quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vídeo sobre efeito estufa produzido por estudantes da UFPE recebe prêmio





O vídeo acima, produzido por alunos da UFPE, aborda o efeito estufa. A equipe foi a campeã do concurso “Óleo e gás: usando a tecnologia a favor do ser humano”, promovido pela Radix Engenharia e Software. O prêmio é  a participação no OTC, que ocorre de 2 a 5 de maio, no Texas (EUA). Integram o grupo o prorfessor José Marcos Francisco da Silva e pelos alunos Marco Antonio Santos Guimarães de Fontes e Thiago Cleyandson Rodrigues Alves, do curso de engenharia química.


fonte:Verônica Falcão


Diego F Ramalho

Estados deixaram de repassar R$ 1,2 bilhão para o Fundeb em 2010

Doze estados e o Distrito Federal deixaram de aplicar R$ 1, 2 bilhão no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no ano passado. Os recursos do fundo, criado em 2007, devem ser aplicados por estados e municípios na melhoria da qualidade do ensino, incluindo investimento nas estruturas públicas das escolas e no pagamento de professores. O montante é composto por  percentuais de nove impostos e transferências como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além de uma complementação da União.

Levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela administração do Fundeb, mostra que o Acre, Alagoas, o Amapá, a Bahia, o Espírito Santo, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, o Tocantins, Rondônia e o Distrito Federal repassaram para o fundo menos do que deveriam. O cálculo foi feito pelo FNDE com base na arrecadação desses estados. Vander Oliveira, coordenador-geral do Fundeb, afirma que cabe agora aos órgãos de controle investigar porque os entes federados não aplicaram o valor devido.

“Não posso assegurar se o dinheiro deixou de ser aplicado na educação. A nós não cabe fazer juízo de valor porque esse papel é do tribunal quando for analisar e julgar a questão”, defende o representante do FNDE.  O maior rombo foi no Distrito Federal: R$ 1,03 bilhão. Segundo Oliveira, ao contrário do que determina a lei, o DF não tem conta específica para depositar os recursos do fundo. Dessa forma, o FNDE não tem como controlar se os percentuais estão sendo investidos ou não em educação. A grosso modo, é como se o DF não tivesse repassado nenhum centavo para o fundo em 2010.  

De acordo com a Secretaria de Educação, técnicos já trabalham para resolver as pendências financeiras do DF. A assessoria de imprensa da secretaria ressaltou que no período de 2010, ao qual se refere o levantamento, o Distrito Federal teve quatro governadores após a Operação Caixa de Pandora - que revelou um esquema de corrupção e que resultou na saída do governador José Roberto Arruda do cargo - e o novo governo ainda está trabalhando para sanar essas “pendências”.

O Fundeb, na verdade, não é uma conta única, mas 27 fundos – um para cada estado e o Distrito Federal. Cada um repassa para a conta específica 20% da arrecadação obtida com nove impostos e transferências e o dinheiro é aplicado nas redes municipais e estaduais de educação daquele ente federado. A União complementa com 10% do que os estados depositaram. Os entes federados que não  têm verba suficiente para investir o valor mínimo por aluno estipulado anualmente pelo Ministério da Educação (MEC) recebem um complemento.

Depois do DF, o Espírito Santo é o estado que deixou de repassar o maior valor ao fundo em 2010: R$ 186 milhões. A Secretaria de Educação foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da matéria. Segundo Oliveira, o problema do estado é antigo e deve-se ao fundo estadual para desenvolvimento de atividades portuárias, para onde é repassada parte do ICMS que deveria ser enviada ao Fundeb.

