terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lei determina caixa exclusivo para quem carrega sacolas retornáveis



Agora é lei: supermercados do Recife são obrigados a destinar caixa exclusivo para clientes que carregam as compras em sacolas retornáveis. Está no Diário Oficial desta terça, 30.
Se a lei vai ser seguida, aí já é outro assunto. O Brasil, como se sabe, é o país de legislação ambiental avançada, mas são poucas as leis, decretos e afins cumpridos, sem falar em outro mal brasileiro que é a eterna falta de fiscalização que permite o livre acesso de infinitas questões irregulares. E, quando o poder público tentar por em prática, os infratores conseguem derrubar na Justiça as multas, as ações civis públicas, quase tudo. Aí está o exemplo do Código Florestal, de 1965, que além de nunca ter sido cumprido à risca ainda está sendo esfacelado no Congresso Nacional.


editado por Diego f Ramalho

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dia Nacional de Combate ao Fumo



O tabagismo é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Estima-se que no país ocorram 200 mil falecimentos por ano, em consequência do cigarro.
Os males causados pelo hábito de fumar incluem câncer de pulmão, doença coronariana, doença pulmonar obstrutiva crônica, e doença cérebro-vascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem.
Uma pesquisa realizada entre 2002 e 2003 com pessoas de 15 anos ou mais, em 15 capitais brasileiras, mostrou que Porto Alegre tem o maior índice de fumantes do país.
Mesmo assim, o consumo tem se mantido estável. Isto porque o cigarro causa dependência química, o que torna difícil para o fumante abandonar o hábito. No cigarro, assim como em todos os outros derivados do tabaco, a nicotina faz o papel de vilã.
Esta droga é uma substância psicoativa, ou seja, produz sensação de prazer, o que pode induzir o abuso e a dependência. Com o tempo, o fumante necessita de cada vez mais doses da substância para proporcionar aquela sensação inicial de prazer.
O aumento no consumo agrava a dependência, o que aumenta as possibilidades de se contrair doenças debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte.
Mas parar de fumar não é impossível. Confira aqui as dicas do Ministério da Saúde para se livrar deste vício e levar uma vida muito mais saudável!


domingo, 28 de agosto de 2011

Caminho da Escola distribui 300 bicicletas em região administrativa do Distrito Federal




 
 
Estudantes do Recanto das Emas, região administrativa do Distrito Federal (DF), no dia (26) 300 bicicletas para ir á escola e voltar. A iniciativa é parte do programa Caminho da Escola – Bicicleta Escolar do DF, lançado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo governador Agnelo Queiroz nos centros de Ensino Médio 804 e 111. O objetivo é facilitar o percurso de ida e volta de alunos que residem a até 7 quilômetros de distância da escola.

“O Distrito Federal é o primeiro do país a aderir ao Programa Bicicleta Escolar. Com esse meio de transporte, estamos estimulando os alunos a andar de bicicleta. Além de ser um instrumento saudável, que estimula a prática de atividade física, a bicicleta não polui o meio ambiente”, disse Agnelo, e ainda serve de alternativa para o transito.

Para o ministro Fernando Haddad, a adoção do programa é uma forma de  mostrar ao país que os brasilienses têm maturidade no trânsito. “Com essa iniciativa, vamos facilitar o acesso dos estudantes à escola e cultivar o respeito dos motoristas pelos ciclistas.

Maria Eduarda, de 16 anos, cuja casa fica a 5 quilômetos do Centro de Ensino Médio 804, onde estuda, ressaltou que, com o programa, haverá melhora de vida para os estudantes. “É muito bom receber uma bicicleta para ir à escola, pois eu sempre ia a pé e demorava, em média, 20 minutos para chegar. De bicicleta, levarei uns dez minutos, ganharei resistência e melhora de vida”, disse ela.

As bicicletas do programa são amarelas, têm detalhes em preto e estão sendo entregues com o capacete, para garantir a segurança do ciclista. Para receber a bicicleta, o aluno firma um termo de compromisso no qual se responsabiliza pelo uso e pela conservação dos equipamentos, pois, no fim do ano, terá que devolvê-los à escola, que os repassará a outro estudante.

O Recanto das Emas foi a região administrativa escolhida o para início da distribuição das bicicletas porque tem 36 quilômetros de ciclovia. Até o fim deste ano, o programa distribuirá, em todo o Distrito Federal, inclusive na zona rural, cerca de 3 mil bicicletas.

O programa foi instituído por meio de parceria entre a Secretaria de Educação e o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e tem apoio do Ministério da Educação.

Da Agência Brasil
Edição: Diego f ramalho

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Carros são opção da minoria nas cidades brasileiras


Daniel Santini



Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, praticamente uma em cada três pessoas (32%) gasta mais de 1 hora por dia no deslocamento da residência para o trabalho ou para escola. Nas cidades menos populosas, a média cai para praticamente uma em cada quatro pessoas (24%). As estimativas fazem parte de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) ao Ibope, intitulada Retratos da Sociedade Brasileira: Locomoção Urbana (disponível na íntegra em PDF aqui). O estudo foi divulgado na semana passada. 


A pesquisa apresenta resultados semelhantes aos dois estudos publicados este ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que podem ser acessados a partir de dois textos publicados no Outras Vias: "Ônibus, caminhadas e bikes, a opção da maioria" e "Percepções distorcidas e a realidade no trânsito". Além da quantidade absurda de tempo perdida no trânsito nas metrópoles, que representa queima exagerada de recursos naturais renováveis ou não, e emissões desnecessárias de poluentes, o dado que mais chama atenção é, de novo, como se formam os congestionamentos que prejudicam a sociedade como um todo. Os carros, que entopem ruas e avenidas, provocam engarrafamentos intermináveis e causam grave impacto ambiental, não são, ao contrário do que se costuma pensar, a opção da maioria. As cidades não travam porque todo mundo tem carro. São minoria os que optam (ou podem) por utilizar veículos individuais privados.


Aliás, vale aproveitar os dados da CNI-Ibope para analisar quem são os responsáveis pela degradação ambiental das cidades, os principais emissores de poluição no ar que todos respiram. Dos que mantêm carros nas cidades brasileiras, 51% tem ensino superior e 27% ensino médio completo. É gente que teve chance de estudar e aprender sobre a importância de se respeitar a natureza. Além de mais educados, são também os mais ricos os que se deslocam prioritariamente em automóveis privados nas cidades brasileiras. Nada menos do que 81% dos proprietários de carros tem renda superior a 10 salários mínimos. 

Estudos como estes podem ajudar a questionar os investimentos públicos feitos na área de transporte urbano. Apesar de serem opção de uma minoria, de provocarem graves impactos ambientais (não só na qualidade do ar, mas também provocando barulho e degradação de áreas de convivência e moradia), os carros seguem recebendo atenção especial dos planejadores urbanos brasileiros em todos os níveis administrativos. Técnicos mais preocupados em garantir a fluidez nas ruas do que em diminuir o número absurdo de mortes no trânsito, aliados a políticos conscientes do efeito eleitoral de grandes obras, insistem na ampliação de avenidas, na construção de túneis e viadutos. O transporte individual recebe a maior fatia de recursos e investimentos em transporte coletivo seguem em segundo plano.