As bicicletas, foco de discussões sobre infraestrutura e mobilidade
urbana, serão tema de disciplina na UFPE (Universidade Federal de
Pernambuco). A partir do segundo semestre de 2012, a matéria "Estudos da
Bicicleta" será incorporada ao curso de graduação de engenharia
mecânica.
O professor Fábio Magnani, idealizador da disciplina, pretende
trabalhar a engenharia do veículo - como linha de produção e novas
tecnologias- e ainda focar políticas públicas, cultura, e história das
bicicletas.
"Há três anos já trabalhamos com estudos sociais focados nas
motocicletas - como a relação de trabalho dos motoboys e os riscos da
profissão - mas, nesse novo contexto social, a bicicleta se torna cada
vez mais importante para as pessoas. A infraestrutura urbana e a
legislação ainda têm que se adequar a essa tendência", explicou Magnani.
A nova disciplina terá duração de seis meses e será dividida em três
módulos: História e Tecnologia; Ciências do Ciclismo; e Cultura,
Trânsito, Mercado e Política.
De acordo com o professor, a maior revolução que o estudo das
bicicletas pode trazer não é tecnológica, diz respeito ao modo como elas
e os ciclistas são vistos na sociedade.
"O que é necessário mesmo para uma revolução no uso das bicicletas está
muito além da tecnologia. Precisamos de uma infraestrutura de
ciclofaixas, campanhas para o aumento da segurança no trânsito, produção
cultural que valorize a identidade do ciclista e uma organização
política eficaz para a luta pelos direitos dos ciclistas", argumenta.
Além dos estudantes de engenharia mecânica, a matéria também poderá ter alunos de outros cursos de graduação.
"Como não focamos apenas na questão da linha de produção, mas também na
política, história e fisiologia do ciclista, alunos de cursos como
Educação Física, Sociologia, Arquitertura, entre outros, também serão
bem vindos", considera.
No entanto, é necessário que o estudante tenha curso matérias como Dinâmica e Mecânica dos Fluidos.
Carol Guibu
Do UOL, no Recife
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Apenas 26% dos brasileiros são 'plenamente alfabetizados
Cerca de 35% das pessoas com Ensino Médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa.
A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.
Os resultados da última edição do Inaf indica que 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas - mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta um nível de alfabetização básico.
"Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada", aponta o relatório do Inaf 2011-2012.
Agência Brasil
Brasileiro aceito em Harvard e MIT diz que estudantes são preguiçosos
Determinação e esforço foram as palavras utilizadas por Bruno
Faviero, 19 anos, para descrever a "fórmula" do seu sucesso. Desde a 9ª
série, ele decidiu ser o melhor aluno possível. "Não sei do que os
estudantes tanto reclamam, só pode ser por preguiça", critica Faviero.
Em 2010, ele foi aceito com bolsa integral em 12 das mais conceituadas
universidades americanas - e rejeitou instituições como Harvard,
Princeton e Stanford. Hoje, ele estuda no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), uma das instituições mais
conceituadas em ciência e tecnologia. O brasileiro palestrou nesta
terça-feira no 13º Congresso Internacional da Gestão, realizado pelo
Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade.
Nascido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Faviero reside nos Estados Unidos há 14 anos. No Brasil, cursou apenas o jardim de infância. No que corresponderia ao Ensino Médio brasileiro - 9ª à 12ª série nos EUA -, estudou na Don Estridge High Tech Middle School, onde começou a se interessar por tecnologia. No MIT, ele faz seu major em ciência da computação e o minor em gestão - ou seja, vai se formar no primeiro, com uma espécie de "especialização" no segundo.
Para ele, o Ensino Médio foi fácil. "Não me considero um gênio. Trabalhei muito para chegar aqui", diz o jovem, que nunca tirou um "B" na escola. Ele conta que optou por prestar atenção e fazer questionamentos durante as aulas, para não precisar estudar fora da escola. Assim, conseguiu tempo para reunir mais de 500 horas de voluntariado e participar do time de corrida. "Eu me envolvi, fui além do que precisava fazer", ressalta. Para ele, este é o grande segredo para uma boa formação: aproveitar todas as oportunidades, mesmo as que parecem não ter utilidade. "Em uma entrevista de emprego, já se interessaram pelo fato de eu ter sido juiz de futebol americano", relatou em entrevista à imprensa.