Apesar de em 2009 o déficit do Fundeb também ter ficado na casa de R$ 1 bilhão, Oliveira acredita que em 2010 o problema foi mais concentrado nos dois estados – o Distrito Federal e o Espírito Santo. Para ele, isso significa que os governos estão mais conscientes da responsabilidade do repasse ao fundo. “O problema se concentra no DF e no Espírito Santo. Nos outros estados as diferenças são residuais, que podem ocorrer em função de pequenos tratamentos da receita ao longo do ano”, avalia Oliveira. Em 2010, a receita total do fundo foi de R$ 87,4 bilhões, sendo R$ 58 bilhões dos estados, R$ 7,9 de completação do governo federal e R$ 21 bilhões de receitas advindas de impostos arrecadados pela União.

A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro alega que os R$ 5 milhões que constam como débito no levantamento se referem às receitas recebidas na última semana de 2010, que só são repassadas em janeiro de 2011 e deixam de ser contabilizadas pelo FNDE, que considera a movimentação da conta bancária do Fundeb até dezembro. Em nota, a secretaria afirma que “o Rio de Janeiro tem alertado repetidamente o FNDE sobre essa impropriedade técnica, sem resultado, o que vem causando um mal-entendido”. A  mesma explicação foi dada pelas secretaria de Educação da Bahia e do Acre.

As secretarias de Educação do Pará e do Tocantins informaram que as equipes técnicas estão verificando com as instituições responsáveis pela distribuição dos recursos o motivo das divergências em relação ao repasse.  A Agência Brasil procurou todos os 13 estados, mas não conseguiu contato com as secretarias de Educação de Roraima e do Amapá. Os governos do Espírito Santo, de Alagoas, do Piauí, Paraná e de Rondônia foram procurados, mas não se posicionaram sobre o problema até o fechamento da matéria.

Da Agência Brasil

Alimentação influencia QI e aprendizado nas escolas. Assunto é tema de fórum

Crianças que são alimentadas, desde o início da vida, com uma dieta regrada e saudável, desenvolvem até dois pontos a mais de quociente de inteligência, o Q.I., em relação a crianças de mesma idade que se alimentam ricamente de gorduras e açúcares. A pesquisa, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, é um dos principais pontos de discussão que permeiam o lançamento do 7º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, lançado nesta quinta-feira, no Recife. 

O desafio em buscar esse desenvolvimento intelectual põe em xeque os métodos de nutrição que vêm sendo utilizados, bem como o conceito de criança ‘nutrida’. A desnutrição crônica, por exemplo, que há alguns anos chegou ao nível de assustadores 20%, no ano passado atingiu o patamar de 7%. Por outro lado, 33% das crianças entre 5 e 9 anos apresentam sobrepeso e 14% destas, já são consideradas obesas. Os dados são da Federação Nacional das Empresas de Refeições Coletivas (Fenerc).

De acordo com o o presidente da organização, Rogério da Costa Vieira, o papel das mais de 250 mil escolas públicas do país deve ser questionado, especialmente no que diz respeito à sua suposta função máxima, a de ‘educar’. “Hoje, o colégio vai muito além de ser o provedor do conhecimento. Muitas crianças têm, naquela merenda, a principal refeição do dia e ela pode ser determinante no que diz respeito à produtividade em sala de aula”, defende.

Ao todo, 46 milhões de alunos estão registrados em escolas públicas brasileiras, enquanto outros 10 milhões estão na rede particular. A diferença entre as duas se dá na medida de quantidade e qualidade. Hoje são disponibilizadas 11 milhões de refeições diárias para as crianças, menos de 25% do necessário, em um mercado que já movimenta R$ 16 bilhões por ano. Na rede particular, o problema seria quanto à qualidade. 

“Quando aumenta a renda do indivíduo, há um consumo maior de produtos industrializados, as pessoas vão mais a restaurantes e passam a ser adeptas das ‘comidas prontas’. Isso fica ainda mais sensível diante da nova configuração social, em que a mulher deixou de estar à frente da cozinha o tempo inteiro e tem profissão definida no mercado”, completa Vieira.

