quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dia Nacional da Caatinga






Nesta quinta, 28 de abril,  se comemora o Dia Nacional da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. A data foi instituída em 2003, por decreto federal, em alusão ao nascimento do ecólogo pernambucano João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989). Professor da UFRPE, ele estudou a caatinga e a desertificação. 



Nesta quinta, 28 de abril,  se comemora o Dia Nacional da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. A data foi instituída em 2003, por decreto federal, em alusão ao nascimento do ecólogo pernambucano João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989). Professor da UFRPE, ele estudou a caatinga e a desertificação. 

A caatinga, palavra originária do tupi-guarani que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. 

As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25° C e 29° C. O clima é semiárido e o solo, raso e pedregoso, composto por vários tipos diferentes de rochas. 

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais. 

As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes. 

As chuvas ocorrem no início do ano e o poder recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. 

A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda e escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos índices de mortalidade infantil. 

Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura se destaca na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente com o Parnaíba. 

Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e a pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.

Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorros do mato, arara azul, (ameaçada de extinção), sapo cururu, asa branca, cutia, gambá, preá, veado catingueiro, tatupeba, sagui do nordeste, entre outros animais.












Diego F. Ramalho






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