etapa para os candidatos aos cursos do Grupo IX (Estatística, Matemática/Bacharelado e Química/Bacharelado, todos no Recife). Nesse caso, os candidatos aprovados e classificados farão duas disciplinas específicas durante o primeiro semestre letivo de 2012, sendo avaliados no decorrer e ao final do semestre, com a aprovação garantindo a vaga na universidade.

A UFPE manteve também o acesso de forma unificada aos cursos de engenharia de Alimentos, Civil, Eletrônica, Elétrica, de Energia, de Materiais, Mecânica, de Minas, Naval, de Produção e Química, conhecidos como o conjunto das Engenharias CTG, no Campus Recife. Nesse caso, o candidato aprovado e classificado fará a escolha definitiva por um dos cursos/turnos ao final do primeiro ano de seu vínculo com a UFPE. Apenas o total das vagas do conjunto das Engenharias CTG foi definido, sendo 385 no primeiro semestre e 290 no segundo.

INCENTIVOTambém será mantido o incentivo de inclusão social (bônus de 10%) na nota final para candidatos que concluíram os três anos do ensino médio integral e exclusivamente e em regime regular em escola pública estadual ou municipal de todos os estados da federação e do distrito federal ou por meio do exame supletivo.

Os candidatos que escolherem cursos oferecidos em Vitória e em Caruaru e que concluíram os três anos do ensino médio integral e exclusivamente e em regime regular em escola privada ou em uma combinação de escola público-privada do interior do Estado de Pernambuco (fora do Recife e Região Metropolitana) também poderão solicitar o incentivo que, neste caso, corresponde a um acréscimo de 5% na nota final.

Os candidatos que solicitarem qualquer tipo bônus (10 ou 5%), o que deve ser feito no ato da inscrição, deverão comprovar a forma de conclusão do ensino médio por meio do histórico escolar e do certificado de conclusão do ensino médio, além do número de edentificação social (NIS) no caso daqueles que concluíram o ensino médio por meio do exame supletivo, antes da publicação do resultado final do vestibular 2012, a ser definida pela instituição organizadora do processo seletivo.

Quem solicitar o incentivo de inclusão social deverá comprovar a sua condição por meio da apresentação dos documentos mencionados acima na ocasião apropriada, sob pena de ter sua nota final recalculada sem o valor do bônus.

Governo detalha plano para oferecer 75 mil bolsas de estudo no exterior

Capes vai oferecer 40 mil bolsas com US$ 936 milhões de investimento; CNPq ficará responsável pelas outras 35 mil bolsas

Da Redação do G1
Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, se reuniram nesta terça-feira (7) em Brasília com reitores de universidade e de institutos federais de educação, ciência e tecnologia, para discutir as estratégias do plano para criar 75 mil bolsas para brasileiros estudarem no exterior até 2014.

A oferta de bolsas do programa de internacionalização vai envolver a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Capes será responsável por ofertar 40 mil bolsas, com estimativa de investimento de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos (US$ 234 milhões por ano). O plano de ação da Capes prevê em 338% o crescimento no número de bolsas no exterior em relação a 2010. O CNPq, por sua vez, será responsável pelas outras 35 mil bolsas.

Entre as modalidades das bolsas da Capes, estão a graduação-sanduíche (quando o aluno passa um período no exterior durante sua formação no Brasil), doutorado-sanduíche (com parte dos estudos fora do país), dourado pleno e pós-doutorado.

“Não se trata de um rompante em que levaremos muitos estudantes ao exterior, mas de um grande projeto, que será institucionalizado pelo governo federal”, explicou Haddad. Mercadante, por sua vez, destacou que o CNPq vai ampliar muito a sua oferta atual, que é de 5,3 mil bolsas por ano.

A intenção do governo é dar prioridade para áreas do conhecimento que consideram prioritárias para o desenvolvimento do país, como engenharia e tecnologia. “São áreas em que o mercado de trabalho está aquecido e há déficit de pessoal”, observou Mercadante. “Para cada 50 formandos no país, temos apenas um engenheiro.”

Estudantes de cursos técnicos de nível médio e os de educação profissional também receberão bolsas. Segundo o MEC, serão 6 mil para cursos superiores de tecnologia, 3 mil para licenciatura em matemática, física, química e biologia, 3 mil para bacharelado tecnológico e 3 mil para estudantes de nível médio.

O governo negocia com instituições de ensino de vários países para promoverem intercâmbio de estudantes brasileiros. Segundo o MEC, só nos Estados Unidos, das 97 universidades contatadas, 95% manifestaram interesse em receber estudantes brasileiros. Elas oferecem alojamento gratuito, estágios de pesquisa e treinamento prévio em língua inglesa. França, Alemanha, Espanha, Portugal e Japão também costumam receber estudantes brasileiros.