O evento, realizado nos dias 19 e 20 de maio, reúne gestores públicos, secretários de educação e nutrólogos de todo o país, com o objetivo de traçar o modelo ideal de nutrição nas escolas. O consenso entre nutricionista aponta que o prato ‘ideal’ numa merenda deve conter um mínimo de 800 calorias por aluno, priorizando carnes e peixes (proteínas), alimentos reguladores (verduras, legumes e frutas) e, por fim, carboidratos (massas e cereais, como o arroz). “O próprio modelo, que serve de complemento alimentar, mas não supre a base alimentar completa ideal, é que pode ser revisto, já que esta, muitas vezes, acaba sendo a principal refeição dos alunos”, conclui.

Por Ed Wanderley

Oficinas gratuitas que preparam para o Enem inscrevem a partir de 25 de abril

Com duração de seis meses, as aulas abrangem as disciplinas abordadas na prova; período de inscrições termina em 13 de maio

Da Redação do pe360graus.com
Os estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio e moram em Olinda devem ficar atentos. Começam no dia 25 de abril as inscrições para as oficinas preparatórias para o Enem/ProUni 2011. As oficinas são gratuitas e as aulas são ministradas por estudantes de graduação da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso).

As inscrições seguem até o dia 13 maio e os interessados devem telefonar para o número 3429-6777 (ramal 208). Outra alternativa é ir à Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos de Olinda, que fica na avenida Getúlio Vargas, 536, Bairro Novo. O horário de atendimento é das 8h às 16h e é necessário levar carteira de identidade e CPF. Os alunos inscritos serão direcionados ao local mais próximo da sua residência onde a oficina será realizada.

O curso tem a duração de seis meses e os encontros ocorrem de segunda a sexta, nos turnos da manhã, tarde ou noite, com quatro horas de aula por dia. As oficinas são sobre todas as disciplinas necessárias para a realização das provas do Enem, com aulas de história, geografia, português, matemática, física, química, biologia e participação cidadã.

Universidade do Vale do São Francisco seleciona professores substitutos


Edital do processo seletivo foi retificado: profissional da área de metereologia e bioclimatologia animal deve ter graduação e especialização na área de atuação

Da Redação do pe360graus.com
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) inscreve até 17 de abril candidatos a professor substituto os campi de Petrolina (PE), Juazeiro (BA), Senhor do Bonfim (BA) e São Raimundo Nonato (PI). As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site da Universidade. É cobrada uma taxa de R$40.

Todos os candidatos farão prova didática e passarão por a avaliação de títulos, previstos para os dias 28 e 29 de abril. São 9 vagas para início imediato, com duração de contrato entre 6 meses e 1 ano.

O edital da seleção simplificada sofreu uma alteração. Com a nova regulamentação, os candidatos da área de metereologia e bioclimatologia animal, devem ter graduação em metereologia com pós-graduação na área de atuação.

MPPE exige nomeação de aprovados em concurso para professor de São Lourenço



Do MPPE
 
A Promotoria de Justiça de São Lourenço da Mata recomendou ao prefeito Ettore Labanca que nomeie todos os candidatos aprovados para os cargos oferecidos no último concurso público para professor. Das 110 vagas anunciadas na abertura do certame, concluído em 2010, apenas 50 foram ocupadas até agora por candidatos aprovados. Apesar de o município ter necessidade patente de nomear novos professores, a atividade vem sendo realizada irregularmente por profissionais contratados temporariamente.

 A contratação temporária só pode ocorrer para serviços comprovadamente urgentes ou para atividades transitórias, não podendo ocorrer jamais para trabalhos de atribuição permanente da administração – como é o caso de professor. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que o realizador do concurso é obrigado a nomear todos os candidatos aprovados para o número de vagas anunciadas no edital de abertura do certame.

 “Quando um gestor abre um concurso, presume-se que já realizou todos os estudos necessários para verificar a possibilidade de pagamento da nova despesa”, afirma o promotor de Justiça Luiz Guilherme da Fonseca Lapenda. Dentro do prazo de vigência do concurso – e de acordo com os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal – o gestor é obrigado a nomear novos servidores, no mínimo, até preencher todas as vagas anunciadas.

