- As árvores da Floresta Amazônica são responsáveis por boa parte das chuvas em território brasileiro. Nas contas do ambientalista Gerard Moss, que atua no projeto "Rios Voadores", elas garantem 44% das chuvas de todo Brasil. A base do projeto é a cidade de Cuiabá. Por sua posição geográfica, ela é ideal para o monitoramento da umidade que desce da Floresta Amazônica.
As gotículas de árvores evaporadas acabam se deslocando por milhares de quilômetros. Por isso são chamados de rios voadores. Em uma gota d'água são várias informações sobre o clima brasileiro. A bordo de um monomotor, Moss percorre o Brasil estudanto as correntes de ar. São elas que carregam a umidade da Floresta Amazônica.
A aeronave contém equipamentos que conseguem sugar pequenas partículas de água. Coletadas, elas passam por uma série de análises. Temperatura e umidade contam muito para essa captação. Só assim é possível descobrir a origem da chuva. A coleta é feita uma vez ao mês. Os pesquisadores ficam de olho nas condições do tempo.
- A gente aproveita muito das condições ideias para o fenômeno Rios Voadores quando a corrente vem da Amazônia e passa por Cuiabá. A gente vai seguindo nesse rio voador - diz o pesquisador.
São essas coletas que já revelaram dados importantes. Por exemplo, a maior parte da água vem das árvores. Cada uma delas seria capaz de eliminar para a atmosfera mil litros por dia. A coleta de dados ainda não terminou, mas o pesquisador acredita que os rios voadores possam ter o maior volume de águas do mundo.
- O bem-estar das pessoas depende do que acontece na Amazônia. O desmatamento e as mudanças climáticas podem alterar esse equilíbrio que existe entre as chuvas e a umidade - diz Moss.
Verônica Falcão
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