Universidade diz que prática é resultado de atividades de grupos particulares
Nos últimos meses, alguns exemplares de espécies de tubarão em risco de extinção foram capturados no Estado. A prática ilegal gerou polêmica nas redes sociais e muitos usuários ligaram a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) às capturas. Em meio à polêmica, a Universidade divulgou nota, nesta quarta-feira (20), esclarecendo a situação. A instituição de ensino diz que não tem envolvimento nesses atos, que teriam sido praticados por grupos particulares.
"A UFRPE não pactua com as práticas de pesca divulgadas por tais grupos informais, as quais descaracterizam a atividade definida na Lei 11.959 de 2009, Art. 8º que permite apenas a pesca para fins comerciais, de subsistência, amador ou científico". A Universidade explica que o Cemit é o órgão responsável pelos incidentes com tubarões e realiza constantes atividades de monitoramento. Apesar disso, muitos grupos particulares realizam monitoramento com fins próprios.
A Universidade diz que "lamenta fortemente que o 'monitoramento paralelo realizado com incentivo aos pescadores locais', promovido por grupos particulares tenha resultado na captura de exemplares de espécies 'ameaçadas de extinção'.” A instituição afirma contribuir com a conservação da biodiversidade brasileira através de pesquisas que seguem a legislação ambiental. Além disso, lembra que faz parte do comitê do Cemit, onde exerce a presidência.
"A UFRPE não tem por filosofia o estímulo de práticas que não estejam estritamente definidas nos códigos de ética ou conduta e na legislação em vigor. Além disso, informamos que também estamos fundamentados na Lei de Crimes Ambientais nº. 9.605/1998 e nas Instruções Normativas 05/2004 e 52/2005 do Ministério do Meio Ambiente – MMA, que trata das espécies 'ameaçadas com extinção'.”