Região concentra reservas inexploradas de recursos minerais |
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta sexta-feira que o país planeja criar duas brigadas militares especializadas para a região do Ártico, local que tende a se tornar um polo de disputa regional.
O anúncio ocorre um dia depois de o premiê russo, Vladimir Putin, ter dito que a Rússia pretende “expandir sua presença no Ártico” e defender “forte e persistentemente” seus interesses na região.
Com o derretimento de geleiras no Polo Norte, diversos países – como Estados Unidos, Dinamarca, Canadá e Noruega – têm reclamado soberania sobre partes do Ártico, onde acredita-se que haja significativas reservas inexploradas de petróleo e gás.
Putin destacou que está “aberto ao diálogo com os parceiros estrangeiros, com nossos vizinhos do Ártico”, mas que vai defender seus próprios “interesses geopolíticos”.
Segundo o ministro russo da Defesa, Anatoly Serdyukov, disse à imprensa estatal, a Rússia está agora avaliando detalhes sobre as brigadas, como número de soldados, tipos de armas que serão usadas e onde serão suas bases.
O correspondente da BBC em Moscou, Daniel Sandford, disse que os planos russos de enviar tropas ao Ártico ainda parecem estar em estágio inicial, ainda que relatos anteriores citassem apenas o envio de uma brigada, em vez de duas.
Dinamarca
Em maio passado, o governo da Dinamarca revelou planos de reivindicar uma grande área localizada no oceano Ártico.
"Esperamos que a Dinamarca consiga ser bem-sucedida na reivindicação de uma área que, entre outras coisas, inclui o Polo Norte", disse a ministra das Relações Exteriores dinamarquesa, Lene Espersen, em comunicado.
Além de recursos minerais, o derretimento do gelo no Ártico vai viabilizar novas rotas comerciais para navios e locais de pesca.
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