segunda-feira, 30 de maio de 2011

Maior lago de água doce da China está desaparecendo por causa da seca


Leito virou planície de barro; não há previsão de chuva nos próximos dias
Reuters
O maior lago chinês, Poyang, está seco; bacia abastece cerca de 400 milhões de pessoas
O lago Poyang, o maior de água doce na China, perdeu quase 90% de seu volume em consequência da seca que castiga a bacia do Yangtze, informou nesta segunda-feira (30) o jornal South China Morning Post.
Grande parte do leito do lago é, atualmente, uma planície de barro, o que coloca em uma crítica situação as pessoas que moram em volta e dependem do Poyang para sobreviver.
A seca afeta uma bacia na qual vivem 400 milhões de pessoas, quase um terço da população chinesa, e a situação é especialmente dramática nas províncias do curso médio e baixo do rio (Anhui, Hunan, Jiangxi, Zhejiang e Jiangsu), onde as chuvas este ano foram entre 40% e 50% menores do que o normal.
Segundo a imprensa oficial, o lago tem atualmente 0,74 milhão de km³ de volume, 87% menos do que o habitual, já que em épocas úmidas o lago pode ter até 25 milhões de km³ de água.
O segundo maior lago do país, o Dongting (também na bacia do Yangtze) está parcialmente seco, e sua área atual (cerca de 900 km²) é menos da metade da superfície habitual, segundo especialistas.
De acordo com o Escritório Estatal de Controle de Inundações e Secas, a situação afeta diretamente 3,29 milhões de pessoas e 6,96 milhões de hectares de campos de cultivo, equivalentes a 5% das terras cultiváveis no país. Por este motivo, o Centro Meteorológico Nacional declarou "alerta amarelo", já que nos próximos dias não estão previstas grandes precipitações na área afetada.

Emissões de CO2 atingiram nível recorde em 2010


As emissões de CO2 registraram o maior nível histórico em 2010, ao superar em 5% o recorde anterior, de 2008, o que constitui um "sério revés" para a luta contra o aquecimento global, anunciou nesta segunda-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

"As emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor energético foram em 2010 as mais elevadas da história, segundo as últimas estimativas da AIE", afirma a agência em seu site oficial.

"Após uma queda em 2009, provocada pela crise financeira mundial, as emissões subiram ao nível recorde de 30,6 gigatoneladas, uma progressão de 5% na comparação com o anterior ano recorde, 2008, quando os níveis alcançaram 29,3 gigatoneladas", destaca a AIE.
Fonte: AFP

Descoberta da aids completa 30 anos


A aids, uma doença ainda sem cura, foi descoberta há trinta anos e já provocou 30 milhões de mortes, transformou o mundo, gerou um investimento financeiro exemplar, uma mobilização de larga escala e avanços médicos espetaculares.

Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descubriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico muito debilitado.

Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay". 

No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Sida, em inglês aids.

Em 1983 uma equipe francesa isolou o vírus transmitido pelo sangue, secreções vaginais, leite materno ou sêmen, que ataca o sistema imunológico e expõe o paciente a "infecções oportunistas" como a tuberculose ou a pneumonia.

Nestes 30 anos de aids e seus milhões de vítimas, também foi uma época de grandes êxitos contra o vírus. Em 1996, com o desenvolvimento dos anti-retrovirais, a doença mortal passou a ser uma enfermidade crônica.

A aids tem matado menos, no entanto ela não desaparece. Pelo contrário, o número de pessoas infectadas tem aumentado nos últimos anos, exigindo mais pesquisas, mais tratamentos e mais dinheiro.

Por enquanto, apenas uma em cada três pessoas que necessitam de tratamento tem acesso às drogas. Ainda pior é que para cada duas pessoas que iniciam o tratamento, cinco outras pessoas são contaminadas.

Os esforços agora são direcionados para a prevenção com novos métodos: a circuncisão, que segundo pesquisas ainda não conclusivas podem diminuir as chances de contágio; um gel microbicida para as mulheres e o tratamento dos doentes que diminui em mais de 90% as chances de transmissão do vírus.

No entanto, mesmo com trinta anos de pesquisas, e muitos investimentos, ainda não há cura e a aids está longe de ser vencida.

Além disso, dois terços dos soropositivos no mundo desconhecem a própria doença e disseminam o vírus. Na França, por exemplo, uma pesquisa revelou que 18% dos clientes de bares e saunas gays estão contaminados e 20% destes desconhecem.

Socialmente, a aids ainda é uma doença pouco comum, e muitos preferem ignorá-la. "Ainda assim, como há 30 anos, é difícil reconhecer uma 'doença vergonhosa', que não quer ser discutida mostrada falada e examinada", diz Bruno Spire, também portador do HIV.

"A aids foi a maior epidemia do século XX e é a maior do século XXI", afirma por sua vez o professor Jean-François Delfraissy, da Agência de Pesquisa sobre a AIDS.
Fonte: AFP