Criado sob a égide do igualitarismo, o Partido Comunista da China chega hoje aos 90 anos no comando de uma sociedade na qual a distância entre ricos e pobres é cada vez maior e os antigos inimigos da classe operária - os empresários - estão entre os beneficiários do espetacular crescimento do país.
Enriquecer é a nova ideologia dos chineses. A maioria está mais preocupada com a inflação e com o exorbitante preço dos imóveis do que com as campanhas inspiradas na herança maoista. “Muitos se importam com o partido, seja porque não há outra alternativa, seja porque ele serviu bem à China, mas poucos amam o partido”, disse à reportagem a escritora Lijia Zhang, autora de A Garota da Fábrica de Mísseis, em que relata sua experiência como operária em um estatal chinesa nos anos 80.
A China comunista tem o maior número de bilionários do mundo depois dos EUA e seus endinheirados transformaram o país no segundo maior mercado para produtos de luxo do planeta, atrás apenas do Japão. Com 80 milhões de filiados, o partido criou uma elite que controla as gigantescas estatais e dirige negócios lucrativos. “Os filhos da maioria dos líderes comunistas são empresários bem-sucedidos. O partido se transformou na nova aristocracia do país”, disse o analista Willy Lam.
O ingresso no partido é visto como passaporte para bons empregos e conexões com o poder que podem resultar em benefício econômico. A organização, porém, não está aberta a todos. Pelo menos 21 milhões de chineses apresentaram requerimento para entrar no partido no ano passado, mas apenas 3 milhões foram aceitos.
A prosperidade da “aristocracia vermelha”, associada à corrupção generalizada e ao abuso de poder, alimenta o ressentimento dos “excluídos”, que se manifesta no crescente número de protestos em todo o país. O primeiro-ministro Wen Jiabao está longe de defender mudanças que coloquem em risco a posição do Partido, mas é visto como um dos mais “progressistas”. Por isso mesmo, Wen parece ser uma voz isolada no Comitê Permanente do Politburo o grupo de nove pessoas que manda na China.
Enriquecer é a nova ideologia dos chineses. A maioria está mais preocupada com a inflação e com o exorbitante preço dos imóveis do que com as campanhas inspiradas na herança maoista. “Muitos se importam com o partido, seja porque não há outra alternativa, seja porque ele serviu bem à China, mas poucos amam o partido”, disse à reportagem a escritora Lijia Zhang, autora de A Garota da Fábrica de Mísseis, em que relata sua experiência como operária em um estatal chinesa nos anos 80.
A China comunista tem o maior número de bilionários do mundo depois dos EUA e seus endinheirados transformaram o país no segundo maior mercado para produtos de luxo do planeta, atrás apenas do Japão. Com 80 milhões de filiados, o partido criou uma elite que controla as gigantescas estatais e dirige negócios lucrativos. “Os filhos da maioria dos líderes comunistas são empresários bem-sucedidos. O partido se transformou na nova aristocracia do país”, disse o analista Willy Lam.
O ingresso no partido é visto como passaporte para bons empregos e conexões com o poder que podem resultar em benefício econômico. A organização, porém, não está aberta a todos. Pelo menos 21 milhões de chineses apresentaram requerimento para entrar no partido no ano passado, mas apenas 3 milhões foram aceitos.
A prosperidade da “aristocracia vermelha”, associada à corrupção generalizada e ao abuso de poder, alimenta o ressentimento dos “excluídos”, que se manifesta no crescente número de protestos em todo o país. O primeiro-ministro Wen Jiabao está longe de defender mudanças que coloquem em risco a posição do Partido, mas é visto como um dos mais “progressistas”. Por isso mesmo, Wen parece ser uma voz isolada no Comitê Permanente do Politburo o grupo de nove pessoas que manda na China.
Fonte: Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário