segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Ovelhas enviam SMS caso estejam sendo atacadas
No estudo, colocaram a coleira em dez ovelhas e as ameaçaram com dois cães-lobos amordaçados. O estresse fez com que seus batimentos cardíacos acelerassem muito e o alerta foi enviado. O sistema é mais barato que cães de guarda, mas é voltado apenas para rebanhos pequenos.
Com isto, uma atividade tão antiga como o pastoril de ovelhas ganha um upgrade tecnológico.
Concursos e cursos
Para começar bem a semana a equipe escola virtual 1 preparou uma seleção de lincks voltados a quem procura por cursos e concursos. Esperamos que seja de boa valia.
Ancine abre concurso com 82 vagas e salários de até 4,9 mil
Exército Brasileiro abre 520 vagas para a Escola Preparatória de Cadetes
Marinha oferece 1.620 vagas para o Curso de Formação de Fuzileiros Navais
EsSA do Exército abre 1.350 vagas para curso de formação de Sargentos
TRT da 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins) abrirá concurso com 28 vagas
ANATEL abre 46 vagas para Analista Administrativo e Técnico Administrativo
Em breve mais lincks
O que fazer quando uma criança passa dos limites?
Em uma sala de aula da educação infantil, todos os alunos
dormem. Todos, exceto Pedro, três anos, que fingiu estar dormindo para,
em meio ao sono coletivo, estragar trabalhos dos colegas, molhar seus
sapatos e colocar pais e escola frente a um dilema: o que fazer quando
uma criança passa dos limites? No caso ocorrido em São Paulo (SP), a
alternativa foi a expulsão - desfecho cada vez mais comum para crianças
cada vez mais jovens.
Nem sempre longas conversas entre professora e aluno funcionam. À medida que o panorama piora, torna-se necessário chamar os pais e propor o acompanhamento de um profissional. O problema é que a real gravidade de certas atitudes - como incomodar a vida da professora, por exemplo - dificilmente é compreendida por uma criança em seus primeiros anos de vida. Expulsar da instituição de ensino não serve como medida educativa, dizem especialistas.
"A expulsão não vale nem como punição, nem como medida educativa. Ela só aumenta o problema, porque, quando a criança é expulsa da escola com três, quatro anos, ela é prejudicada em seu processo de socialização", diz o psicopedagogo Eugênio Cunha.
Para o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro, a tarefa de educar deve ser dividida entre escola e família. "As regras existem na sociedade. Se a criança não tem contato com elas, se não é ensinada em casa, não vai agir diferente na escola. Desde cedo, ela deve reconhecer a autoridade dos pais, para então reconhecer a autoridade do professor", afirma.
No caso de Pedro, nome fictício para proteger a identidade do menino citado do início da reportagem, as tentativas de corrigir a postura do aluno com conversas e diálogo com os pais não deram resultado. Para não prejudicar a turma, a família foi convidada a procurar outra instituição de ensino. Apesar de acreditar que a expulsão não é a melhor alternativa para casos semelhantes, a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, que acompanhou o caso, defende a instituição. "A escola não tinha como lidar com essa demanda. É um caso atípico, em que é preciso lidar também com os outros pais, que se perguntam por que o sapato do filho está molhado, por exemplo. Uma decisão dessas é tomada porque a questão saiu do seu controle", diz. Paula reforça que a expulsão é a medida final, à qual se deve recorrer apenas quando as outras tentativas tiverem falhado. "Não deve ser uma surpresa. A escola não deve expulsar na primeira vez. Ela tenta contornar e, quando vê que fica difícil, toma essa medida. Mas, antes disso, os pais é que têm de tomar uma atitude", acrescenta.
Expulsão pode servir em casos de crianças muito agressivas
Cunha discorda enfaticamente da expulsão e afirma que evitar esse desfecho depende de um esforço conjunto. "A educação se sustenta sob um tripé, que é formado pela família, pela estrutura da escola e pela boa formação dos professores. A solução está nesses três pontos. Quando se institui a expulsão, se admite que todos fracassaram na educação daquela criança", diz.
Cartola
Nem sempre longas conversas entre professora e aluno funcionam. À medida que o panorama piora, torna-se necessário chamar os pais e propor o acompanhamento de um profissional. O problema é que a real gravidade de certas atitudes - como incomodar a vida da professora, por exemplo - dificilmente é compreendida por uma criança em seus primeiros anos de vida. Expulsar da instituição de ensino não serve como medida educativa, dizem especialistas.
"A expulsão não vale nem como punição, nem como medida educativa. Ela só aumenta o problema, porque, quando a criança é expulsa da escola com três, quatro anos, ela é prejudicada em seu processo de socialização", diz o psicopedagogo Eugênio Cunha.
Para o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro, a tarefa de educar deve ser dividida entre escola e família. "As regras existem na sociedade. Se a criança não tem contato com elas, se não é ensinada em casa, não vai agir diferente na escola. Desde cedo, ela deve reconhecer a autoridade dos pais, para então reconhecer a autoridade do professor", afirma.
No caso de Pedro, nome fictício para proteger a identidade do menino citado do início da reportagem, as tentativas de corrigir a postura do aluno com conversas e diálogo com os pais não deram resultado. Para não prejudicar a turma, a família foi convidada a procurar outra instituição de ensino. Apesar de acreditar que a expulsão não é a melhor alternativa para casos semelhantes, a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, que acompanhou o caso, defende a instituição. "A escola não tinha como lidar com essa demanda. É um caso atípico, em que é preciso lidar também com os outros pais, que se perguntam por que o sapato do filho está molhado, por exemplo. Uma decisão dessas é tomada porque a questão saiu do seu controle", diz. Paula reforça que a expulsão é a medida final, à qual se deve recorrer apenas quando as outras tentativas tiverem falhado. "Não deve ser uma surpresa. A escola não deve expulsar na primeira vez. Ela tenta contornar e, quando vê que fica difícil, toma essa medida. Mas, antes disso, os pais é que têm de tomar uma atitude", acrescenta.
Expulsão pode servir em casos de crianças muito agressivas
Cunha discorda enfaticamente da expulsão e afirma que evitar esse desfecho depende de um esforço conjunto. "A educação se sustenta sob um tripé, que é formado pela família, pela estrutura da escola e pela boa formação dos professores. A solução está nesses três pontos. Quando se institui a expulsão, se admite que todos fracassaram na educação daquela criança", diz.
Cartola
titulo original:
Expulsão de crianças não é medida educativa, diz especialista
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