terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pai agride filho de 3 anos com chicote usado em cavalos, diz polícia em MS

Menino ficou com hematomas após
levar chicotadas do pai

Um homem de 34 anos é suspeito de agredir o filho de 3 anos em Alcinópolis, cidade a 387 quilômetros de Campo Grande, usando um chicote de couro, que segundo a Polícia Civil tem aproximadamente um metro. A família mora em uma fazenda a 40 quilômetros do município, onde o pai trabalha como caseiro.

O delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, responsável pelo caso, disse que foi ao local acompanhado pelo Conselho Tutelar no último dia 28 de outubro, depois de receber uma denúncia anônima. Segundo ele, o menino não é filho biológico do suspeito, mas foi registrado por ele. “Chegando lá já vimos um hematoma na perna direita, como se tivesse apanhado com um laço. A mãe acabou dizendo que ele tinha sido agredido antes dos policiais chegarem”, relata.

A equipe de policiais civis esperou o suspeito, que estava trabalhando no campo, chegar em casa para levá-lo a delegacia. Segundo Cavalheiro, ele confessou ter agredido o filho após uma travessura. “Ele disse que bateu com um relho, um tipo de chicote para bater no cavalo feito de couro de anta. Não sei se usava sempre, mas segundo as denúncias, as agressões eram constantes”, afirmou o delegado.

O menino, segundo Cavalheiro, também apanhava da mãe, que disse, em depoimento, considerar a atitude adequada para a educação do filho. “A mãe disse que cresceu com esse tipo de educação. Os pais batiam nela quando criança com varinha de árvore. Ela acha esse tipo de educação normal”, relata.

De acordo com o delegado, o suspeito já tinha passagens na polícia por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi indiciado e vai responder por maus tratos em liberdade.

O produtor rural Adaías Filho, dono da fazenda onde ocorriam as agressões disse  que o funcionário foi demitido no mesmo dia em que a polícia esteve no local. Ele afirma que o suspeito trabalhava há dez dias no local. "Uma pessoa que agride um menino de 3 anos é capaz de qualquer coisa", .


Organismos da ONU elaboram novo plano de medidas para proteger oceanos



Vários organismos da ONU apresentaram nesta terça-feira um plano para melhorar a gestão dos recursos oceânicos e das áreas litorâneas, uma vez que 60% dos principais ecossistemas marítimos estão deteriorados ou sendo utilizados de maneira incompatível com sua conservação.

O plano, apresentado na sede da Unesco durante a realização de sua 36º Conferência Geral, deverá ser analisado durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio+20), que será realizada em junho de 2012.

As quatro organizações que se responsabilizaram pelo conteúdo deste plano foram a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da Unesco; o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud); a Organização Marítima Internacional (OMI); e a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Com este novo plano, será possível adotar medidas concretas para, entre outros pontos, criar um mercado mundial do "carbono azul", o dióxido de carbono armazenado nos oceanos, como meio de obter benefícios econômicos diretos mediante a proteção do habitat, segundo a Unesco.

O relatório também reforça a disposição da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar para solucionar as lacunas na governança relativa ao alto-mar, reformando e reforçando as organizações regionais de gestão dos recursos oceânicos.

Os autores lembram que, embora os oceanos cubram 70% do planeta, somente 1% de sua superfície está protegida, e lamentam que nos últimos 50 anos a extensão dos recifes de coral tenha diminuído em 20%. O fato é uma ação direta da vulnerabilidade nas zonas litorâneas densamente povoadas.

Dessa forma, os responsáveis pelo plano convidam as autoridades a reforçarem suas capacidades institucionais para a observação científica dos oceanos e das áreas litorâneas, buscando promover a pesca e a exploração responsável, além de apoiar a economia verde nos países menores.

Além disso, o plano busca fomentar a pesquisa sobre a "acidificação" dos oceanos, já que constataram que esse fator é uma "ameaça real para algumas variedades de plâncton, uma ameaça para a cadeia alimentícia marinha e para as atividades socioeconômicas que dependem dela".

As quatro organizações envolvidas também querem fortalecer os marcos jurídicos para tratar o problema de extinção das espécies aquáticas, além de reforçar a eficácia do sistema das Nações Unidas em suas atividades relacionadas com os oceanos para "fortalecer a economia de nutrientes e contornar o baixo teor de oxigênio dos oceanos".

Embora alguns dos alertas mencionados não sejam novidades, o plano mostra que a situação está se agravando com o acumulo de outros fatores que também exercem pressão sobre o meio ambiente, como a mudança climática, a intensificação das atividades humanas e os avanços tecnológicos.

Com essa chamada, as organizações insistem que, embora a comunidade internacional "tenha concordo em tratar esses problemas com a criação das cúpulas do Rio de Janeiro (1992) e Johanesburgo (2002), os compromissos firmados nesses encontros "seguem sem serem cumpridos, e os objetivos sem serem.