quarta-feira, 20 de junho de 2012

O poder da vírgula






















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imagem da internet.

Chá pode aumentar risco de câncer de próstata, indica pesquisa


Uma equipe da Universidade de Glasgow, na Escócia, fez um acompanhamento do estado de saúde de 6 mil voluntários do sexo masculino ao longo de 37 anos.
Eles descobriram que homens que bebiam sete xícaras de chá preto por dia - consumo relativamente normal nos países da Comunidade Britânica - tinham 50% a mais de chance de desenvolver câncer de próstata do que aqueles que não tomavam chá.

O câncer de próstata é causa de câncer mais comuns entre homens na Escócia e casos registrados de pessoas com a doença no país tiveram um aumento de 7,4% entre 2000 e 2010.
A pesquisa teve início em 1970 e analisou dados de 6.016 voluntários com idades que variavam entre 21 e 75 anos.


bbc brasil

Jardins de chuva permitem redução de alagamentos


As chuvas estão trazendo grandes problemas para as cidades, sobretudo para as grandes metrópoles. Mas não dá para culpar apenas a natureza pelos alagamentos que tanto atrapalham a vida da população. A urbanização tem deixado as cidades cada vez mais cheias de concreto, dificultando o escoamento das águas nos dias chuvosos. Sem ter como entrar no solo, resta à água se espalhar pelas ruas. Para tentar compensar um pouco os impactos negativos das áreas urbanas e tentar resgatar o ciclo natural da água, pesquisadores do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vêm trabalhando com duas técnicas que tentam facilitar a infiltração das águas da chuva: jardins de chuva e pavimentos permeáveis.

Ter um jardim em casa ou no prédio já é bem melhor do que ter apenas concreto. Mas a taxa de infiltração de água num jardim comum é bem pequena. A penetração da água na terra ocorre mais rapidamente nos primeiros minutos de chuva, mas logo o solo atinge a saturação. Sem conseguir se infiltrar, a água termina correndo para a rua e provocando os alagamentos. Uma boa saída para fazer o jardim absorver mais água é cavar até um metro de profundidade e preencher esse espaço com areia e brita. Na parte superior, coloca-se terra com adubo e a cobertura vegetal. Está pronto o "jardim de chuva".

"Dessa forma você cria um reservatório e permite que a água fique armazenada e depois vá se infiltrando lentamente entre os espaços vazios no meio da areia e da brita. É uma forma simples de ajudar a reduzir os alagamentos", atesta o professor Jaime Cabral, que é coordenador do grupo de Recursos Hídricos do curso de Engenharia Civil da UFPE.

Segundo o levantamento feito pelos doutorandos, os jardins de chuva são viáveis tanto em canteiros públicos quanto em residências. "Além de a execução ser bem simples, brita e areia são materiais bastante acessíveis. Qualquer pessoa pode fazer em casa. E não precisa fazer todo o jardim dessa forma. Um pequeno trecho já favorece a infiltração", esclarece o pesquisador e engenheiro civil.
A manutenção do jardim também é simples. Basta remover pedregulhos, folhas e lixos. Apesar de pouco difundidos nacionalmente, os jardins de chuva já são bastante comuns na Austrália, Nova Zelândia, nos Estados Unidos, na França e Alemanha.

Já o pavimento permeável consiste em trocar os blocos de concreto por blocos porosos, que deixam espaço para colocar um pouco de terra e plantar em cima. Na parte de baixo, coloca-se uma camada de areia e uma camada de brita, assim como nos jardins de chuva.

do ne10

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nasa descobre fitoplâncton debaixo do gelo do Ártico


Uma missão da Nasa descobriu uma enorme quantidade de fitoplâncton, algas vitais para a cadeia alimentar dos oceanos, no lugar menos esperado: debaixo do gelo do Ártico, segundo um estudo publicado esta quinta-feira pela revista Science.

Uma equipe da Nasa foi enviada ao mar de Chukchi, litoral do Alasca, noroeste do continente americano, onde encontrou uma biomassa de fitoplâncton que se estende por 100 km na plataforma de gelo, informou o chefe da missão, Kevin Arrigo.

