terça-feira, 24 de julho de 2012
Complexo de Édipo
O que é o tal complexo de Édipo, e por que ele é universal? Foi um lance genial de Freud chamá-lo de Édipo, pois tudo está contido em sua história. Vamos lembrar a peça de Sófocles, que conta o mito: nasce um príncipe. Seu pai vai à astróloga da época (o Oráculo de Delfos) para saber do futuro da criança. Ela lhe prediz que, uma vez crescido, o pequeno vai matar o pai e se casar com a mãe.
Horrorizado, o rei o entrega a um escravo para que ele dê um fim no bebê. Penalizado, o escravo o larga com os pés amarrados (Édipo significa "de pés inchados") num canto da mata e volta dizendo "dever cumprido".
O pequeno é achado pelo servo do rei vizinho, que, sem filhos, adota-o como príncipe (mas não conta nada). Crescido, Édipo tem a péssima ideia de consultar a mesma astróloga sobre seu futuro. O que ouve? Que vai matar o pai e se casar com a mãe. Apavorado com a possibilidade, o príncipe foge. Logo para Tebas (seu reino de origem), ó desastre. Daí para frente é só desgraça: mata o pai, casa-se com a mãe (biológicos) e quando uma peste se abate sobre Tebas, descobre a trama toda, e conclui que a culpa é dele, pobre idiota...
Você reparou que a criança foi sacaneada do começo ao fim? Que sua vida esteve sempre atrelada à dos pais? O complexo é, pois, fruto de uma invasão bárbara daqueles que teriam como função prepará-lo para ter vida própria, e não viver a dos pais.
Acontece também que temos como característica genética o apego à forma jovem, curiosa, inventiva, sempre animada em aprender, e é bom que permaneça assim pela vida afora, desde que se desenvolva autonomia.
Para isto precisamos de pais que cuidem de nossas necessidades (declinantes) e estimulem nossas capacidades (ascendentes) para que alcemos voo na vida. Mas isso é raro.
Francisco Daudt
Exame médico revela escândalo
Anualmente um teste revela uma falha gritante no ensino superior no
Brasil: a imensa maioria dos alunos de direito não passam nas provas da
OAB e, assim, não obtêm seu diploma.
Se a população já fica escandalizada com o despreparo desses estudantes, imagine, então, a reação num teste obrigatório aplicado aos formandos das escolas de medicina --afinal, vidas estão nas mãos deles.
O Conselho Regional de Medicina anuncia nesta semana, segundo jornal "O Estado de S.Paulo", que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo vai exigir que, para tirar seu certificado, o estudante terá de fazer uma prova.
A julgar pelo teste voluntário realizado em anos passados, se verá que muitos alunos simplesmente não teriam condições de tratar de pessoas sem colocá-las em risco.
Mas o teste, por uma questão legal, não é eliminatório. O estudante pode tirar zero e mesmo assim ganhar seu registro. Ou seja, a população continua indefesa, exceto se, na hora da consulta, exigir ver o certificado. E não apenas o diploma.
Se a população já fica escandalizada com o despreparo desses estudantes, imagine, então, a reação num teste obrigatório aplicado aos formandos das escolas de medicina --afinal, vidas estão nas mãos deles.
O Conselho Regional de Medicina anuncia nesta semana, segundo jornal "O Estado de S.Paulo", que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo vai exigir que, para tirar seu certificado, o estudante terá de fazer uma prova.
A julgar pelo teste voluntário realizado em anos passados, se verá que muitos alunos simplesmente não teriam condições de tratar de pessoas sem colocá-las em risco.
Mas o teste, por uma questão legal, não é eliminatório. O estudante pode tirar zero e mesmo assim ganhar seu registro. Ou seja, a população continua indefesa, exceto se, na hora da consulta, exigir ver o certificado. E não apenas o diploma.
Unicamp vai exigir vídeo de candidatos ao curso de música
A partir do próximo vestibular, candidatos aos cursos de música da Unicamp deverão fazer um vídeo para mostrar sua aptidão vocal ou com o instrumento escolhido.
A prova de habilidade específica, composta por duas avaliações presenciais, ainda faz parte do processo seletivo.
O exame de habilidade instrumental, como é chamada essa nova etapa, não é eliminatório. Porém, quem não enviar a gravação ou não cumprir os requisitos deixará de somar pontos à nota da primeira fase -as duas avaliações valem 96 pontos cada uma.
Segundo Maurício Kleinke, coordenador executivo da Comvest, comissão responsável pelo vestibular, a intenção é ter uma avaliação mais equilibrada entre a formação técnica e os conhecimentos gerais.
ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO
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