Atualmente, o jovem faz estágio como engenheiro de software na Intel. No próximo trabalho, diz que vai tentar entrar em uma empresa pequena, pois gostaria de ter essa experiência. Faviero quer aproveitar todas as oportunidades durante a faculdade, assim como aproveitou no Ensino Médio. Além de estudar, ele é editor no jornal universitário The Tech e passa parte do seu tempo velejando.
Faviero se disse surpreso com o nível de exigência do MIT. Para quem estava acostumado a não estudar na escola, foi necessário mudar a rotina - ele chegou a tirar um "B", e por pouco não ficou com "C" em uma disciplina. "A lição de casa pode levar 10 horas para ser feita, mesmo com um grupo de seis pessoas trabalhando sem parar", conta.
Nascido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Faviero reside nos Estados Unidos há 14 anos. No Brasil, cursou apenas o jardim de infância. No que corresponderia ao Ensino Médio brasileiro - 9ª à 12ª série nos EUA -, estudou na Don Estridge High Tech Middle School, onde começou a se interessar por tecnologia. No MIT, ele faz seu major em ciência da computação e o minor em gestão - ou seja, vai se formar no primeiro, com uma espécie de "especialização" no segundo.
Para ele, o Ensino Médio foi fácil. "Não me considero um gênio. Trabalhei muito para chegar aqui", diz o jovem, que nunca tirou um "B" na escola. Ele conta que optou por prestar atenção e fazer questionamentos durante as aulas, para não precisar estudar fora da escola. Assim, conseguiu tempo para reunir mais de 500 horas de voluntariado e participar do time de corrida. "Eu me envolvi, fui além do que precisava fazer", ressalta. Para ele, este é o grande segredo para uma boa formação: aproveitar todas as oportunidades, mesmo as que parecem não ter utilidade. "Em uma entrevista de emprego, já se interessaram pelo fato de eu ter sido juiz de futebol americano", relatou em entrevista à imprensa.
Atualmente, o jovem faz estágio como engenheiro de software na Intel. No próximo trabalho, diz que vai tentar entrar em uma empresa pequena, pois gostaria de ter essa experiência. Faviero quer aproveitar todas as oportunidades durante a faculdade, assim como aproveitou no Ensino Médio. Além de estudar, ele é editor no jornal universitário The Tech e passa parte do seu tempo velejando.
Faviero se disse surpreso com o nível de exigência do MIT. Para quem estava acostumado a não estudar na escola, foi necessário mudar a rotina - ele chegou a tirar um "B", e por pouco não ficou com "C" em uma disciplina. "A lição de casa pode levar 10 horas para ser feita, mesmo com um grupo de seis pessoas trabalhando sem parar", conta.
Terra
Aprovados na segunda chamada do Sisu devem fazer matrícula até hoj
Termina hoje (18) o prazo para que os estudantes aprovados na segunda chamada do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) compareçam às instituições de ensino para as quais foram selecionados e façam a matrícula. O processo seletivo para o segundo semestre deste ano ofereceu 30 mil vagas em 56 universidades públicas e institutos federais de educação profissional.
A recomendação é que os candidatos entrem em contato com a instituição para saber o local, o horário e os documentos necessários para fazer a matrícula. Os estudantes que não foram aprovados nem na primeira nem na segunda chamada ainda poderão participar de uma lista de espera que será usada pelas instituições de ensino para preencher as vagas remanescentes. Os candidatos deverão manifestar o interesse em participar dessa lista pelo próprio site do Sisu, até amanhã (19).
O sistema foi criado para unificar a oferta de vagas em universidades públicas e institutos federais de educação profissional, em substituição aos vestibulares. As vagas são preenchidas de acordo com a nota do estudante no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil, em Brasília
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