"Ficamos atônitos. Foi completamente inesperado. Foi, literalmente, o florescimento de fitoplâncton mais intenso que vi nos 25 anos que faço este tipo de pesquisa", afirmou o cientista da Universidade de Stanford, na Califórnia.

"Como os tomates numa horta, todo fitoplâncton requer luz e nutrientes para crescer", explicou Arrigo. "Supunha-se que havia muito pouca luz debaixo do gelo e não esperávamos ver muitas destas algas".

Para a missão, chamada "Impacto da Mudança Climática nos Ecossistemas e a Química do Meio Ambiente Ártico do Pacífico" (ICESCAPE), os cientistas realizaram expedições entre junho e julho de 2010 e 2011.

Arrigo disse que a descoberta provocou uma mudança fundamental na compreensão do ecossistema do Ártico, que era considerado frio e desolado.

Esta pode ser a maior concentração de fitoplâncton do mundo, afirmou Arrigo, que se surpreendeu que tenha crescido sob uma camada de gelo marinho tão grossa quanto a altura de uma criança de cinco anos.

Esta descoberta sugere que o Oceano Ártico é mais produtivo do que se acreditava, apesar de serem necessários mais estudos para determinar como este fitoplâncton sob o gelo influi nos ecossistemas locais.
Fonte: AFP

Relatório aponta pouco avanço em metas ambientais


RIO - Das 90 metas ambientais mais importantes traçadas pelos países nos últimos 40 anos, só quatro avançaram significativamente. Divulgada na quarta (6), a conclusão do Panorama Ambiental Global (GEO-5), análise cuidadosa feita por cientistas de todo o mundo a cada cinco anos, e coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), fez soar o alerta a uma semana da Rio+20: de nada adiantam os acordos se não houver prazos, monitoramento e cobrança.
O relatório, que consumiu dois anos e meio de trabalho de mais de 300 especialistas, aponta desafios já conhecidos, como as mudanças climáticas (há perspectiva de aumento de três graus ou mais na temperatura global até o fim do século), a perda progressiva de biodiversidade (cerca de 20% das espécies de vertebrados estão ameaçadas) e a escassez de água (mais de 600 milhões de pessoas não terão acesso à água potável segura até 2015).
O diagnóstico será enviado aos mais de 180 representantes de governos presentes à Rio+20. A ONU espera que os dados - em sua maioria, alarmantes, apesar de alguns aspectos positivos na comparação com os GEOs anteriores, como a redução do desmatamento na Amazônia e o esforço chinês para o reflorestamento, a diminuição da poluição do ar e os investimentos em energias renováveis - impactem as decisões. No entanto, não há garantias..
Entre as 90 metas, as quatro bem sucedidas foram o fim da produção de substâncias que destroem a camada de ozônio, a eliminação do uso do chumbo em comestíveis, a melhoria do acesso à água e o incremento nas pesquisas para reduzir a poluição. Já nas áreas de preservação de estoques de peixes e de freio nos processos de desertificação, secas e de mudanças climáticas não houve avanço. Em 24 metas verificou-se pouco ou nenhum avanço e em oito, entre elas a relacionada às condições dos recifes de coral no mundo, uma piora do quadro em relação aos relatórios anteriores.
O momento é, portanto, de urgência na reversão de danos e do modelo de desenvolvimento atual para um que contemple a sustentabilidade. Para tanto, o GEO-5 explicita a necessidade de objetivos claros, de curto e longo prazo, com previsão de sanções - justamente um dos pontos frágeis da Rio+20. Segundo o relatório, decisões acertadas de governos são responsáveis por 39% das políticas que se provaram bem sucedidas; enquanto isso, dependem de empresas e das comunidades apenas 22% delas.
"Não tivemos mais avanços porque os governos não abraçaram o desenvolvimento sustentável. Essa é a primeira vez em que, desde o início da discussão, as áreas econômica e ambiental estão juntas", apontou Henrietta Elizabeth Thompson, coordenadora executiva da ONU para a Rio+20. O capítulo dedicado à América Latina e Caribe - região detentora de um terço da água do planeta e um quarto das florestas - lista como maior problema a ser combatido a desigualdade social.
Por Roberta Pennafort (Agência Estado)