 O Prefeito tem 30 dias para responder ao Ministério Público de Pernambuco quais as medidas administrativas adotadas para o cumprimento da recomendação. Caso a recomendação não seja atendida, o MPPE poderá outras medidas para garantir a nomeação dos candidatos e a responsabilização dos gestores, inclusive na Justiça. 
Jamildo Melo 

Nove aeroportos não devem ficar prontos para a Copa, aponta Ipea

Movimento no aeroporto de Guarulhos, onde 48% dos voos atrasaram nesta quinta, segundo a Infraero  (Foto: Eliária Andrade / Agência O Globo )

Ao menos 9 dos 13 terminais não devem ser entregues a tempo do evento.
Estudo destaca ainda que 10 deles enfrentarão sobrecarga em 2014.

Do G1, em São Paulo


Ao menos 9 dos 13 aeroportos brasileiros que estão em obras para a Copa de 2014 não devem estar prontos a tempo de receber o evento. Essa é a conclusão do estudo “Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações”, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (14). “Constata-se uma situação preocupante, uma vez que os prazos estimados pela Infraero dificilmente serão cumpridos”, diz a nota.
Os aeroportos cujas obras não devem terminar em tempo hábil, de acordo com o Ipea, são os de Manaus, Fortaleza, Brasília, Guarulhos, Salvador, Campinas, Cuiabá, Confins e Porto Alegre. No caso de Curitiba, o Ipea diz que o aeroporto tem condições de ficar pronto para a Copa de 2014, “se não houver qualquer atraso no cronograma previsto”. No Galeão, a situação operacional é considerada adequada, enquanto no Recife as obras se referem apenas à construção de uma torre de controle.

Jovens do Reino Unido trocam experiências com alunos de escola no Recife


Ação faz parte do Programa Inspiração Internacional, uma parceria entre o Conselho Britânico e a Secretaria de Educação de Pernambuco

Da Redação do pe360graus.com


O intercâmbio cultural e a integração social por meio do esporte movimentaram, na última quarta-feira (13), a Escola Estadual Dom Bosco, na Zona Norte do Recife. Professores e alunos receberam a visita de educadores e estudantes do Reino Unido. A ação faz parte do Programa Inspiração Internacional, uma parceria entre o Conselho Britânico e a Secretaria de Educação de Pernambuco.

“Esse programa lida com limites e regras no regimento que é construído em todos os atores que estão liderados por esse programa. A gente enfrenta a violência, participando do Bloco da Paz, do programa Escola Aberta, da Paixão de Cristo, Caminhada da Paz, do Pacto pela Vida...”, diz a coordenadora do programa Escola Aberta, Simone Lira .

O objetivo da ação é promover a integração social por meio do esporte, mas o aprendizado vai muito além. “Pela troca de cultura. Eles aprenderem o que tem de bom numa outra cultura e os meninos ingleses aprenderem o que tem de bom na cultura brasileira”, afirma o secretário executivo de Educação, Aurélio Molina .

De acordo com o secretário, dez crianças pernambucanas farão uma visita à Inglaterra, ainda este ano. “A tendência da gente é aumentar o programa para todas as escolas, para que todos tenham essa oportunidade. E que sirva de estímulo para a prática de esportes, para aprender inglês, para aprender as coisas boas que os outros países têm e levar o Brasil lá para fora”, diz o secretário.

Planos estão proibidos de oferecer prêmios para médicos

Planos de saúde estão proibidos de oferecer prêmios para médicos que respeitarem uma cota mínima para solicitação de exames ou outros procedimentos complementares. A prática, que de acordo com profissionais é adotada por boa parte das operadoras para reduzir os custos, agora é expressamente considerada uma infração, de acordo com instrução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicada hoje no Diário Oficial da União.

