sábado, 12 de janeiro de 2013

De tão poluído, ar em Pequim tem 'gosto' e causa perigos à saúde



A poluição do ar em Pequim chegou neste sábado a níveis considerados perigosos para a saúde humana.
As medições de estações oficiais e não oficiais de monitoramento indicam que a poluição deste sábado ultrapassa os níveis de perigo delimitados pela Organização Mundial da Saúde.
O ar tem até "gosto" de poeira de carvão e fumaça de automóveis, dizem correspondentes da BBC na capital chinesa, que está há dias coberta por uma pesada névoa. Por conta disso, só é possível enxergar alguns metros à frente no centro da cidade.
O crescimento econômico e o uso de matrizes energéticas poluentes deixaram o ar com péssima qualidade em diversas cidades chinesas.

BBC

Ambientalistas tentam minimizar impacto da expansão da soja


Foto de arquivo do Greenpeace mostra área desmatada para dar lugar a plantações de soja no Pará

Após se espalhar pelo Sul e Centro-Oeste nas últimas décadas, a soja agora avança pelo Norte e Nordeste brasileiros, mas encontra a resistência de ambientalistas, que tentam minimizar os impactos dessa expansão nos dois biomas mais diversos do país - a Amazônia e o Cerrado.

Em estudo publicado em 2012, a organização ambientalista WWF Brasil diz que hoje, entre os cinco Estados brasileiros que concentram os maiores focos de desmatamento em razão da soja, três são do Nordeste (Maranhão, Piauí e Bahia) e um da região Norte (Tocantins).

Ao avançar pela região, que entre estudiosos passou a ser chamada de Mapitoba (agregando as iniciais de cada Estado), a soja passa a ocupar o centro-norte do Cerrado, a última região do bioma em que ainda não estava presente.
O doutor em agroecologia Cássio Franco Moreira, coordenador do Programa Agricultura e Meio Ambiente do WWF Brasil, diz que hoje cerca de 50% do Cerrado já foi desmatado, "parte significativa em função da soja".
Segundo ele, pequenos e médios produtores têm promovido desmatamentos ilegais na Mapitoba, que abriga as últimas áreas de Cerrado intactas.
Por ora, no entanto, ele diz que o plantio de soja na região é praticado em sua maioria por grandes produtores. Esses, afirma, são mais capazes de arcar com os desafios logísticos da região e costumam respeitar a legislação ambiental.
A postura reflete as cada vez maiores exigências de compradores, que não querem ser associados à destruição do meio ambiente.

Pastagens

Ainda assim, de acordo com o Código Florestal atual, propriedades no Cerrado podem usar até 65% de suas terras para a atividade agropecuária, o que abre margem para novos desmates, ainda que legais. Somente 3% do território do Cerrado está protegido por unidades de conservação federal ou estadual.
Moreira diz, porém, que o Brasil poderia expandir plantações de soja sem desmatar nada. Ele cita cálculo do governo federal que apontou a existência de 200 milhões de hectares de pastagens no Brasil.
Segundo ele, é possível transformar até 30% das áreas hoje ocupadas por pastos em plantações, sem prejuízos para os pecuaristas. "Há incentivos financeiros do governo para que isso ocorra."
Enquanto isso, diz o coordenador da WWF, instituições ambientalistas têm negociado com grandes compradores mundiais da soja a conservação de áreas prioritárias do Cerrado.
Hoje, os compradores já concordaram em proibir a comercialização de soja produzida em áreas de floresta recém-desmatada, o que inclui área do Cerrado conhecida como Cerradão. Agora os ambientalistas tentam incluir na lista regiões do Cerrado com vegetação mais baixa e rala.
Caso consigam, Moreira prevê que, até 2023, serão desmatados 3% adicionais da área de Cerrado.
"Se expandirmos a produção de acordo com essas regras e se houver respeito ao Código Florestal, em dez anos podemos ter condições de negociar um desmatamento zero."