quarta-feira, 25 de julho de 2012

Gelo da Groenlândia teve derretimento recorde em julho



O gelo da Groenlândia derreteu em um ritmo mais rápido este mês do que em qualquer outra época registrada na história, com praticamente toda a camada de gelo mostrando sinais de descongelamento.

O rápido derretimento em apenas 4 dias foi capturado por três satélites. Ele chocou e alarmou os cientistas, aprofundando temores sobre o ritmo e as consequências futuras das mudanças climáticas.

Em comunicado postado no site da Nasa na terça-feira (24), os cientistas admitiram que os dados de satélite foram de tal forma marcantes que pensaram a princípio que havia um erro.


Recorde em 4 dias

"Foi o segundo evento extraordinário na Groenlândia em uma questão de dias. O primeiro foi a separação de um iceberg do tamanho de Manhattan, que se despreendeu da geleira Petermann. Contudo, a medição do rápido derretimento foi vista como mais grave"

O conjunto de imagens divulgadas pela Nasa na terça-feira mostra um degelo rápido entre 8 e 12 de Julho. Dentro desse período de quatro dias, as medições de três satélites indicam uma expansão rápida da área do fenômeno, de um derretimento de cerca de 40% da camada de gelo para 97% da sua área.


Durante um verão típico, cerca de metade do gelo na superfície da Groenlândia derrete. Entretanto, Zwally afirmou que ele e outros cientistas têm registrado uma aceleração desse processo ao longo das últimas décadas. Este ano, na estação suíça onde fica com sua equipe, ele teve de reconstruir o acampamento quando os suportes de gelo se fundiram.

Foi o segundo evento extraordinário na Groenlândia em uma questão de dias. O primeiro foi a separação de um iceberg do tamanho de Manhattan, que se despreendeu da geleira Petermann. Contudo, a medição do rápido derretimento foi vista como mais grave.





Suzanne Goldenberg*

Vamos precisar de tantos professores?


Já estão abertas as inscrições para qualquer estudante de qualquer parte do mundo estudar, sem pagar nada e ganhar certificado, em três das melhores universidades do mundo: MIT, Harvard e Universidade da Califórnia (veja aqui ).

Na Universidade da Califórnia --a melhor universidade pública dos Estados Unidos-- pode-se fazer, por exemplo, um curso de inteligência artificial.

O interessante é que as três universidades se juntaram numa mesma plataforma (EDX) para descobrir como aprimorar o ensino a distância. Ou seja, é um laboratório. Cerca de 120 universidades já se dispuseram a entrar no projeto criado por Harvard e MIT.

Outra instituição de ponta, Stanford, também juntou uma série de universidades de excelência acadêmica (leia mais aqui ).

Aqui vai minha resposta para a pergunta do título da coluna. Com tanta informação disponível e tanta inovação, vamos precisar cada vez mais de bons professores, que saibam ensinar e pesquisar.

Mas teremos uma ótima solução contra os professores medíocres que, tenho certeza, não serão melhores (nem de longe) do que as plataformas digitais, oferecendo recursos interativos.

Ainda mais porque novos produtos, baseados no chamado ensino adaptativo, sabem o que o aluno deixou de aprender e dão orientações como se fossem um professor particular.

Tudo isso é muito mais barato ou mesmo está de graça.

Infelizmente somos uma nação que apenas uma minoria entende inglês. Então vai uma dica lançada pelo site Universidade: 101 links para se aprender uma língua (a lista aqui ).

Daí se entende, em parte, por que o ex-engenheiro do ITA, Carlos Souza, que está traduzindo muitos desses cursos para português, está liderando a votação do prêmio Cidadão Sustentável na categoria tecnologia de comunicação, criado pela Rede Nossa São Paulo. Logo depois dele, Thiago Feijão, que coloca vídeos na internet para ensinar ciências. Mais detalhes aqui ).

Gilberto Dimenstein