Como parte das comemorações do 50º aniversário da construção do Muro de Berlim, no dia 13 de agosto de 1961, as autoridades alemãs prometem restaurar alguns trechos que ameaçam desabar.
Os restos do Muro situados na Bernauer Strasse, onde ocorreu a maior parte das fugas de pessoas da então Alemanha Oriental, RDA, para a Ocidental, entre 1961 e 1989, e onde funciona atualmente um centro de documentação, estão sendo "reforçados", explicou o chefe das obras, Gunter Schlusche.
Ele lembrou que os turistas levavam partes do Muro como recordação, após a sua queda em 9 de novembro de 1989, "ao que acrescentamos a deterioração natural".
O Muro foi erguido pelo governo da RDA para impedir a fuga de seus cidadãos, dividindo a cidade de Berlim em duas partes, durante mais de 28 anos, até que foi derrubado.
De seus 155 km originais, restam apenas três quilômetros dispersados pela cidade.
A poucos dias do 50º aniversário da construção, no entanto, uma ampla maioria (83%) dos ex-alemães orientais acham que ainda existe um "muro invisível" entre o leste e o oeste, segundo uma pesquisa recente.
Apenas 15% das pessoas ouvidas pensam o contrário, segundo uma enquete realizada em junho para a revista "Super Illu", que circula no território da extinta Alemanha Oriental.
Paralelamente, um em cada cinco alemães do leste dizem compreender as razões da edificação do muro.
Um total de 20% dos entrevistados acha, de fato, que "a RDA tinha, enquanto Estado soberano, o direito de proteger suas fronteiras".
Ao contrário, 72% dizem não compreender esse direito porque a existência do muro "foi motivo de um um enorme sofrimento e nenhum Estado tem o direito de prender seus cidadãos".
No dia 26 de junho de 1963, o presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy, em visita oficial à Alemanha Federal, fez, diante do muro de Berlim um histórico discurso, comparando a construção a uma afronta à consciência do mundo.
"Ich bin ein Berliner" (Sou um berlinense), disse JFK em alemão, recebendo um estrondoso aplauso das 500.000 pessoas que o ouviam. A mensagem era clara: os Estados Unidos defenderiam Berlim Ocidental como se fosse seu próprio território.
Mas, hoje, apenas alguns vestígios delatam que uma vez existiu o muro da vergonha: um muro duplo - com um espaço de 300 metros entre um e outro - de 155 km de comprimento, 43 dos quais cortavam Berlim de norte a sul e os outros 112 separavam Berlim Ocidental do território da RDA. 106 km eram formados por placas de concreto de 3,60 m de altura completadas com um cilindro para tornar impossível a escalada. O restante era de arame farpado. Possuía 302 torres de observação, 127 km de cercas de detecção e de alarme, 259 pistas para cães farejadores, 105 km de fossas anticarros, eenquanto sete regimentos de 1.000 a 1.200 soldados se encarregavam da vigilância.
A noite de 9 de novembro de 1989 pôs fim a um longo êxodo de alemães orientais, que se valendo os métodos mais diversificados, simples ou sofisticados, se lançaram durante 28 anos à aventura de atravessar o muro por cima ou por baixo: 239 pessoas morreram nessa tentativa e 4.000 conseguiram chegar ao lado ocidental.
A queda do muro de Berlim começou com a política de liberalização e reestruturação - glasnost e perestroika - lançada pelo então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), Mikhail Gorbachov.
A abertura no mundo socialista impulsionou milhares de cidadãos da República Democrática Alemã (RDA) a marchar para a fronteira com a Hungria, cujas autoridades terminaram - em setembro de 1989 - a lhes dar passagem para a Áustria, onde lotaram a sede da embaixada da outra Alemanha, a República Federal (RFA), à procura de asilo: 51.500 pessoas conseguiram passar, então, para o lado ocidental.
O Muro foi erguido pelo governo da RDA para impedir a fuga de seus cidadãos, dividindo a cidade de Berlim em duas partes, durante mais de 28 anos, até que foi derrubado.
De seus 155 km originais, restam apenas três quilômetros dispersados pela cidade.
A poucos dias do 50º aniversário da construção, no entanto, uma ampla maioria (83%) dos ex-alemães orientais acham que ainda existe um "muro invisível" entre o leste e o oeste, segundo uma pesquisa recente.
Apenas 15% das pessoas ouvidas pensam o contrário, segundo uma enquete realizada em junho para a revista "Super Illu", que circula no território da extinta Alemanha Oriental.
Paralelamente, um em cada cinco alemães do leste dizem compreender as razões da edificação do muro.
Um total de 20% dos entrevistados acha, de fato, que "a RDA tinha, enquanto Estado soberano, o direito de proteger suas fronteiras".
Ao contrário, 72% dizem não compreender esse direito porque a existência do muro "foi motivo de um um enorme sofrimento e nenhum Estado tem o direito de prender seus cidadãos".
No dia 26 de junho de 1963, o presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy, em visita oficial à Alemanha Federal, fez, diante do muro de Berlim um histórico discurso, comparando a construção a uma afronta à consciência do mundo.
"Ich bin ein Berliner" (Sou um berlinense), disse JFK em alemão, recebendo um estrondoso aplauso das 500.000 pessoas que o ouviam. A mensagem era clara: os Estados Unidos defenderiam Berlim Ocidental como se fosse seu próprio território.
Mas, hoje, apenas alguns vestígios delatam que uma vez existiu o muro da vergonha: um muro duplo - com um espaço de 300 metros entre um e outro - de 155 km de comprimento, 43 dos quais cortavam Berlim de norte a sul e os outros 112 separavam Berlim Ocidental do território da RDA. 106 km eram formados por placas de concreto de 3,60 m de altura completadas com um cilindro para tornar impossível a escalada. O restante era de arame farpado. Possuía 302 torres de observação, 127 km de cercas de detecção e de alarme, 259 pistas para cães farejadores, 105 km de fossas anticarros, eenquanto sete regimentos de 1.000 a 1.200 soldados se encarregavam da vigilância.
A noite de 9 de novembro de 1989 pôs fim a um longo êxodo de alemães orientais, que se valendo os métodos mais diversificados, simples ou sofisticados, se lançaram durante 28 anos à aventura de atravessar o muro por cima ou por baixo: 239 pessoas morreram nessa tentativa e 4.000 conseguiram chegar ao lado ocidental.
A queda do muro de Berlim começou com a política de liberalização e reestruturação - glasnost e perestroika - lançada pelo então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), Mikhail Gorbachov.
A abertura no mundo socialista impulsionou milhares de cidadãos da República Democrática Alemã (RDA) a marchar para a fronteira com a Hungria, cujas autoridades terminaram - em setembro de 1989 - a lhes dar passagem para a Áustria, onde lotaram a sede da embaixada da outra Alemanha, a República Federal (RFA), à procura de asilo: 51.500 pessoas conseguiram passar, então, para o lado ocidental.
Fonte: AFP
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