quarta-feira, 27 de abril de 2011

Brasil assume a ponta na corrida mundial pela criação de empresas


Só em 2010, o país ganhou 21 milhões de novos empresários; com isso, o Brasil acaba de assumir a liderança em uma pesquisa mundial

Da Redação do G1
Vencemos os americanos, goleamos os argentinos e somos maiores que os chineses. O assunto não é esporte. Trata-se de trabalho e negócios. Em nenhum outro lugar do mundo, cresce tanto o número de empreendedores. O Brasil assume a ponta na corrida mundial pela criação de empresas. A maioria está nascendo para atender novas necessidades do mercado.

Para alguns falta coragem. “Tenho medo de investir em uma coisa e não sair, não dar certo”, confessa uma senhora. Para outros, falta o dinheiro, que é o importante. Mas vontade muita gente tem. “Eu tinha vontade de abrir uma fábrica de sorvetes”, conta um rapaz. “Um restaurante”, diz outro.

Mais do que vontade, abrir uma empresa é uma realidade para um número cada vez maior de brasileiros. Só em 2010, o país ganhou 21 milhões de novos empresários. Com isso, o Brasil acaba de assumir a liderança em uma pesquisa mundial que conta o número e a qualidade dos empreendedores em 60 países.

O resultado é o melhor dos últimos 11 anos. O Brasil tem 17,5% da população adulta planejando ou já abrindo uma nova empresa. Ultrapassou países como China (14,4%), Argentina (14,2%), Austrália (7,8%) e Estados Unidos (7,6%). O ambiente econômico favorável tem contribuindo não só para a abertura, mas para evitar o fechamento das novas empresas.

“Eram 50% em 2005 e caiu para 22%. Melhorou bastante o índice de sobrevivência das empresas em até dois anos”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

A motivação para abrir um negócio também vem mudando. Há dez anos era o desemprego e a necessidade. Hoje, de cada três pessoas que abrem uma empresa, duas fazem isso porque identificaram uma boa oportunidade. Foi o que aconteceu com a empresária Amália Maldonado, que estava empregada e teve o estalo enquanto aprendia a dirigir.

“Eles falam do impacto de um corpo solto dentro de um carro na hora de um acidente. Aí eu pensei em um cachorro e percebi que existia uma oportunidade de negócio”, lembra Amália.

O especialista em segurança automotiva virou sócio. A empresa, que começou fazendo 70 cintos, hoje chega a cinco mil peças por mês. Não é fácil, mas dando um passo de cada vez... “O futuro dessa empresa vai ser vender cinto de segurança para cachorro”, ri Amália.

Muitas empresas no Brasil começam com menos de R$ 10 mil, geralmente emprestados pela família do empreendedor.

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