ATERROS E ESGOTOS
Em julho de 1838, constituíam, já, motivo de série preocupação da Câmara “O entulho e esgotamento dos barreiros”, conforme ofício do seu presidente, o Cel. TIBURTINO PINTO DE ALMEIDA, ao presidente da província, informando-o de que, “não havendo dinheiro, tem ficado o serviço paralisado”.
Serviço altamente prioritário era a canalização das águas da LAGOA DO BARRO (hoje PRAÇA DUQUE DE CAXIAS), formada no centro da cidade pelas escavações feitas no leito dos dois riachos ali confluentes: o RONCADOR e o CARICÉ.
Em 1854 e 1858, novos projetos são organizados que ficaram no papel, pela falta de recursos financeiros.
Comportava a obra o aterro do trecho entre a ESTRADA NOVA e a RUA DA IMPERATRIZ (BARÃO DO RIO BRANCO-HOJE PREFEITO JOÃO CLEOFAS DE OLIVEIRA), uma boeira coberta, entre a RUA DA IMPERATRIZ e a RUA DA PAZ (hoje RUI BARBOSA), além de duas grandes valetas, uma do lado nascente, para escoar as águas do RIACHO CARICÉ, e a outra, do lado do poente, para receber as águas do RONCADOR, paralelas ao aterro.
A 3 de maio de 1876, ordenou a Câmara que, “ouvindo os pedreiros LUÍS DE FRANÇA, EUSTÁQUIO DE TAL e ANTÔNIO VICENTE FERREIRA, se fizesse o orçamento da BOMBA na LAGOA DO BARRO, que deve substituir a ponte velha, sendo a construção de tijolo e cal, precedendo uma planta que lhe devia ser apresentada”.
Achando-se na cidade o ENGENHEIRO FRANCISCO AMÉRICO DE ARAGÃO RABELO, por solicitação da Câmara, encarregou-o Governo Provincial de levantar a planta e fazer o orçamento da estrada e do canal, os quais foram recebidos em 12 de março de 1877, tendo sido a obra orçada em 531$700.
Foi esse trabalho executado por JOSÉ MARIA MARQUES DE CARVALHO, comerciante e proprietário, e sobre o mesmo deu o Fiscal da Câmara, JOAQUIM PEDRO DO REGO BARRETO, o seguinte parecer: “Não só facilitou o cômodo dos transeuntes, como também aformoseou a entrada para a RUA DA IMPERATRIZ. Assim como acha-se bem acabada, tanto no seu aterro, como a bomba, foi feita debaixo da regra de arte. Acresce mais que tanto aformoseou a rua como impediu a porção de lixo que ali deitava-se”.
Essa obra, então conhecida como o aqueduto ou boeiro do RONCADOR, ficou popularizada com o nome de “BOMBA DO MAGALHÃES”, porque, junto à mesma, na esquina da RUA DA PAZ com leito da nova estrada aterrada, do lado sul, residiu, por muitos anos, o comerciante FRANCISCO JOSÉ DE MAGALHÃES.
Subsistiu até o ano de 1951, quando foi totalmente reformado e coberto o canal, para dar lugar à atual AVENIDA MARIANA AMÁLIA. Pelo então prefeito o CORONEL JOSÉ JOAQUIM DA SILVA(avô do atual presidente da Câmara de Vereadores da Vitória JOSÉ AGLAÍLSON).
JOSÉ JOAQUIM DA SILVA |
FONTE: HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE
LIVRO DO PROFESSOR JOSÉ ARAGÃO
POSTADO POR JOHNNY RETAMERO (vitoria1.com)
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