A pena para operadoras que descumprirem a norma da ANS vai de sanção a multa de R$ 35 mil. "É um avanço inegável. O que o País precisa, agora, é que a medida seja colocada em prática e, principalmente, que seja fiscalizada", afirmou o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aluísio Tibiriçá. A instrução foi publicada dias depois da mobilização de médicos de todo o País por melhores condições de trabalho e de remuneração.

Por meio da assessoria de imprensa, a ANS informou que todas as recomendações de operadoras que interferem na liberdade do médico já são consideradas infrações. Mas, de acordo com a ANS, as empresas se valiam da ideia de que "gratificação" não poderia ser considerada como um interferência.

Fonte: Agência Estado

No bolso do paletó

Quem é mesmo esse povo que os deputados estaduais representam no poder? Seria aquele cidadão que acorda cedo, chacoalha pendurado em ônibus invariavelmente lotados e dá duro seis dias por semana para garantir um salário mínimo no fim do mês?

Ou seria aquele cidadão usuário de um sistema de saúde pública precário - para dizer o mínimo - com longas filas nas emergências e consultas médicas marcadas às vezes com até um ano de antecedência?

Poderia ser ainda aquele cidadão dependente de um sistema de educação pública capenga, ultrapassado, com professores pouco capacitados e mal-remunerados, e sem condições de sequer sonhar com seus filhos na universidade?

Quem, na classe média, ousaria bater no peito e se dizer representado por esses senhores, que legislam diuturnamente em causa própria, criando dispositivos que lhes permitam embolsar mais e mais recursos públicos, quando praticamente a metade dos cidadãos que pagam impostos não têm dinheiro que sobre no final do mês?

Você se sentiria representado por um político que, para aprovar um projeto de interesse do Estado, precisa ser bajulado pelo Executivo e ter uma série de exigências atendidas, sob a ameaça de simplesmente "desaparecer" na hora da votação?

O 14º e o 15º salários dos senhores deputados, pagos sob o título de auxílio-paletó, é mais uma mordomia


Pois bem. Esse é o retrato da atual Assembleia Legislativa de Pernambuco. Como de resto, de outras tantas casas legislativas pelo País afora. A situação chegou a um ponto de insustentabilidade que está levando entidades da sociedade civil a se mobilizarem para interferir, na tentativa de deter a voracidade dos parlamentares e fazê-los enxergar que nem tudo é mordomia no Poder.

No momento, a seccional pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) decidiu dar combate a um antigo absurdo cometido pelos deputados com o dinheiro do imposto nosso de cada dia: o "auxílio-paletó".

O benefício - que consome cerca de R$ 2 milhões anuais dos cofres públicos - foi assim apelidado porque inicialmente previa uma ajuda de custo para que cada um dos 49 deputados pudesse se vestir condignamente para o trabalho de representar o povo. Porém, como tudo o mais no Legislativo, o auxílio-paletó foi distorcido. Passou a ser pago indistintamente - inclusive aos suplentes que porventura assumam a vaga durante apenas alguns meses - e sem a necessidade de prestação de contas pelo beneficiário.

Hoje, o auxílio-paletó garante a cada parlamentar pernambucano pelo menos mais dois salários mensais ao ano, um no início e outro ano final de cada período legislativo. E é sempre bom lembrar o valor do salário de um deputado estadual - calculado em 75% da remuneração de um deputado federal: R$ 20 mil.

O 14º e o 15º salários dos senhores deputados, pagos sob o título de auxílio-paletó, é mais uma mordomia acrescida a uma lista que já não é pequena, que inclui outros tantos "vales", "verbas" e "auxílios".

Se mesmo diante de tudo isso, uma parte da sociedade consegue enxergar identidade entre um deputado estadual e o cidadão que ele supostamente representa no poder, a outra parte - ainda capaz de se indignar - deve estar precisando usar óculos.

Por Sérgio Montenegro Filho