terça-feira, 7 de junho de 2011

Mais um porto para Pernambuco


e o meio ambiente?


O governo do Estado revelou detalhes, na tarde desta segunda, do projeto do porto que pretende construir, numa parceria público-privado (PPP), no estuário do Rio Itapeçoca, em Goiana, Litoral Norte de Pernambuco. Mas não disse ainda quanto de manguezal vai aterrar, quanto de Mata Atlântica vai desmatar e quantos pescadores vai desalojar sem ter um local para transferi-los. Tudo isso ocorreu no Porto de Suape, sendo a compensação ambiental pelos impactos quase nula, como admite o próprio governo.

Agora é a oportunidade do governador mostrar que pode, sim, construir um porto cumprindo a legislação ambiental e respeitando as populações tradicionais. É só contratar gente qualificada  na área ambiental, e não técnicos especializados em driblar a legislação ambiental em favor da iniciativa privada, a exemplo da equipe que está no comando da CPRH, e, claro, ter vontade política. Esta é a hora de Eduardo Campos comprovrar se internalizou mesmo na sua administração a sustentabilidade ambiental ou se a recém-criada Secretaria de Meio Ambiente é apenas de fachada, uma vitrine para mascarar os tropeços na área ambiental.

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