quarta-feira, 6 de julho de 2011

Rebeldes líbios lançam ofensiva a sudoeste de Trípoli

Centenas de rebeldes líbios iniciaram na quarta-feira uma ofensiva nas montanhas a sudoeste de Trípoli, com a intenção de capturar uma aldeia controlada pelas forças de Muammar Kadafi e de levar a frente de batalha para mais perto da capital.
Os rebeldes chegaram à frente de combate ao amanhecer, a bordo de inúmeras picapes. Muitos deles traziam armas antitanque de grosso calibre e lançadores de foguetes artesanais nas caçambas. Vários tanques também vinham sobre caminhões.
Os combatentes logo começaram a disparar foguetes e morteiros, e a cada estampido seus gritos de "Allahu Akbar!" ("Deus é o maior!") ecoavam pelas plantações de oliveiras, amendoeiras e figueiras.
As forças de Kadafi reagiram com salvas esporádicas de foguetes táticos Grad. Nuvens de fumaça preta erguiam-se das encostas nos pontos atingidos pelos disparos.
Depois de cinco meses de rebelião, os rebeldes pouco conseguiram avançar em outras partes do país, mas obtiveram um sólido progresso no planalto que se estende por centenas de quilômetros Líbia adentro, a partir da fronteira com a Tunísia, e de onde se vê a planície litorânea que chega até Trípoli.
O objetivo dos rebeldes na quarta-feira é avançar dez quilômetros, da localidade de Al Qalaa até a aldeia de Al Qawalish, que está sob controle das forças governistas.
Os combatentes na verdade avançam para sudeste, no sentido contrário da capital, mas controlar Al Qawalish é estrategicamente importante porque depois dela, mais a leste, fica a cidade de Garyan, junto à rodovia que segue para o norte até Trípoli.
Ao longo da manhã, os rebeldes avançaram a pé por um terreno acidentado - ora baldio, ora cultivado - na direção de Al Qawalish, portando seus velhos rifles e os lançadores de foguetes improvisados.
Nas encostas, reverberavam os gritos, em forma de chamado e resposta, da frase "Não há Deus senão Deus!."
Após várias horas, os rebeldes haviam avançado um par de quilômetros na direção de Al Qawalish, e não havia sinais de baixas.
Aviões da Otan podiam ser ouvidos no céu, mas não foi possível confirmar se a aviação ocidental estava em coordenação com os rebeldes.

reuteres

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