quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nasa descobre água líquida na superfície de Marte

Provável água em estado líquido escorrendo de uma encosta do planeta.

A agência espacial americana Nasa confirmou, nesta quinta-feira (4), ter fortes evidências da existência de água líquida na superfície de Marte. Os dados foram descobertos pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) durante os meses mais quentes do planeta vermelho.

A água líquida seria salgada e aparece em encostas voltadas para o hemisfério sul do planeta. De cor enegrecida, a substância foi vista durante a primavera e o verão. Já no inverno ela foi menos vista e só voltou a surgir na primavera seguinte.

De acordo com o cientista Richard Zurek, do projeto JET (Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa), em Pasadena, Califórnia, A substância escura é diferente de outros tipos de recursos encontrados nas encostas marcianas.

A descoberta coloca Marte como um possível destino para a exploração humana no futuro. 

Alguns aspectos das observações feitas pela sonda ainda intrigam os cientistas, mas o fato de a água ser salgada reforçaria a hipótese de o solo marciano ter o líquido.

Nas estações mais quentes, a temperatura local subiria acima do ponto de congelamento e a água escorreria sob uma fina camada de poeira, encosta abaixo.

Nova teoria sugere que a Terra já teve duas luas



A Terra um dia teve duas luas, até que um dos satélites colídio com sua irmã maior, teorizam astrônomos na mais recente edição da publicação científica Nature. O resultado dessa colisão foi que a Terra ficou com um satélite apenas, maior e um tanto assimétrico.

Os autores da teoria desenvolveram essa hipótese enquanto tentavam explicar por que o lado escuro da lua é muito mais escarpado do que sua face iluminada. A teoria é acompanhada de uma ilustração do impacto e de uma simulação gráfica em computador que mostra como teria acontecido a colisão.

Especialistas que não participaram da pesquisa observaram que a ideia faz sentido, mas ainda não estão totalmente convencidos.

Tudo isso teria acontecido há 4,4 bilhões de anos, muito antes de existir alguma forma de vida na Terra capaz de observar o céu com duas luas ou de fazer um registro disso.

Os dois satélites eram relativamente jovens na época. Eles haviam se formado cerca de 100 milhões de anos antes, quando um planeta gigante chocou-se com a Terra. As duas luas passaram então a orbitar a Terra, com a menor no rastro da maior.

A lua maior era três vezes mais larga e 25 vezes mais pesada, gerando um campo gravitacional irresistível para o satélite menor.



A colisão foi lenta a ponto que as rochas nem ao menos se fundiram. Logo a seguir, quando tudo se assentou, as duas faces da Lua ficaram muito diferentes uma da outra, disse o cientista.

O coautor Martin Jutzi, da Universidade de Berna, na Suíça, disse que a intenção do estudo era descobrir o motivo pelo qual o terreno da face oculta da Lua é tão montanhoso em relação ao outro lado do satélite.

Segundo Asphaug, parecia que algo havia se acrescentado à superfície, de modo que eles começaram a efetuar, no computador, simulações de choques cósmicos.

A teoria foi o assunto do dia em uma conferência da agência aeroespacial norte-americana (Nasa, por suas iniciais em inglês) em Woods Hole, Massachusetts, relatou Jay Melosh, da Universidade Purdue. "Não conseguimos encontrar nada de errado" com a teoria, disse ele.

Alan Stern, que já foi vice-diretor da Nasa para assuntos científicos, qualificou a nova ideia como "muito engenhosa", mas observou que não será muito fácil testá-la para corroborá-la.

A possibilidade de uma segunda lua, no entanto, extrapola a ciência, observa Todd Davis, poeta e professor de literatura. "Isso vai chamar a atenção. Eu mesmo provavelmente vou sonhar com isso e acabarei tentando trabalhar num poema", comentou.
Fonte: Agência Estado
editado por diego f ramalho

Desmatamento da Amazônia aumenta




BRASÍLIA - Depois de um recuo em maio, o desmatamento da Amazônia voltou a subir em junho, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um mês, a floresta perdeu 312,6 quilômetros quadrados (km²), desmate 17% maior que o registrado em maio. Em relação a junho de 2010, quando o desmatamento foi de  243,7 km², houve aumento de 28% no ritmo da derrubada.
O Pará liderou o desmate na região em junho, com 119,6 km² de novas áreas derrubadas, seguido por Mato Grosso, com 81,5 km², e por Rondônia, com 64 km².  No Amazonas, as derrubadas atingiram 41,6 km² de florestas, no Maranhão, cerca de 5 km² e no Tocantins, 0,5 km². A cobertura de nuvens impediu a visualização de 21% da Amazônia Legal, segundo o Inpe.
Os números são calculados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema também registra a degradação progressiva da floresta.
Faltando um mês para o fechamento do calendário oficial do desmatamento (que vai de agosto de um ano a julho do outro), os dados do Deter mostram tendência de aumento da taxa anual de desmate. Entre agosto de 2010 e junho de 2011, a derrubada acumulada foi de 2.429,5 km², frente a 1.810,8 km² registrados no período anterior (agosto de 2009 a junho de 2010), com aumento de 34%.
Apesar da tendência, a taxa anual é calculada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), e só deve ser divulgada em novembro.
Por Luana Lourenço (Agência Brasil)