O foco da atenção, o bóson de Higgs, é uma partícula subatômica, cuja existência poderia explicar por que alguns objetos no universo têm massa, enquanto outros possuem apenas energia. Trata-se de uma peça crucial, e ainda não encontrada, para a compreensão dos cientistas sobre como o universo foi criado e sua descoberta pode representar uma das maiores realizações da física moderna.
Pesquisadores da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, também conhecida pela sigla Cern, dizem ter compilado grandes quantidades de dados que mostram pegadas e sombras da partícula, provando sua existência, embora a partícula em si numa tenha sido realmente vista.
Ninguém sabe qual seria a massa de um bóson de Higgs. Então, os cientistas buscam a partícula de forma indireta, chocando partículas umas contra as outras em gigantes colisores e observando quais outras partículas subatômicas são criadas no processo.
O colisor do Cern, uma instalação de US$ 10 bilhões conhecida como Grande Colisor de Hádrons, instalado na fronteira entre França e Suíça, realiza colisões de prótons para investigar a matéria negra, a antimatéria e a criação do universo, que segundo muitos cientistas ocorreu após uma enorme explosão, conhecida como Big Bang.
Oficialmente, o Cern apresenta as evidências da existência da partícula nesta semana, durante uma conferência sobre física na Austrália, mas planeja acompanhar o anúncio com reuniões em Genebra. Dois grupos independentes de cientistas que trabalham no projeto, ATLAS e CMS, pretendem anunciar publicamente mais dados sobre o bóson de Higgs durante reuniões em outubro e dezembro. Cada um dos grupos compreende milhares de pessoas, que trabalham independentemente, para assegurar a precisão dos dados. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Fonte: Agência Estado
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