Além de eliminar a Filariose, Doença de Chagas e Tracoma, Governo do Estado espera ainda controlar outras quatro doenças com o Sanar
Da Redação do pe360graus.com
Filariose, Doença de Chagas e Tracoma. Essas doenças são as que mais atingem moradores de áreas pobres de Pernambuco. Acabar com elas é uma tentativa de um programa de saúde que vai ser lançado nesta sexta-feira (06). Todas essas doenças, consideradas negligenciadas, são transmissíveis, algumas vezes crônicas e resistem ao longo dos anos porque falta qualidade de vida aos pacientes.
A médica Vera Magalhães é professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ensina aos alunos que doenças negligenciadas são aquelas que só são diagnosticadas em pacientes pobres e de países pobres. “A cura existe, o controle existe e a prevenção existe, mas a prevenção passa por políticas públicas, no sentido de melhorar o saneamento básico e fornecer água adequada à população”, afirma.
Além dessas três, outras quatro (Hanseníase, Esquistossomose, Helmintíase e Tuberculose) também estão na mira da Secretaria de Saúde, que lança nesta sexta-feira o programa Sanar. Ele vai ser implantado em 108 municípios com mais casos registrados das doenças.
O Tracoma atinge os olhos. No último levantamento, em 2006, a doença foi identificada em 42 municípios. A Doença de Chagas provoca complicações cardíacas. Há dois anos, foram registrados 18 casos em Pernambuco.
O paciente de Hanseníase apresenta manchas no corpo. No ano passado, a Secretaria de Saúde contou mais de 2,7 mil casos no Estado. A Filariose é mais comum na Região Metropoltiana do Recife. Em 2009, foram confirmados 69 casos.
A Esquistossomose fez mais de oito mil vítimas em Pernambuco no ano passado, e 186 delas morreram. A Helmintíase, provocada por parasitas no intestino, foi identificada em mais de doze mil pessoas no ano passado. Quanto à Tuberculose, o Estado tem uma média de quatro mil novos casos a cada ano e 200 mortes.
Com esse programa, o Governo do Estado quer acabar com três doenças em Pernambuco até 2014: Filariose, Doença de Chagas e Tracoma. Quanto às outras, o objetivo é que fiquem, pelo menos, sob controle. Para isso, o investimento é de R$ 5,6 milhões.
“Nós vamos treinar todas as equipes do Programa de Saúde da Família para a identificação dos casos. Além disso, nós vamos contratar profissionais para as 11 regionais de saúde. Uma vez identificado o caso, eles vão acompanhar mensalmente esses pacientes até na residência para saber se está sendo feito ou não o tratamento”, afirma o secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Carlos Figueira
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