quinta-feira, 21 de julho de 2011

Onda de calor se espalha nos Estados Unidos e ao menos 22 morrem

Homem tenta se refrescar ao lado de fonte em Nova York, onde as temperaturas passam dos 30 graus / Timothy Clary/ AFP
Por Barbara Goldberg
NOVA YORK (Reuters) - Uma multidão lotou piscinas, rios e lagos na Costa Leste e no Meio-Oeste dos Estados Unidos nesta quinta-feira para escapar da forte onda de calor que já matou ao menos 22 pessoas nesta semana.
O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA emitiu alertas sobre o calor excessivo para grandes áreas nas regiões central e leste do país, afirmando que a combinação do calor com alta umidade pode elevar a sensação térmica a 46 graus Celsius até sábado.
Na noite de quinta-feira em Nova York, os termômetros atingiram 33 graus Celsius, com a sensação térmica de 44 graus Celsius, de acordo com o site AccuWeather.com.
Com a promessa de uma brisa marítima, os navios que saem de Boston para observar baleias e os barcos turísticos de alta velocidade ficaram com suas capacidades esgotadas durante a manhã.
Centros de resfriamento em Richmond, Virginia e New York City receberam moradores sofrendo com o calor, e um caminhão com a inscrição "Fonte de Água Móvel" atravessou as ruas de Manhattan oferecendo água para manter as pessoas hidratadas.
Até o fim de semana, a onda de calor pode cobrir metade dos Estados Unidos e afetar quase 50 por cento dos 310 milhões de habitantes do país, segundo a meteorologista do AccuWeather.com Mary Yoon.
"O que faz essa onda de calor tão impressionante é o tamanho e a duração", disse Yoon.

Alagamentos deixam mais de 500 famílias desabrigadas no RS

Em rolante, dois rios que cortam a cidade transbordaram e provocaram alagamentos. Foto: Prefeitura de Rolante/Divulgação
Em rolante, dois rios que cortam a cidade transbordaram e provocaram alagamentos
Foto: Prefeitura de Rolante/Divulgação

Pelo menos 500 famílias tiveram que deixar suas residências em Igrejinha (RS), município localizado a 80 km de Porto Alegre, em decorrência das chuvas que atingem o Estado desde quarta-feira. O rio Paranhana, que corta a cidade, transbordou no final da tarde de ontem e no final da manhã desta quinta-feira, estava 3 m acima do nível normal, de acordo com dados da Defesa Civil.
Bombeiros e agentes da Defesa Civil passaram a noite retirando moradores das áreas alagadas no município. Parte das famílias foi para a casa de parentes e outra foi levada para abrigos, onde receberam alimentação, roupas e assistência médica.
Os bairros mais atingidos são Morada Verde, 15 de Novembro, Vila Nova e Garibaldi. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil local, Alessandra Regina de Azambuja, o rio subiu rapidamente e seguiu ganhando volume em função da água que descia da região serrana.
Igrejinha prepara a documentação para decretar situação de emergência. Além das perdas causadas pela cheia, outro problema são os roubos que estão acontecendo nas residências que foram abandonadas. "Isso tem feito muitas famílias voltarem, mesmo que a água ainda não tenha baixado", afirmou a coordenadora da Defesa Civil.
Outra região afetada pelas fortes chuvas é o município de Rolante, a cerca de 90 km da capital gaúcha. O rio Areia e o rio Rolante, que cortam a cidade, chegaram a ficar 4 m acima do normal. Com isso, bairros inteiros o centro do município ficaram alagados. Na manhã de hoje, o principal acesso à cidade também chegou a ser fechado.
Durante a noite, bombeiros fizeram a retiradas de cerca de 30 moradores das áreas mais atingidas. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Rolante, Leandro Gottschlck, o município também estuda declarar situação de emergência em função das perdas.
Os locais mais atingidos até o momento são o bairro Grassmann, alguns pontos do bairro Contestado, as localidades de Rolantinho, Linha Reichert e Linha Petry, além do Centro da cidade, onde as principais avenidas tiveram que ser isoladas, em função do grande volume de água. A rua Heitor Arlindo Berg, conhecida como Estrada Velha, está interditada

Antártida já foi paraíso tropical, diz cientista


Foto: Getty Image
Foto: Getty Image
Especialistas afirmam que se dióxido de carbono continuar sendo emitido em grandes proporções, toda a camada de gelo pode derreter novamente
Uma pesquisadora britânica disse que a Antártida era um paraíso tropical há cerca de 40 milhões de anos. Segundo Jane Francis, do Colégio de Meio Ambiente da Universidade de Leeds, o continente gelado, que hoje apresenta uma camada de 4 quilômetros de gelo, passou a maior parte dos últimos 100 milhões de anos como uma região de clima quente e fauna rica.

