quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

UFRPE condena captura ilegal de tubarões

Universidade diz que prática é resultado de atividades de grupos particulares


Nos últimos meses, alguns exemplares de espécies de tubarão em risco de extinção foram capturados no Estado. A prática ilegal gerou polêmica nas redes sociais e muitos usuários ligaram a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) às capturas. Em meio à polêmica, a Universidade divulgou nota, nesta quarta-feira (20), esclarecendo a situação. A instituição de ensino diz que não tem envolvimento nesses atos, que teriam sido praticados por grupos particulares.

"A UFRPE não pactua com as práticas de pesca divulgadas por tais grupos informais, as quais descaracterizam a atividade definida na Lei 11.959 de 2009, Art. 8º que permite apenas a pesca para fins comerciais, de subsistência, amador ou científico". A Universidade explica que o Cemit é o órgão responsável pelos incidentes com tubarões e realiza constantes atividades de monitoramento. Apesar disso, muitos grupos particulares realizam monitoramento com fins próprios.

A Universidade diz que "lamenta fortemente que o 'monitoramento paralelo realizado com incentivo aos pescadores locais', promovido por grupos particulares tenha resultado na captura de exemplares de espécies 'ameaçadas de extinção'.” A instituição afirma contribuir com a conservação da biodiversidade brasileira através de pesquisas que seguem a legislação ambiental. Além disso, lembra que faz parte do comitê do Cemit, onde exerce a presidência.

"A UFRPE não tem por filosofia o estímulo de práticas que não estejam estritamente definidas nos códigos de ética ou conduta e na legislação em vigor. Além disso, informamos que também estamos fundamentados na Lei de Crimes Ambientais nº. 9.605/1998 e nas Instruções Normativas 05/2004 e 52/2005 do Ministério do Meio Ambiente – MMA, que trata das espécies 'ameaçadas com extinção'.”

Do JC Online


ONU destaca segurança alimentar durante assembleia geral em Nova York

O papel que a Quinoa pode desempenhar
 para a erradicação da fome e da pobreza e o fomento da nutrição.


 A preocupação com a segurança alimentar no mundo deve dar o tom da sessão  da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre hoje (20) em Nova York. O evento, realizado anualmente, será marcado pelo lançamento do Ano Internacional da Quinoa.
Ao reconhecer o valor nutricional do grão - que, segundo especialistas, reúne todos os aminoácidos essenciais para a alimentação adequada de uma pessoa, além de vitaminas, minerais, ácidos graxos e fibras -, as autoridades internacionais pretendem fazer um alerta sobre a importância desse tipo de alimento para o esforço mundial de combate à fome.

A proposta de representantes de países andinos e de de organismos da ONU ligados à questão produtiva e alimentar é mostrar que cereais como a quinoa, tradicionalmente consumidos por populações de várias classes econômicas nesses países, podem ser facilmente incorporados a uma alimentação balanceada em qualquer lugar do mundo. Considerando o custo significativamente reduzido do produto, a inclusão do grão nas refeições pode significar, a partir de medidas simples de governos, a solução de muitos problemas de nutrição que ainda afetam grande parte da população mundial.

No discurso previsto para o início da manhã, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o  diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, o presidente da Bolívia, Evo Morales, e a primeira-dama do Peru, Nadie Heredia, devem destacar o papel que esse grão pode desempenhar para a erradicação da fome e da pobreza e o fomento da nutrição. As autoridades internacionais também devem lembrar que a importância nutricional que o cultivo da quinoa teve para as civilizações pré-colombianas andinas.

Graziano ainda participa, no período da tarde, do encontro do Grupo de Alto Nível sobre Segurança Alimentar e Nutricional. Está prevista a presença do ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, do ministro da Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Pesca do Equador, Javier Ponce Cevallos, da ministra do Desenvolvimento Rural e de Terras da Bolívia, Nemesia Achacollo, e do ministro da Agricultura do Peru, Milton von Hesse La Serna.

Carolina Gonçalves
Edição: Graça Adjuto