terça-feira, 28 de junho de 2011

Mais de 13 milhões de pessoas subiram de classe econômica nos últimos 21 meses, mostra FGV

 
Nos últimos 21 meses, até maio deste ano, cerca de 13,3 milhões de pessoas ascenderam às classes A, B ou C no Brasil. A informação consta do estudo Os Emergentes dos Emergentes, divulgado hoje (27), em São Paulo, pela Fundação Getulio Vargas.
Segundo Marcelo Neri, coordenador do estudo, o dado revela uma “transformação de grande magnitude” que está acontecendo no país. Isso se deve, segundo ele, principalmente porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003 e a desigualdade vem caindo há dez anos consecutivos. De acordo com ele, a mudança também ocorreu por causa da estabilidade econômica e do controle da inflação e, sobretudo, devido à educação.
“Só pelo efeito da educação, se tudo ficasse constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos de porcentagem por ano, o que é bastante. Eu diria que a educação é a grande política estrutural por trás disso”, afirmou Neri..
A principal explicação para o encolhimento da classe E, segundo Neri, são os programas de transferência de renda para os mais pobres, como o Bolsa Família. Já a ascensão da classe C, segundo ele, vem sendo observada desde a implementação do plano real. “O trabalhador brasileiro está trabalhando mais porque se educou mais, está conseguindo trabalho formal e acho que ele é o grande herói dessa ascensão da classe média”, afirmou Neri. Outro fator que contribuiu para a ascensão à classe C foi o aumento do salário mínimo.
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
Edição: Diego F Ramalho

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