"Era assim há cerca de 40 milhões de anos. Durante a maior parte da história geológica da Antártida, a região estava coberta por bosques e desertos, um lugar que tinha um clima quente", disse Francis à BBC Mundo. "Muitos animais, incluindo dinossauros, viviam na região. Foi no passado geológico recente que o clima esfriou."

De acordo com a cientista, clima mais ameno no passado da Antártida provavelmente foi causado por elevados índices de dióxido de carbono na atmosfera. "Se continuarmos emitindo grandes quantidades de dióxido de carbono, esquentando o planeta, poderíamos chegar à mesma situação em que voltariam a aparecer animais e bosques na Antártida."

DERRETIMENTO - Segunfo cientistas, há 50 milhões de anos havia mais de mil partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono na atmosfera, o que esquentou o planeta a ponto de derreter todas as camadas de gelo.

Nos últimos anos, a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera apresentou aumento e passou de 280 ppm registradas na era pré-industrial para 390 ppm no presente, o que aumentou em um grau as temperaturas globais.

Os especialistas disse que, continuando com este ritmo de crescimento, de cerca de 2 ppm por ano, será necessário muito tempo para que se chegue aos mil ppm. Mas, o problema, segundo ele, é que, quando chegarmos aos 500 ppm já começaremos a observar o derretimento de uma grande parte das calotas de gelo.

"A diferença é que, no passado, o aquecimento ocorreu devido a causas naturais como vulcões. E ocorreu em um período muito grande de tempo. Os animais e plantas tiveram tempo de se adaptar", assinalou Jane Francis.

"Mas o problema com a mudança climática atual, que está sendo provocada principalmente por fatores humanos, é que está ocorrendo muito depressa, em comparação a como poderia ocorrer em um período geológico normal. Por isso. não vamos ter muitas oportunidades para nos adaptar", acrescentou ela.

URGÊNCIA - A cientista da Universidade de Leeds destacou que os governos de todo o mundo estão trabalhando para reduzir as emissões de dióxido de carbono, ma os esforços precisam ser maiores.

Para alguns céticos, agora é tarde para evitar o aquecimento global e devemos nos concentrar mais na adaptação para as novas condições climáticas. Jane Francis considera essa postura muito pessimista. Na sua opinião, a humanidade deve se concentrar em fazer mais para evitar o aquecimento global.
Fonte: BBC Brasil

Proteja sua casa dos fungos durante o período de chuva

Mariana Dantas

Do NE10
Basta uma semana de chuva para eles invadirem a casa. Sem pedir licença, se apoderam dos móveis, roupas, sapatos, livros e outros objetos pessoais. Além do mau cheiro e aparência estranha, também podem provocar alergias e doenças respiratórias. Esses visitantes inconvenientes são os fungos, micro-organismos mais conhecidos como mofo ou bolor. 

De acordo com a professora Rejane Pereira, chefe do Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tempo frio e ambiente fechado é uma combinação perfeita para os fungos, que se aproveitam dessas condições para se desenvolverem. "Durante o inverno, por conta das chuvas, as pessoas costumam deixar as janelas fechadas. Além da umidade, a falta de ventilação e luminosidade contribui para a proliferação desse micro-organismos", explica a professora. 

Fotos: Mariana Dantas / NE 10

A professora Rejane Pereira destaca que a prevenção é a melhor arma contra os fungos
Os fungos mais comuns são denominados de aspergillus (cor escura),penicillium e fusarium (cor rosada). De acordo com Rejane Pereira, os fungos podem provocar reações alérgicas como rinite, lacrimejação nos olhos, espirros e erupções na pele. São reações comuns, sem gravidade, mas nada confortáveis.

No entanto, para as pessoas com baixa imunidade ou que já estão com algum tipo de doença respiratória (como tuberculose e câncer de pulmão), os fungos são grandes inimigos. "O contato dessas pessoas com esses micro-organismos podem desenvolver micoses oportunistas. Os consequências mais graves são a perda do órgão, infecções generalizadas e disseminação pela corrente sanguínea podendo atingir, inclusive, áreas do cérebro", explica especialista.


Os fungos mais comuns são os aspergillus, penicillium e fusarium 

Para quem acha que os fungos são "invencivéis" durante o inverno, a professora explica que o problema tem solução, como o uso de vinagre branco ou hipoclorito de sódio (água sanitária) misturados em água. 




Mas vale lebrar que a prevenção é a melhor arma contra o mofo. Em relação aos fungos que proliferam em paredes, uma sugestão é optar pela aplicação de tintas impermeabilizantes antimofo. "Hoje no mercado também existe argamassa antimofo para rejuntar azulejos. Você paga um pouco a mais, mas protege a saúde. Outra questão que a gente não pode esquecer é ter cuidado com os vazamentos e infiltrações", explica a professora.

Confira abaixo algumas dicas para combater os fungos: