quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo

Estudantes (arquivo)

As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês).
O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.
Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline.
Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas.
Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem.
O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.
Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes.
"Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE.
"Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."
A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório.
No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos.
"Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório.
Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

São Paulo, Rio e Brasília têm cerca de 60 mil vagas de emprego; encontre a sua

Capital paulista tem quase 15 mil vagas e oferece os melhores salários

A busca por um emprego pode finalmente terminar nesta semana em função das mais de 60 mil vagas disponíveis em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

São Paulo é o Estado com o maior número de oportunidades. O trabalhador paulista possui nessa semana cerca de 50 mil chances de trabalho. Somente na capital há quase 15 mil vagas a serem preenchidas.

Já o morador do Rio de Janeiro tem mais de 10 mil opções de emprego para voltar ao mercado, iniciar uma carreira ou trocar de trabalho. Na região metropolitana do Estado fluminense estão 7.600 postos de trabalho.

Em Brasília, existem pouco menos de mil vagas em diversas profissões, com salários que variam de R$ 545 a R$ 1.600, dependendo do cargo. Grande parte está localizada na cidade-satélite.

Onde encontrar as vagas

No caso de São Paulo, dois órgãos públicos fazem a intermediação das vagas: o Emprega São Paulo, ligado ao governo do Estado, e o CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador), vinculado a diversos sindicatos. Para concorrer a uma das vagas do CST, é preciso se cadastrar pelo site do centro ou ir até um dos postos, nos endereços abaixo:

CST Liberdade
Rua Galvão Bueno, 782

CST Santo Amaro
Rua Barão do Rio Branco, 864

CST Pirituba
Av. Cabo Adão Pereira, 387

CST Capão Redondo
Estrada de Itapecerica, 3.770

O site do Emprega São Paulo tem uma área para candidatos se cadastrarem para as vagas. Também há vagas em cursos de capacitação, para quem quer se atualizar na busca por trabalho. Mais informações são dadas pelo telefone 0800-7707378.

Para as vagas no Rio de Janeiro e em Brasília, é necessário checar os links das reportagens com informações das duas regiões.

Câmara dos Deputados aprova projeto de mudança do Código Florestal


A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira por 410 votos a favor, 63 contra e uma abstenção o polêmico projeto que altera o Código Florestal, proposto pelo relator e deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

A base aliada e representantes dos ambientalistas recuaram em diversos pontos do texto defendidos pela bancada ruralista, transferindo para o Senado ou para o veto da presidente Dilma Rousseff a expectativa de alterar ítens do projeto.

A sessão foi iniciada após todos os partidos – exceto PSOL e PV – fecharem acordo para votar a nova proposta e uma emenda que regulariza áreas protegidas já desmatadas.

A emenda 164, votada em seguida ao projeto de lei, dá aos estados o poder de determinar quais dessas Áreas de Proteção Permanente (APPs) serão legalizadas e quais atividades poderão ser realizadas nesses terrenos – papel que hoje é exclusivo da União.

Em uma derrota para o governo federal, a emenda foi aprovada com 273 votos a favor, 182 contra e duas abstenções. O texto libera plantações e pastos feitos em áreas de APPs até julho de 2008. Para o líder governista, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a emenda “abre brecha para consolidar todas as áreas desmatadas irregularmente, o que significa anistia para os desmatadores”.

Mesmo antes da votação, o governo havia avisado que agora trabalhará para mudar o projeto de lei no Senado, onde o relator será o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).

Segundo Vaccarezza, Dilma não aceitará a concessão de anistia aos que desmataram APPs até julho de 2008, como prevê o texto de Rebelo, e tampouco concorda em abrir mão do poder de centralizar a regularização de milhões de pequenos agricultores que ocupam APPs nas beiras de rios.
Após passar pelo Senado, o texto segue para sanção ou veto - total ou parcialmente - da presidente.

'Ciência ignorada'

Já representantes da academia lamentaram a aprovação de um código que, segudo o pesquisador Antonio Donato Nobre, "foi feito pela primeira vez sem a participação da ciência".

