terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Dilma diz que 'falta pouco' para Brasil erradicar a miséria


Governo elevou renda do Bolsa Família para chegar a R$ 70 per capita.
Ela afirmou que Estado deve buscar quem ainda não recebe benefício social.


A presidente Dilma Rousseff disse, durante discurso nesta terça-feira (19), que "falta pouco" para o Brasil erradicar a miséria. Ao anunciar a ampliação do programa Bolsa Família para quem vive com menos de R$ 70 por mês, Dilma citou que se trata de um dos momentos mais importantes de sua gestão.
"Não estamos dizendo que não existem mais brasileiros extremamente pobres ou destituídos da condição de vida digna. Infelizmente, ainda existe. Nós sabemos disso. É necessário inclui-los para que recebam o beneficio que têm direito. Por isso falamos em busca ativa. É necessário encontrá-los. O estado deve ir atrás. Não deve esperar que esse brasileiro bata a nossa porta. O que estamos garantindo aqui hoje é que o mais difícil já foi feito. Falta pouco para que não haja mais brasileiros mergulhados na miséria", disse a presidente.
Dilma afirmou que a ampliação do Brasil Sem Miséria tem “força simbólica”. “Nesta sala eu já assinei vários atos. Já tive a honra e a alegria de participar de vários e importantes lançamentos, atividades para o país e para diferentes setores sociais. Mas tenho certeza que nenhum deles tem a força simbólica e o efeito imediato deste ato que hoje assino. Com ele, o Brasil vira uma página decisiva na nossa longa história de exclusão social”, destacou.
Ela complementou que os 2,5 milhões que receberão complemento de renda são “os últimos brasileiros extremamente pobres inscritos no cadastro do Bolsa Família a transpor a extrema miséria”.
No discurso, a presidente citou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que foi a primeira gestão federal a “trazer a questão social para o centro do debate nacional”.
Ela citou que, após erradicar a miséria, o Brasil precisa alcançar outras metas, como emprego de qualidade.
“Estamos virando uma página decisiva na nossa longa história de exclusão social que tem a marca perversa da escravidão. Outras páginas precisam ser viradas. Como acesso a emprego de qualidade, por isso, os cursos de capacitação. [...] O governo federal tem feito sua parte. Cabe aqui agradecer a parceria de todos os estados e dos municípios nessa empreitada histórica.”
A presidente pediu que os municípios continuem buscando pessoas que ainda estão abaixo da linha da pobreza. “Quero propor um grande campeonato pela justiça e pela igualdade em nosso pais. Vamos todos juntos desvelar e varrer por completo a pobreza extrema invisível de nosso território. Vamos preencher as lacunas do nosso cadastro único.”
Durante discurso, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, disse que o governo não descuidará da busca de mais famílias que vivam em situação de miséria. “Estamos trabalhando muito para isso. Procurar todos os brasileiros que devem fazer parte do Cadastro Único. Já localizamos mais de 800 mil famílias e juntos com os prefeitos eleitos temos ambição de localizar mais 700 mil. Não descuidaremos do nosso cadastro. Temos orgulho de ter um dos cadastros mais focalizados do mundo. É só um começo.”
Priscilla Mendes

Veja como seria o céu das grandes cidades sem poluição luminosa

Se pudéssemos apagar todas as luzes de uma cidade, teríamos um verdadeiro espetáculo natural no céu noturno.


Quem vive em cidades grandes e passa uma noite na praia ou no campo já deve ter percebido como é diferente a visão do céu. Por causa da poluição luminosa causada pela iluminação pública e privada, quase não se vê estrelas nos grandes centros urbanos. Essa é uma característica que vai além do deslumbre visual e que chega, inclusive, a afetar a vida dos animais noturnos que habitam essas regiões. Por isso, há até mesmo projetos que tentam minimizar essa poluição em algumas cidades e, se um dia eles forem implementados, pode ser que voltemos a ter um céu estrelado como o da área rural.

Tokyo sem eletricidade 

Para ter uma ideia do que estamos perdendo, você pode conferir as fotografias do artista Thierry Cohen, que usa a composição de imagens na expectativa de tentar recriar a visão que teríamos do céu, caso abolíssemos a iluminação artificial.

São Paulo também foi registrada pelas lentes de Cohen


E não pense que a montagem é feita ao acaso, pois Cohen é bastante criterioso ao capturar as fotografias que formam a imagem final. Primeiramente, o artista fotografa a área urbana, anotando precisamente o ângulo, horário e coordenadas usadas naquele momento. Depois, ele realiza os cálculos necessários e se beneficia da rotação da Terra para encontrar em desertos, planícies e outras áreas remotas o mesmo céu que não estava visível no momento da primeira fotografia. Assim, Cohen pode capturar o céu estrelado exato que faltava nas grandes cidades.

Que tal essa vista da ponte do Brooklyn, em Nova York? Fonte da imagem: Reprodução/Thierry Cohen

Por isso, as imagens finais criadas pelo artista são muito mais do que uma montagem, mas uma recriação fiel de como seria o céu naquele momento.

Dia do esportista