
A enguia, descoberta no ano passado a 35 metros de profundidade por um pescador submarino, é pequena (até 9 cm), de coloração castanha e apresenta poucas características anatômicas comuns às enguias atuais, reunidas em 819 espécies de 19 famílias.
A nova enguia apresenta várias semelhanças com as enguias primitivas - como a cabeça grande e o corpo curto - que viveram na era mesozoica, quando os dinossauros reinavam na Terra. A descoberta foi considerada tão excepcional que a enguia está classificada como uma espécie a parte, Protoanguilla palau, e como única representante de uma nova família: Protoanguillidae.
Outros espécimes da Protoanguilla palau, com entre 6 e 9 cm, foram capturados em março de 2010 por uma equipe dirigida por Masaki Miya, do Instituto e Museu de História Natural de Chiba, no Japão. A análise de DNA permitiu identificar que lugar estes peixes ocupam na história genética das enguias.
O termo "fóssil vivo", empregado por Charles Darwin em seu livro "A origem das espécies", é utilizado para descrever espécies que sobreviveram milhões de anos aproveitando nichos ecológicos estáveis que não exigiram evolução. O estudo foi publicado na revista científica britânica "Proceedings of the Royal Society B".
Da Agência France Presse.