O papel que a Quinoa pode desempenhar
para a
erradicação da fome e da pobreza e o fomento da nutrição.
A preocupação com a segurança alimentar no mundo deve dar o tom da sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre hoje (20) em Nova York. O evento, realizado anualmente, será marcado pelo lançamento do Ano Internacional da Quinoa.
Ao reconhecer o valor nutricional do grão - que, segundo especialistas, reúne todos os aminoácidos essenciais para a alimentação adequada de uma pessoa, além de vitaminas, minerais, ácidos graxos e fibras -, as autoridades internacionais pretendem fazer um alerta sobre a importância desse tipo de alimento para o esforço mundial de combate à fome.
A proposta de representantes de países andinos e de de organismos da ONU ligados à questão produtiva e alimentar é mostrar que cereais como a quinoa, tradicionalmente consumidos por populações de várias classes econômicas nesses países, podem ser facilmente incorporados a uma alimentação balanceada em qualquer lugar do mundo. Considerando o custo significativamente reduzido do produto, a inclusão do grão nas refeições pode significar, a partir de medidas simples de governos, a solução de muitos problemas de nutrição que ainda afetam grande parte da população mundial.
No discurso previsto para o início da manhã, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, o presidente da Bolívia, Evo Morales, e a primeira-dama do Peru, Nadie Heredia, devem destacar o papel que esse grão pode desempenhar para a erradicação da fome e da pobreza e o fomento da nutrição. As autoridades internacionais também devem lembrar que a importância nutricional que o cultivo da quinoa teve para as civilizações pré-colombianas andinas.
Graziano ainda participa, no período da tarde, do encontro do Grupo de Alto Nível sobre Segurança Alimentar e Nutricional. Está prevista a presença do ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, do ministro da Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Pesca do Equador, Javier Ponce Cevallos, da ministra do Desenvolvimento Rural e de Terras da Bolívia, Nemesia Achacollo, e do ministro da Agricultura do Peru, Milton von Hesse La Serna.
Carolina Gonçalves
Edição: Graça Adjuto
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