Recentemente, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, apresentou uma série de propostas para as escolas ficarem atentas a possíveis transtornos psiquiátricos que crianças e adolescentes possam apresentar.
Entre as sugestões do médico, estão a preparação de professores para identificar os alunos que demonstram transtornos mentais, a criação de comitês antibullying nas escolas, o apoio ao estudante que apresentar mal desempenho e principalmente àquele que demonstrar qualquer síndrome psiquiátrica – condição que requer encaminhamento para diagnóstico e tratamento adequado.
Esse comunicado foi dado no dia 18 de abril, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, do Senado, proposta pelo Senador Paim (PT/RS). A atitude de Antônio Geraldo da Silva, diante de condutas oportunas com as crianças que possivelmente sofrem de transtornos mentais, vem em boa hora. Afinal, não faz muito tempo que a própria ABP, em parceria com o Ibope, divulgou os resultados de uma pesquisa que avaliou a saúde mental da garotada brasileira.
Segundo o estudo, 12,6% das mães entrevistadas relataram ter um filho com sintomas de transtorno mental importante, ao ponto de necessitar tratamento ou auxílio especializado. Em números, esse percentual equivale a cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes (6 a 17 anos).
Desse número, 28,9% não conseguiram ou não tiveram acesso a atendimento público, enquanto que 46,7% obtiveram tratamento no Serviço Único de Saúde (SUS) e outros 24,2% através de convênio ou profissional particular.
Durante a audiência do dia 18 de abril, Antônio Geraldo também solicitou que todos se unam à ABP para acabar com o estigma que hoje existe em torno da psiquiatria. “É intolerável o preconceito, o estigma a quem padece de doenças mentais. É preciso acabar com toda e qualquer forma de preconceito que, na psiquiatria, todos sofrem, desde quem trata, até o doente que é tratado”, relata.
Meu Deus!
ResponderExcluirProfessor não é psiquiatra, sofremos muito com crianças problemáticas, mas não temos apoio nenhum no sentido de entender e ajudar essas crianças. Estamos no Brasil! Desculpem a minha modesta opinião, tabalho em área carente no Rio de Janeiro,sei das dificuldades das Escolas públicas, faltam professores para ensinar o básico.Em algumas Escolas particulares existem psicólogos, que "ajudam", mas é preciso que os pais estejam junto, em união com a Escola.