Nobre, agrônomo e pesquisador do Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi o relator de um estudo feito por diversos especialistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que, segundo ele, foi basicamente ignorado pelos envolvidos na discussão sobre o código.

"Foi apenas uma disputa de lobby. O próprio Aldo admitiu que não tem experiência nessa área", disse Nobre. "É um retrocesso muito grante para muitos setores, especialmente para a agricultura."
O ponto que desobriga produtores de até quatro módulos a reflorestar é um dos que mais trará prejuízos, na opinião do pesquisador. Segundo ele, o módulo fiscal não tem fundação científica e vai criar confusão na hora de interpretar e empregar a lei.(como tudo no brasil)

Perigo

O ambientalista do Greenpeace Paulo Adário também criticou a questão polêmica. “Essa anistia de quatro módulos permite um desmatamento brutal", disse.
"E em um país onde o processo democrático é recente, é perigoso criar na sociedade a sensação de que pode anistiar qualquer crime. É como se a Receita Federal dissesse que alguém não precisa pagar IR aquele ano.”

Segundo o ambientalista, só a existência do projeto de Rebelo já aumentou o desmatamento em regiões como o sul da Amazônia e Roraima, por causa da perspectiva de impunidade.

Ele acredita que "perdeu-se a oportunidade de desenvolver um código à altura do potencial de biodiversidade do Brasil, que tem a maior floresta tropical" do mundo.

Já Kátia Abreu, do CNA, disse que se a questão dos quatro módulos e outros pontos do projeto de Rebelo não fossem aprovados se esboçaria um cenário complicado para o país, com o aumento exacerbado dos preços dos alimentos.

Ela afirma que uma área um pouco maior à usada hoje para se produzir grãos e um pouco de cana-de-açúcar teria de ser transformada em regiões preservadas.
“Não faria sentido ceder essas terras para depois termos de comprar comida de países onde não há nem Código Florestal.”

Mariana Della Barba
Da BBC Brasil em São Paulo

Hipotireoidismo: oito dúvidas sobre a doença da tiróide

Ela não tem cura, mas tratamento garante qualidade de vida do paciente


De acordo com os resultados recentes do censo IBGE 2010, as doenças endócrinas, como diabetes, obesidade e disfunções na tireoide respondem pela segunda causa que mais mata mulheres no país (7,8%), atrás apenas das doenças cardiovasculares. A tireoide é uma glândula endócrina que existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a alterar o ciclo menstrual.

Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:

1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);

2. hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo. 
Cansaço - Foto: Getty Images
1.Os sintomas podem ser identificados com clareza?
Os sintomas, infelizmente, são pouco específicos e se instalam lentamente, o que pode confundir as pessoas. Além disso, podem atingir vários órgãos, pois a tireoide é importante para regular o funcionamento de alguns sistemas do corpo, como cardiovascular, gástrico e nervoso. São: sentir frio, mesmo quando a temperatura não está baixa; desânimo; falta de interesse de todos os tipos, incluindo interesse para atividades corriqueiras ou prazerosas; lentidão de fala, de pensamento e de batimentos cardíacos; problemas no intestino (constipação, prisão de ventre), lentidão de reflexos; pele ressecada; cabelos e unhas quebradiços.  
2.Por que o hipotireoidismo ocorre mais em mulheres e se manifesta predominantemente a partir de certa idade?
Não se sabe com exatidão por que o distúrbio afeta mais mulheres, mas acredita-se que um dos fatores seja a maior incidência, na fase da menopausa, da doença de Hashimoto ou tireoidite crônica, doença autoimune da tireoide em que o corpo produz anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal causa do hipotireoidismo. Durante o climatério, período em que as doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto. 
3.Como saber se estou no grupo de risco da doença?
São fatores de risco para o hipotireoidismo: a existência de outras doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, vitiligo, diabetes de tipo 1), a presença de bócio (aumento de volume da tireoide) e a existência de doença de tireoide na família. 
Pescoço - Foto: Getty Images
4.Quais exames costumam ser feitos para o diagnóstico? 
Eles devem ser feitos periodicamente? O exame mais comum para identificar os níveis dos hormônios da tireoide chama-se dosagem de TSH sérico. Recomenda-se que todas as pessoas acima de 60 anos realizem uma dosagem de TSH anual e que mulheres, particularmente aquelas que apresentam fatores de risco, dosem o TSH a partir dos 30 anos. Além disso, gestantes também devem realizar o exame periodicamente.  
5.O hipotireoidismo tem cura? 
Não existe uma cura definitiva para a doença, mas o controle pode fazer com que o paciente leve uma vida normal. O tratamento mais comum é feito com reposição hormonal, geralmente com hormônio sintético da tireoide, em geral, na forma de comprimido, que deve ser tomado diariamente pelo resto da vida. Mas vale o alerta: se estiver com falta ou excesso de medicação, podem aparecer os sintomas opostos, de hipertireoidismo. Os mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso. 
6.Quais são as possíveis consequências mais graves, se não houver tratamento? 
A falta do hormônio tireoidiano pode levar ao coma mixedematoso, que é quando o paciente tem queda da temperatura corporal e ocorre a lentidão de todas as funções do organismo. Isso acarreta uma fragilização do sistema imune, facilitando a instalação de outras doenças, como pneumonia e infecções. O hipotireoidismo também pode afetar de forma importante o coração e os ossos, por isso é importante seguir o tratamento prescrito pelo médico.  
7.O hipotireoidismo provoca aumento de peso?
Existe uma relação complexa entre as doenças da tireoide, o peso corporal e ometabolismo. Os hormônios tireoidianos também regulam o metabolismo, e a taxa metabólica basal também pode diminuir na maioria dos pacientes com hipotireoidismo, devido à baixa nos hormônios. No entanto, esse ganho de peso é menor e menos dramático do que o ocorre nos pacientes com hipertireoidismo.  

8.O que é essencial para controlar o hipotireoidismo?

Se o paciente estiver com a medicação ajustada adequadamente, sua rotina não será muito afetada. A recomendação é a mesma válida para pessoas sem a doença, que é seguir hábitos de vida saudáveis. É fundamental manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e frutas. Também é essencial praticar exercícios físicos regulares para a manutenção do peso para afastar a obesidade e seus efeitos negativos, como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardiorrespiratórios. Não há grandes restrições em relação às atividades físicas, mas antes de começar a se exercitar o paciente deve sempre consultar seu médico.
 

Homens se sentem mais atraídos por mulheres sorridentes


Getty Images
mulheres preferem homens que demonstram confiança

Um estudo feito pela Universidade Britânica de Colúmbia  aponta que homens se sentem mais atraídos por mulheres sorridentes, enquanto as mulheres se sentem mais atraídas por homens que demonstrem confiança. A constatação partiu da análise de diferentes expressões não-verbais, que demonstravam felicidade (sorriso largo), confiança (cabeça erguida, peito estufado) e timidez (cabeça baixa).
Segundo a professora Jéssica Tracy, do Departamento de Psicologia da Universidade e autora do estudo, o resultado do estudo mostra que homens e mulheres reagem de forma muito diferente às exibições de emoção.
Para se chegar ao resultado, os pesquisadores ouviram opiniões de mais de de 1.000 participantes adultos que analisaram imagens do sexo oposto nas diferentes expressões já citadas.
O estudo constatou que as mulheres se sentiam mais atraídas por aqueles que pareciam orgulhosos e poderosos, enquanto os homens disseram se sentir mais atraídos sexualmente por mulheres que pareciam felizes, ou seja, mais sorridentes, e menos atraídos por mulheres que demonstravam ser confiantes.
- É importante lembrar que este estudo explorou as primeiras impressões de atração sexual por imagens do sexo oposto, disse Alec Beall, aluno de psicologia da universidade, que fez parte do corpo de estudo.
Segundo Beall, a expressão de orgulho tipicamente masculina tende a ser mais valorizada graças as características físicas, como o tamanho do corpo e os músculos.